quarta-feira, 15 de junho de 2011

Saindo do Cárcere Espiritual


“Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31).


Ao longo da história o homem tem buscado entender diversas questões existenciais. O ponto não é obter respostas convenientes, mas fazermos as perguntas certas. A pergunta mais importante que podemos fazer foi a que fez o carcereiro de Filipos a Paulo e Silas: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (Atos 16.30). Aquele homem vivia literalmente dentro de um cárcere que na verdade reflete a prisão espiritual em que muitos vivem. Sem hesitação, aqueles homens de Deus responderam prontamente: “…Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31). Isso demonstra o quanto devemos encontrar-nos convictos em nossa fé a fim de estarmos sempre preparados para responder a todo aquele que nos pedir razão da esperança que há em nós (1Pedro 3.15).

1°. A FÉ: O VEÍCULO DA SALVAÇÃO
“Crê”!
Paulo diz: “como, porém, invocarão aquele em quem não creram?…” (Romanos 10.14a). A fé e a disposição sincera do coração arrependido que deseja transformação de vida. Por meio da fé ultrapassamos o mundo dos sentidos e da percepção física para entrarmos num nível de experiência que transcende o tangível e limitado. Pela fé somos justificados porque nos conscientizamos que a salvação não é alcançada pelas obras que fazemos: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1. Ler também 3.9 e Romanos 1.17 e 3.28). Paulo e Silas não disseram: “faça!”, mas “creia”! Aqui está a grande loucura do Evangelho, pois enquanto o homem busca justificar seu “direito” de possuir as coisas por meio de méritos pessoais, a Bíblia nos ensina que não há nada que possamos fazer para sermos salvos a não ser “crer”. Creio que as palavras de Jesus: “Crê somente” (Marcos 5.36) são no mínimo perturbadoras para o ser humano “auto-suficiente” e orgulhoso que não se conforma com a dádiva da salvação pela graça. Não estamos falando de uma fé vazia ou sem fundamento, mas de um poder vindo de Deus que descansa sobre a base sólida e inamovível da Sua Palavra (Hebreus 11.1)! Diz a Bíblia que após ouvirem a Palavra de Deus, o carcereiro e sua casa foram batizados (Atos 16.32,33). Isso ocorre porque a fé é alimentada pela pregação da Palavra (Romanos 10.17). Você já creu?

2°. JESUS: O OBJETO DA NOSSA FÉ
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo”
Não estamos falando numa fé que existe por si mesma e que se move em si mesma, mas da fé “no” Senhor Jesus! Muitas pessoas confundem fé com boa intenção, mas como já diziam os nossos pais: “de boa intenção o inferno está cheio”. Podemos ter fé que um avião chegará ao seu destino, mas se o comandante não for apto àquela tarefa, de nada adiantará crermos. Nossa fé deve estar no “comandante” Jesus. O fato é que podemos estar “sinceramente errados”, portanto, devemos olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2). Não há fé verdadeira fora de Cristo, mesmo que ela seja sincera. Jesus não falou que veio para mostrar-nos o verdadeiro caminho e nem para ensinar-nos como alcançarmos a iluminação, mas disse que Ele mesmo é o caminho e a verdadeira luz que ilumina os homens (João 14.6; 1.9). Nossa fé não pode estar em nós mesmos, pois como seres caídos e corrompidos pelo pecado podem ajudar a si? Como criaturas em trevas podem encontrar a iluminação? A salvação não é fruto de fé em si mesma e muito menos em figuras humanas, mas no Filho de Deus que se ofereceu por nós dando-nos a vida eterna. Jesus não precisa de velas para iluminá-lo. Ele é a própria fonte de luz e existe em Si mesmo (João 5.26; Romanos 11.36). Ponha a sua fé em Jesus, o Filho de Deus e então você verá a salvação diante dos seus olhos (Gálatas 3.26). Contudo, muito importante é percebermos que a fé em Jesus nos faz olhar para Ele como “Senhor”! (Romanos 10.9; 1Pedro 315). Isso muda a nossa perspectiva, pois nos faz parar de olharmos para Ele apenas como nosso “salvador”, ou seja, como aquele que somente nos assegura bênçãos, para O vermos como Senhor, ou seja, como aquele que rege nossas vidas.

3°. O ALCANCE DA SALVAÇÃO
“…Tu e tua casa”
A salvação, mesmo sendo uma experiência pessoal, tem um impacto direto na vida daqueles que estão mais próximos de nós, como os nossos familiares. A salvação não é “exclusiva”, mas “inclusiva”, ou seja, ela está sempre estendendo a sua mão para todos quantos a desejarem. Deus tem um plano para a família! Ao curar um paralítico, Jesus o manda de volta para sua casa (Mateus 8.6). O mesmo ocorre com o homem geraseno que era possesso de uma legião de demônios, quando Jesus disse-lhe: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti” (Lucas 8:39 a) - “…Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito” (Lucas 8:39 a). A salvação não é algo que devemos guardar em segredo, mas que se expressa àqueles que estão ao nosso redor por meio de um testemunho de transformação. Ao chamar Abraão para sua jornada de fé, Deus prometeu-lhe que faria dele uma bênção para todas as famílias da terra (Gênesis 12.3). Para sermos uma bênção para “todas as famílias das terras”, devemos começar a ser bênção para a nossa própria família!

CONCLUSÃO
“E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (Atos 16.32-43).
Aqui vemos as evidências de quem verdadeiramente teve uma experiência com Jesus:
  1. Serviço – o homem passou a servir, lavando as feridas dos seus novos irmãos e preparou-lhe uma mesa em casa.
  2. Batismo – manifestavam publicamente sua fé em Cristo, em obediência ao que Jesus nos ordenou em Mateus 28.19; Marcos 16.16.
  3. Comunhão – estar à mesa é unir-se a outros cristãos que compartilham da mesma fé em Jesus.
  4. Alegria – manifestavam grande alegria por terem crido em Deus.

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