Júlio Brustoloni, autor de vários livros sobre vidas de santos, referindo-se a Maria, mãe de Jesus, afirma que é errado rejeitar “o culto devido àquela Mulher que esmagou com sua descendência a cabeça do demônio”. Há também um estranho livro, de Afonso de Ligório, "As Glórias de Maria", que transfere a Maria, sem a menor cerimônia, atributos e honras que pertencem exclusivamente ao Senhor Jesus. Até a CNBB, com o livreto "Com Maria, Rumo ao Novo Milênio", realiza uma tentativa forçada de justificar o culto mariano. Entretanto, um único versículo da Bíblia os desautoriza: "Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto” (Mateus 4.10).
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Além do mais, não se pode admitir, de sã consciência, que uma imagem de barro encontrada em um rio seja o retrato de Maria, conforme nos revela a Bíblia Sagrada. A imagem de “Aparecida” tem esse nome porque “apareceu” em um rio. Trata-se de uma pequena imagem de barro, medindo 39 centímetros e pesando aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a coroa, que foram acrescentados (1). O Dr. Pedro de Oliveira Neto, que estudou a imagem, afirmou em 1967: “A imagem encontrada pelos pescadores junto ao Porto de ltaguaçu é de barro cinza claro, que se vê claramente em recente esfoladura no cabelo” (2). Segundo o estudioso, a imagem “foi feita provavelmente na primeira metade de 1600, por discípulo, mas não pelo próprio mestre, do beneditino Frei Agostinho da Piedade” (3).
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À mesma conclusão chegaram os artistas do MASP em 1978: “Constatamos pelos fragmentos da imagem em terracota que ela é da primeira metade do século XVII, de artista seguramente paulista, tanto pela cor como pela qualidade do barro empregado e, também, pela própria feitura da escultura” (4). Em todo caso, essa peça de barro representa Maria para o catolicismo, e se foi achada no rio, podemos desenvolver algumas hipóteses:
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1 – a imagem foi trazida pelos colonizadores brancos por famílias
que se instalaram no vale do Paraíba; pelos bandeirantes, pois eles carregavam imagens onde quer que fossem; pelos padres que passaram por aquela região; por algum comerciante ou vendedor ambulante; poderia fazer parte de um oratório familiar e, ao ter sido quebrada, foi jogada fora.
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que se instalaram no vale do Paraíba; pelos bandeirantes, pois eles carregavam imagens onde quer que fossem; pelos padres que passaram por aquela região; por algum comerciante ou vendedor ambulante; poderia fazer parte de um oratório familiar e, ao ter sido quebrada, foi jogada fora.
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2 – a teoria dos escravos; algum escravo poderia associar a imagem a algum orixá, especialmente aos das águas (sincretismo), e assim tê-la lançado como oferenda, fazendo pedidos (engravidar, saúde, proteção, ou para se obter riquezas, dinheiro, pedras preciosas etc.);
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3 – a teoria das lendas indígenas - como eles criam na Cobra Norato, uma grande cobra dos rios que durante a noite era um jovem que seduzia as moças, alguém teria lançado a imagem como ritual para proteção;outra lenda diz que alguém enfrentou a cobra gigante lançando a imagem no rio, espantando o monstro.
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Mas a teoria oficial da Igreja Católica possui duas fontes sobre o achado, no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (1 Livro do Tombo da Paróquia de S. Antônio de Guaratinguetá) e no Arquivo dos Jesuítas em Roma - Annuae Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749 (5). A história é que, em 1719, três homens pescavam perto de ltaguaçu. Lançando um deles a rede, tirou o corpo da imagem, sem cabeça. Mais abaixo no rio jogou a rede outra vez e conseguiu trazer a cabeça. Não tinham até aquele momento apanhado nada, mas a partir daí fizeram uma copiosa pescaria que encheu as canoas. Após esse milagre, surgiram outros relacionados à imagem.
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A explicação do Dr. Aníbal Pereira dos Reis, ex-sacerdote católico, ordenado em 1949, formado em Teologia e Ciências Jurídicas pela PUC-SP, em seu livro “A Senhora Aparecida” (Edições Caminho de Damasco Ltda, SP, 1988), diz que é uma grande armação do padre José Alves Vilela, pároco da matriz local, que teria colocado a imagem no rio, manipulando e divulgando seus supostos milagres.
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3 – a teoria das lendas indígenas - como eles criam na Cobra Norato, uma grande cobra dos rios que durante a noite era um jovem que seduzia as moças, alguém teria lançado a imagem como ritual para proteção;outra lenda diz que alguém enfrentou a cobra gigante lançando a imagem no rio, espantando o monstro.
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Mas a teoria oficial da Igreja Católica possui duas fontes sobre o achado, no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (1 Livro do Tombo da Paróquia de S. Antônio de Guaratinguetá) e no Arquivo dos Jesuítas em Roma - Annuae Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749 (5). A história é que, em 1719, três homens pescavam perto de ltaguaçu. Lançando um deles a rede, tirou o corpo da imagem, sem cabeça. Mais abaixo no rio jogou a rede outra vez e conseguiu trazer a cabeça. Não tinham até aquele momento apanhado nada, mas a partir daí fizeram uma copiosa pescaria que encheu as canoas. Após esse milagre, surgiram outros relacionados à imagem.
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A explicação do Dr. Aníbal Pereira dos Reis, ex-sacerdote católico, ordenado em 1949, formado em Teologia e Ciências Jurídicas pela PUC-SP, em seu livro “A Senhora Aparecida” (Edições Caminho de Damasco Ltda, SP, 1988), diz que é uma grande armação do padre José Alves Vilela, pároco da matriz local, que teria colocado a imagem no rio, manipulando e divulgando seus supostos milagres.
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Idolatria? Os católicos não aceitam que as homenagens a Maria e outros santos sejam consideradas idolatria. Veja no dicionário o que significa o termo:
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Ídolo: S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa, 2. Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3. Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idolatrar: V.t.d. 1. Prestar idolatria a; amar com idolatria; adorar, venerar. 2. Amar com idolatria, com excesso, cegamente. Int. 3. adorar ídolos; praticar a idolatria. Idolatria: 1. Culto prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão exagerada, excessiva (6). do grego, eídolon, ídolo, e latreúein, adorar; refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar veneração ou adoração a objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra (7).
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Ídolo: S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa, 2. Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3. Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idolatrar: V.t.d. 1. Prestar idolatria a; amar com idolatria; adorar, venerar. 2. Amar com idolatria, com excesso, cegamente. Int. 3. adorar ídolos; praticar a idolatria. Idolatria: 1. Culto prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão exagerada, excessiva (6). do grego, eídolon, ídolo, e latreúein, adorar; refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar veneração ou adoração a objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra (7).
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A Bíblia claramente diz que culto a imagem esculpida, estátua, figura de pedra ou imagens sagradas é idolatria e abominação: Não farás para ti imagens esculpidas, nem qualquer imagem do que existe no alto dos céus, ou do que existe embaixo, na terra, ou do que existe nas águas, por debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto (Êxodo 20:4); Não fareis para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra para inclinar-vos diante dela (Levítico 26:1); Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em si mesmo vendo a cidade tão entregue à idolatria (Atos 17:16).
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Deus proibiu a confecção e o culto a imagens, visto que os pagãos lhes atribuíam caráter religioso. Acreditavam que a divindade se fazia presente no ídolo. Deus ensinou seu povo a não cultuar imagens. Sua palavra era tão poderosa no coração do seu povo, que, embora muitos homens santos, profetas e sacerdotes, virtuosos e exemplares, nunca foram adorados ou cultuados, nem se fizeram imagens deles! Em algumas sinagogas do século III e até hoje encontramos pinturas de heróis da fé em seus vitrais etc, jamais, entretanto, veremos judeus orando, cultuando ou invocando Moisés, Abraão ou Ezequiel. Algumas imagens que Deus mandou fazer não tinham por objetivo elevar a piedade e nem serviam para reflexão ou ensino. Eram mera decoração. Deus mandou fazer a Arca da Aliança, com figuras de querubins no Tabernáculo e no Templo, entre outros utensílios e ornamentos (I Reis 6:23-29 e 7:23-26; I Crônicas 22:8-13). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou veneradas. Se Israel tivesse adorado, cultuado ou venerado esses objetos, sem dúvida, Deus mandaria destruí-los. Foi o que aconteceu com a serpente de bronze (II Reis 18:4). Veja também Salmo 97:7 – Salmo 115:4-9 – Salmo 135:15-18 – Isaías 2:8-9 – I Coríntios 10:7 – II Coríntios 12:2.
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Não encontramos argumento para o culto, veneração ou fabricação de imagens no Novo Testamento. Pelo contrário, a Bíblia traz sérias advertências em relação à idolatria:.
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus (I Coríntios 6:10-11; Efésios 5:5); As obras da carne são conhecidas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos preveni, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (GáIatas 5:5); Filhinhos, guardai-vos dos ídolos (I João 5:21); Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte... Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira (Apocalipse 21:8 e 22:15). Paulo foi atacado pelos artífices e comerciantes de imagens em Éfeso:
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“Certo ourives, por nome Demétrio, que fazia de prata miniaturas do templo de Diana, dava não pouco lucro aos artífices. Eles os ajuntou, bem como os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que desta indústria vem nossa prosperidade. E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que fazem com as mãos. Não somente há perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram. Ouvindo isto, encheram-se de ira, e clamaram: Grande é a Diana dos efésios!” (Atos 19:24-28).
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Este é o mesmo procedimento da Igreja Católica: não acaba com esse comércio profano e idólatra porque lucra com ele, à custa da perdição eterna de pessoas crédulas que pensam agradar a Deus. “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24).
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Não existe esse negócio de padroeira do Brasil.
Doa a quem doer.
Notas:
1 Aparecida, Capital Mariana do Brasil. Oswaldo Carvalho Freitas, Editora Santuário. Aparecida-SP p.85.
2 História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Júlio Brustoloni, Editora Santuário. Aparecida-SP p. 20-21 - nota de rodapé 5.
3 Op.cit.p. 21 — nota de rodapé 6.
4 Op.cit.p. 43.
5 Op.cit.p. 346.
6 Dicionário Aurélio.7 Enciclopédia de Norman Champlin Vol 3, p. 206. Fonte: Revista Defesa da Fé ano 4 nº 26 – setembro de 2000, via CACP (http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=131&cont=1&menu=2&submenu=3)
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