sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ellen G. White errou, a bíblia também pode ter erros?

Quanto mais estudamos a fundo a história e a crença da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mais heresias desenterramos desse túmulo tão belo por fora, capaz até mesmo de atrair seus cantores às igrejas cristãs, mas por dentro, repleto de ensinos deteriorantes. Dirá o cristão mal informado: "Mas a IASD crê na Bíblia como a Palavra de Deus, e é injusto chamá-la de uma seita." Mas nós, apologistas cristãos, que não temos o interesse nenhum em denegrir a imagem dos adeptos dessa seita, posicionamo-nos baseados em provas concretas, ou seja, os livros dessa organização religiosa. Iremos, então, provar se os a IADS realmente crê na Bíblia como a inerrante Palavra de Deus e os motivos dessa crença. Antes de adentrarmos nessa consideração, quero lamentar que infiltrados na igreja de Jesus Cristo - todos os salvos que o aceitam como único e suficiente Salvador - estão aqueles falsos mestres que ensinam ter a Bíblia erros, ou que ora ela é a Palavra de Deus, ora do homem, ou até que ela se torna a Palavra de Deus. Pedimos aos nossos queridos amigos adventistas do sétimo dia que não nos ponham em confronto com tais falsos mestres, pois a Igreja Cristã histórica (tradicional) deplora os conceitos deles. Então, vamos aos fatos.

A Bíblia - Inerrante ou Não para a IASD?

Retumba nos meios "internéticos" que a IASD está preparando uma refutação aos meus questionamentos, e que até desejariam entrar com ações exigindo o direito de resposta. Convidaria a IASD a processar Walter Rea, ex-pastor adventista, que provou ser Ellen G. White uma copiadora ou plagiadora de mão cheia. Ele publicou seu livro chamado The White Lie (A Mentira Branca) para escancarar os plágios que a pitonisa de En-dor moderna cometeu em dezenas de seus escritos. Assim, ela é uma profetiza que falhou. Uma escritora inspirada por suas próprias motivações, porque se fosse realmente inspirada pelo Espírito Santo de Deus, não teria feito o que fez, e muito menos errado. Mas por que estamos falando de Ellen G. White e a inspiração bíblica? Em primeiro lugar, a IASD ensina que os Escritos de Ellen G. White têm o mesmo grau de inspiração da Bíblia.

"Cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, tem aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau da inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas." - Revista Adventista, Fevereiro de 1984, pág. 37.

Então, como está mais do que provado que Ellen G. White fracassou em seus escritos por copiar dos outros e receber a fama de profetiza, o que realmente torna sua autoridade de profetiza questionável, a IASD se vê obrigada a ensinar que a Bíblia contém erros. Será que apenas ouvimos isso de um equivocado membro adventista e estamos generalizando, ou temos provas concretas de que a IASD realmente admite que haja erros na Bíblia, e não só isso, que os próprios escritores (não copistas) erraram ao escrever a Bíblia? Vamos aos fatos. O livro Nisto Cremos da IASD afirma as lindas palavras a seguir:

"A Bíblia tem sido preservada com estupenda e miraculosa precisão, a despeito de todas as tentativas de destruí-la. A comparação dos manuscritos do Mar Morto com manuscritos de elaboração posterior demonstra o cuidado com que ela foi transmitida. Isso confirma a fidedignidade e confiabilidade das Escrituras como sendo a infalível revelação da vontade de Deus." - Nisto Cremos - As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, página 20, CPB, Tatuí, SP, 8ª Edição.

A princípio, um belo comentário defensor da inspiração bíblica, fiel e autêntica. E como a IASD entende o processo de copiar os escritos originais e transmiti-los no decorrer das eras, até os nossos dias? Será que Deus protegeu a transmissão do texto sagrado? Veja a resposta:

"Até que ponto teria Deus protegido a transmissão do texto sem garantir que as mensagens continuavam sendo verdadeiras e válidas? Torna-se claro, a partir da condição dos originais antigos, que Deus não protegeu Suas mensagens de leituras diferentes ou variadas, desde que as idéias e verdades essências fossem preservadas." - Nisto Cremos - As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, página 20, CPB, Tatuí, SP, 8a. Edição.


No texto acima, a IASD mostra que crê que as idéias e verdades essenciais foram preservadas, mas Deus não protegeu essa transmissão de textos originais através de cópias de erros. Isso é verdade, pois muitos tentaram modificar as Escrituras, mas a comparação de cópias permitiu que a Bíblia chegasse até nós substancialmente como foi escrita. Até aí, estamos juntos com os Adventistas do Sétimo Dia, apenas com uma ressalva: Será que Deus, de alguma forma, sem que fosse inspiração, não teria usado algum meio para que sempre pudéssemos chegar aos versículos originais através da comparação de cópias? Mas o problema surge quando a IASD, no afã desesperado de defender a sua profetiza que voava com asas nas costas para um planeta de sete luas, aonde ela teria se encontrado com o bom Enoque, afirma que até mesmo o escritor inspirado da Bíblia poderia errar. Será que ouvimos isso de um único adventista que sofreu um grande desapotamento por seu time ter perdido a final do campeonato paulista, e falou, por isso, uma besteira? Não! Vamos às provas. Um dos livros recentes editados pela Casa Publicadora Brasileira (Adventista) afirma o seguinte:

"Um dos problemas óbvios enfrentados pelos que crêem na inspiração verbal é o que fazer ao traduzir a Bíblia do hebraico ou aramaico do Antigo Testamento ou do grego do Novo Testamento, para outras línguas. Outro problema é Mateus 27:9, 10, onde o evangelista faz uma referência a Jeremias em vez de a Zacarias (11:12) como fonte do Antigo Testamento para uma profecia messiânica. Isso pode ter sido um erro do copista. Mas se o erro foi do próprio Mateus, é um equívoca humano que qualquer professor ou pastor pode cometer, um equívoco que não causa problema para os defensores da inspiração de pensamento. Por quê? Porque os defensores da inspiração de pensamento entendem o que Mateus queria dizer." - DOUGLAS, Hebert E. Mensageira do Senhor - O Ministério Profético de Ellen Gould White, página 16. Tatuí, SP. CPB. 3a. Edição, 2003.


Perceba que a IASD faz uma diferença entre inspiração verbal e inspiração de pensamento. A inspiração verbal seria Deus ditar palavra por palavra aos escritores. A IASD não aceita esse tipo de inspiração. Ela prefere a inspiração de pensamento. Seria como se Deus desse o pensamento ao escritor bíblico para que discorresse esse pensamento inspirado em suas próprias palavras. Mas se relermos o texto acima, veremos que essa postura da IASD é errônea, e permite que mesmo sob inspiração do Espírito Santo de Deus, o escritor bíblico cometa erros. O interessante é que o texto acima faz parte de um livro que, dentre outras finalidades, busca comprovar Ellen G. White como profetiza cujos escritos foram inspirados por Deus. Assim, se o escritor da Bíblia errou, Ellen G. White poderia ter errado também, mesmo inspirada por Deus.

Os cristãos consideram óbvio que o Espírito Santo respeitou o estilo de escrita do autor, permitiu que o autor escolhesse palavras para narrar um fato, e até mesmo dar o seu ponto de vista, mas jamais esse autor estaria errado ou cometeria um equívoco. Com essa crença errônea dos adventistas do sétimo dia, eles defendem que o profeta foi inspirado, mas não suas palavras. (Nisto Cremos, página 15) Mas a questão é: Se a Bíblia é a infalível Palavra de Deus, e os homens escreveram movidos pelo Espírito de Deus (2 Pedro 1:21), então como admitir que as palavras também não foram inspiradas? Se Deus inspirasse um pintor para pintar uma casa, Ele certamente respeitaria o jeito do pintor pintar, mas permitiria Deus que o tal pintor deixasse falhas e erros? Que os adventistas pensem melhor na terrível heresia que andam ensinando apenas para defender uma profetiza sem crédito perante Deus.

Além dessas tentativas fracassadas de justificar as falhas de Ellen G. White, a IASD tenta preparar o leitor que Ellen G. WHite usou corretamente partes de livros de autores de sua época. Por exemplo, o Livro Mensageira de Deus, da IASD, afirma sobre as diferenças de estilo de escrita entre 1 e 2 Pedro, na língua grega:

"A diferença entre a primeira epístola de Pedro e a segunda é tão óbvia que a autoria de Pedro, de uma ou de ambas as cartas, tem sido questionada. Allan A. McRae observou: "Não podemos descartar a idéia de que um escritor possa, ocasionalmente, haver transmitido a um assistente a idéia geral do que ele queria, dizendo para colocar isso na forma escrita. [...] Esse assistente podia então ter registrado as idéias de Pedro em seu estilo, efetuando depois as alterações sugeridas por Pedro." - DOUGLAS, Hebert E. Mensageira do Senhor - O Ministério Profético de Ellen Gould White, página 15. Tatuí, SP. CPB. 3a. Edição, 2003.

Então, os adventistas do sétimo dia admitem que Pedro usou um amanuense, ou assistente. João Calvino defendia esse ponto de vista, mas não para preparar seus leitores a crer que um suposto profeta contemporâneo a ele poderia usar material escrito pelos outros (no caso, acima o assistente de Pedro) e depois o que levaria a fama de inspirado (Pedro) fizesse algumas alterações. E se assim fosse, que espécie mais esdrúxula de inspiração seria está? Para que fazer alterações num texto inspirado? Só na teologia da IASD.

Conclusão

Se a Igreja Adventista do Sétimo Dia não sabe explicar o motivo pelo qual Mateus disse que foi Jeremias quem disse as palavras (27:9, 10) quando na verdade foram ditas por Zacarias (11:12), explico: A referência feita por Mateus a Jeremias se deve ao fato de que esse profeta aparecia em primeiro lugar entre os livros proféticos. Ele fez a citação sob o nome daquele que figurava em primeiro lugar entre esses livros, ao invés de identificar exatamente o autor dessas palavras.

Desejamos aos Adventistas de Sétimo Dia que se libertem desse jugo chamado Ellen G. White. Eles são pessoas estudiosas, e graças a Deus têm surgido movimentos de adventistas que já se libertaram desses embustes. EG White era tão imaginativa e seus admiradores tão entusiasmados em acreditar nela, que chegam a ponto de dizer:

"Ela muitas vezes 'visitava' diversas instituições, reuniões de comissão, famílias em seus lares e pessoas que pensavam não estar sendo observadas por 'ninguém'." - DOUGLAS, Hebert E. Mensageira do Senhor - O Ministério Profético de Ellen Gould White, página 138. Tatuí, SP. CPB. 3ª Edição, 2003.


Segundo essas palavras, EG White tinha o dom de ser transladada, ou visitava em espírito lugares em que as pessoas não a viam. Para quem crê nesse tipo de profecias, não é absurdo que creiam que Mateus errou, que os profetas eram inspirados, mas não as palavras deles (o problema é que a Palavra é de Deus, não deles). Assim, oremos por esse pessoal tão gentil, para que se convertam ao Jesus da Bíblia e se livrem de impostores como Ellen G. White.

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