sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem foi esses Profetas ?

Ageu

Foi o primeiro profeta após o retorno dos Judeus do cativeiro. Os outros foram Zacarias e Malaquias.
Se você quiser mais detalhes sobre este período leia os livros de Esdras, Neemias e Ester, posteriormente estaremos publicando comentários individuais dos mesmos.
É possível que Ageu fosse um ancião que tivesse visto o primeiro templo, ou que tenha nascido na Babilônia, uma coisa é certa ele voltou com o primeiro grupo de aproximadamente 50.000 judeus repatriados a Israel com Zorobabel, no ano +-538 a.C.
A situação não era nada boa, pois Judá fora conquistada, Jerusalém queimada, o Templo demolido e o povo deportado para Babilônia +- 605-586 a.C.
Após um ano de adaptação eles iniciaram as obras do templo, mas, logo foi interrompido por causa da perseguição dos samaritanos e de oficiais persas.
Nada mais foi feito durante 15 anos
Ageu começa a pregar sua mensagem depois disso.
De cara ele deu um presta atenção em Zorobabel, o governador, e Josué, que era o sumo sacerdote.
Também deu bronca nos lideres da comunidade judaica, que se esquivava de assumir uma posição clara em relação ao templo e Deus.
Para fechar, ele exortou os sacerdotes a atentar-se para sinceridade na adoração.
Com estas palavras, e se formos comparar com a dos outros profetas, o rumo é sempre o mesmo, a união e a sinceridade da comunidade em torno de seu Senhor.
Alias, nossas comunidades, igrejas, estão unidas em torno de quem hoje? Ou do que?
Desde o profeta mais bravo até o mais manso, e Ageu esta nesse bolo, sempre o alvo era encorajar os desanimados.
Hoje falta líder que tenha essa atitude.
Hoje o negocio ficou meio perverso, sem incentivos sinceros, o negócio é analisado de maneira comercial, mão de obra barata.
Soldadinhos playmobil que não podem pensar, falar, opinar, mero enfeite de presépio,
crentes formando um exército em número mais nem sempre em propósitos.
E esta atitude sempre foi reprovada por Deus.
Israel deveria ser uma teocracia e uma fraternidade, com propósito e serviço espirituais.
Não bastava os israelitas serem libertados do cativeiro.

Zacarias

Contemporâneo mais jovem que Ageu, os dois trabalharam na mesma época e no mesmo local, Jerusalém +- 520 a.C.
Não sabemos ao certo se Ageu morreu ou mudou-se de Jerusalém, sobrando para Zacarias à missão de dar continuidade aos trabalhos iniciados por Ageu.
Os Judeus que retornaram da Babilônia, logo caíram na indiferença com o Senhor.
Mesmo assim esperavam as bênçãos Dele.
O profeta alertava que antigos pactos, precisavam ser relembrados para que as bênçãos fossem dadas por Deus.
O problema é que quando aceitamos a Palavra, não existe mentira e nem licença para tomar o Nome Dele em vão.
Naquela época, como hoje, muitos endurecem seus corações, e coisa alguma pode mudar sua maneira de ser, nem mesmo o sofrimento ou a própria morte.
Esquecem que tudo aqui neste mundinho é transitório, perecível, exceto a vontade o propósito e a palavra de Deus.
Das oito visões que teve, as cinco primeiras têm uma mensagem conciliadora, enquanto que, as últimas três, um aspecto condenador.
Sempre a mensagem era para que seu povo retornasse para Deus,
“Não sejais como vossos pais...”.
Não é porque seu marido, esposa, pai, mãe, filho, irmão na fé, etc... afasta-se da Palavra, você também vai abandoná-la, ta cheio de crente assim, vai seguindo a onda, o que um faz, ele copia, se a maioria bate palma, ele assobia e pede bis.
Zacarias e Isaias foram os grandes mensageiros messiânicos.
Primeiro ele fala sobre a primeira vinda de Jesus e sua rejeição caps. 9-11
Fala também da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém montado em jumento cap. 9
Depois prega sobre a segunda vinda do Filho de Deus e Sua recepção caps. 12-14
A entrada de Jesus na cidade santa, como Rei, mas, ainda Servo, é o auge da Sua Primeira Vinda ao mundo.
O reino de Deus, o Caminho, estava começando a se estabelecer nos corações dos homens, de uma forma concreta e duradoura.
Era o inicio, daquilo que continuará na Sua segunda vinda, quando Ele voltar, não como Rei e Servo, mas Rei e Juiz absoluto ZC 14.4; AP 19.11-16.
Acreditamos que a Bíblia é a Palavra de Deus, é tudo que precisamos para caminharmos, tudo nela tem um porque, um sentido, uma razão, depois de muitos anos, estes escritos facilitaram muito a pregação do Evangelho, milhares entenderam esta ligação.
Não bastava serem israelitas.
Este é um belo exemplo que vemos neste maravilhoso livro

Sofonias

Foi mais um que bradou e previu a queda de Judá, por causa das falcatruas religiosas que ali rolava.
Ele tentou despertar o povo para uma reconciliação, a fim de escaparem da condenação quando do futuro dia do juízo.
Este livro não é obsoleto para nós, antes à medida que chegamos próximos ao fim, mais e mais, o livro nos servirá para meditação e orientação.
É bom aprendermos que todos os livros proféticos (não desprezando os outros é lógico)
Tem um aspecto escatológico decisivo, que não podemos desprezar.
Os profetas de Judá tornaram-se mentirosos, pilantras, estelionatários.
Seus sacerdotes viraram idólatras, adorando as estrelas.
Seus juizes e mercadores tornaram – se extremamente gananciosos.
Lideres religiosos, hipócritas, diríamos na linguagem atual, um bando de trombadões.
O profeta é despertado, por uma tentativa de suborno, tentar subornar Deus com ouro ou prata é inútil. Nada poderá salvar o homem que assim age.
O tema do livro de Sofonias é “O Dia do Senhor”

Miquéias

Homem corajoso, convicto e de rara fé!
Alguns anos antes da queda de Samaria, ele começou alertar que somente um novo pacto de Israel com seu Deus poderia mudar o futuro.
Mais uma vez, ao invés de atenderem as orientações de Deus, eles traçaram seus próprios caminhos, culminando assim com a guerra Siro- Efraimita, de um lado Judá e por outro lado a coligação de Israel (nação do norte) com a Síria.
Miquéias acabou testemunhando a derrota do reino do norte e a queda de sua capital Samaria, diante da Assíria em 722/721 a.C.
Vindo de classe pobre, ele não suportava as injustiças praticadas pelos ricos e da avareza que os dominava.
Sua idéia era revolucionária e fora de moda (na época e hoje), dizia que a Fé em Deus, deve produzir justiça e santidade.
Nada do que foi revelado, foi absorvido por aqueles que se intitulavam filhos de Deus, só restando ao profeta ser o porta voz das reclamações de Deus contra o seu povo.
O povo não queria arrepender-se, nem sequer queriam dirigir-se a Deus.
Então pediram a Miquéias que intercedesse a favor deles com sacrifícios de novilhos, carneiros, rios de azeite, ou até seus próprios filhos no altar do holocausto, para o perdão dos seus pecados.
Alias, hoje tem muita gente fazendo isso, fugindo do contato com Deus, escolhendo e designando intercessores, uns escolhem pastores fazendo deles sacerdotes e novilhos, outros escolhem um profeta ou familiares, outros optam por qualquer pacotinho de sacrifício que aliviem suas consciências e traga o perdão e a “comunhão” com Deus.
Com isto vai nascendo uma geração que com certeza vai morrer no deserto.
O que o Senhor pede?
Esta passagem que se encontra em Mq 6.8 é tido como o coração do Antigo Testamento
Pratiquem a justiça
Amem a misericórdia
Andem em humildade com o seu Deus.
É isso, sem sacrifícios, sem mentiras, sem subornos, sem pacotinhos, Ele não pede e não quer nada disto.
Em 1Sm 15.22 lemos: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”.

Naum

A se Abraão tivesse uma bola de cristal para adivinhar o futuro da sua nação, ficaria feliz pelo cumprimento da promessa pela monarquia unida sob Saul, Davi e Salomão.
Porem ficaria surpreso ao saber que a monarquia iria separar-se em duas nações distintas, que por inúmeras vezes, brigariam entre si.
Pior, qual seria a cara dele se soubesse que as duas nações seriam destruídas?
A Assíria tiraria com certeza o sono de Abraão!
A questão é:
Qual a utilidade da promessa?
Respondo: Ter cumprimento no messias, filho de Abraão e filho de Davi.
Assim entendo que a resposta de Deus não respeita indivíduos, nem nações, nem placas, nem bandeiras, nem profetas, nem pastores e nem templos.
Ela vem e pronto! É inevitável.
Tenho visto muita piadinha com o nome de Deus, de Jesus e do Espírito Santo. A palhaçada rola solta até em nosso meio fazem de Jesus o que Ele não é, mudam sua personalidade, suas mensagens a maneira como tratou as pessoas, como viveu, morreu e até como ressuscitou.
Muitos servem um Jesus que é outro, não o da Bíblia.
Eu fecho com Naum 1
“Deus não se deixa zombar”!
A hora que acabar o crédito, já era.
Através do profeta Jonas, Deus revelou a sua longanimidade, mas Naum foi usado para anunciar outro tipo de ensino, sobre as atitudes de Deus.
O exemplo de Nínive nos deixa bem claro que aquele que brinca com Deus, não deixa de receber sua paga.

Amós

Vaqueiro, pastor e cultivador de sicômoros (uma espécie de figueira), nascido em Tecoa próximo a Belém, Amós, mais um chamado fora das regras e tradições, ele não era profeta nem discípulo de profeta, chamado por Deus no campo, entre o gado, para profetizar ao povo de Israel.
Em sua época rolava muita prosperidade tanto em Judá como em Israel, ambos os reinos desfrutavam de paz.
Os inimigos militares estavam quietos ou haviam sido esmagados, a Assíria havia derrotado a Síria, permitindo que Israel ampliasse muito suas fronteiras e ambições, culminando em um grande surto de riqueza.
Judá e Israel cresceram tanto que geograficamente quase alcançaram as mesmas dimensões na época áurea de Davi e Salomão, mas nem sempre, grandes reinos ou ministérios são sinônimos de comunhão com Deus.
Este poder, esta prosperidade material, provocou corrupção social e religiosa, virou uma verdadeira bagunça, injustiças eram praticadas em todas as esferas, no templo, entre os ricos e a lei de “Gerson” (quem lembra?) imperava.
Israel tornou-se uma nação doente, oprimindo e escravizando os pobres, os famintos eram desprezados, tudo se vendia a justiça era feita a quem subornasse mais.
Os agiotas da religião, exploravam suas vitimas, levando milhares ao desespero, notem a “religião” não era negligenciada, mais havia sido pervertida.
Algo em comum hoje?
O âmago da mensagem de Amós é “Buscai ao Senhor e Vivei”
A misericórdia que vem do alto ainda pode ser aproveitada, mas, o tempo para isto esta se esgotando.
Alguns exemplos citados por Amós caem de cheio em nossa realidade
Israel estava tão certo de sua salvação que nem olhava para si mesmo, pois eram o “povo escolhido” não importasse suas idiotices eles seriam salvos e pronto.
Tem muita gente que esta no corredor da morte e nem se dão conta disto, pois se sentem super crentes, imortais.
Deus não se deixa zombar, Ele é amor, mais o seu amor é do tipo que não aceita tudo.
Às vezes corremos este risco em nossa comunidade, para agradarmos, omitimo-nos da verdade ou simplesmente fingimos não ver.
Fama, glória, prosperidade, holocaustos, ofertas, festas, nada significava para Deus, o Senhor aborrecia e desprezava por falta de sinceridade.
Isto é uma lição tremenda para nós!

Oséias

Não se sabe muitas coisas pessoais sobre Oséias, exceto o nome de seu pai, sem nenhuma preocupação com genealogias ou detalhes de como foi sua chamada.
Oséias era um cara terno, amável e bem simples, parecido com Jeremias e não tão bravo como outros profetas.
Acabou tornando-se um “artista” de Deus, tendo que representar um papel nada agradável, aliás, humilhante para um profeta ou sacerdote, casar-se com uma prostituta.
Simplesmente sem maiores delongas, Deus da uma ordem bem irregular para os padrões da época, todas as regras deveriam ser quebradas.
Assim Oséias tira Gômer do bordel, mas não foi capaz de tirar o bordel de Gômer.
A mensagem era simples, a nação de Israel, era essa prostituta e Yahweh era seu marido.
A pergunta que faço é:
Quem é Deus para nós hoje?
Respondo, é o mesmo Deus de Oséias, ou não?
E qual é o nome de sua esposa? Qual? Diz ai vai.
Por que nos reunimos na Igreja? E com qual finalidade?
Uma resposta legal é:
1- Louvar a Deus
2- Alimentarmos-nos de sua palavra
A maioria das infecções vem pela má manipulação dos alimentos, seja por serem mal conservados, preparados sem higiene, etc...
Outro dia entrei em um estabelecimento que tinha uma bela placa “visite nossa cozinha”, pois bem lá foi o chato dar uma espiadinha e deparei-me com um belo tacho de óleo que mais parecia um tambor de óleo diesel de tão preto que estava,
Antes de engolir tudo que põem na sua frente, seja ousado em visitar a cozinha, a bíblia, nela você pode ver se o alimento dado esta bem conservado, se é necessário trocar o óleo porque tá sujo, rançoso e pronto a fazer-lhe mal.
Mesmo que você assim como Oséias não seja mais poupado.
Oséias pagava a Gômer por ordem do Senhor os programas “desfrutados” por outros homens, sentia-se moído humilhado, mais ouvia a voz de Deus lhe dizendo: Sei como te sentes, pois é assim que me sinto, entendes tu minha dor?
Dou ao meu povo graciosamente tudo, mas preferem pensar que suas próprias forças que os prosperaram.
As bênçãos que Eu dei, atribuem as suas magias. Tardo em irar-me, porém eles provocaram-me, enganando a muitos.
Aqueles homens comercializavam o nome de Deus, no templo cobravam a intercessão e o alivio na consciência dos que procuravam perdão pelos seus pecados.
Algo em comum hoje?
O Deus de Oséias é um Deus ferido, triste de não ser reconhecido pelos seus, doente de amor, mesmo diante de todas tentativas, sinais e maravilhas, não consegue seduzir aqueles que dizem ser servo do Deus altíssimo.
Esse Deus espera ainda que sua esposa se arrependa e largue suas mentiras.
Sua esposa, bom somos todos nós!
Uma hora, Ele dará um basta.

Habacuque

Filosofo poeta e musico como a maioria dos livros proféticos do Antigo Testamento, ele trata dos jogos de poder e conflitos entre as nações.
A Babilônia era a toda poderosa na época, declarava guerra, matava, estuprava e saqueava.
Habacuque ousou a questionar Deus, até quando iam estas injustiças, porque os ímpios prosperam e os inocentes sofrem?
É a sua pergunta também?
Vamos ser sinceros, fazemos coisas que Deus jamais planejou ou aprovou.
Ai a colheita é certa, segundo a semeadura!
Porem aos inocentes, confesso que não tenho resposta adequada.
Não é regra, mais na maioria das vezes, acredito que nesta vida os bons sofrem e são vitimas de abusos, enquanto os maus prosperam, afinal o deus deste mundo é o caos!
Fala a verdade, o que mais podemos fazer neste mundo do que abanar a cabeça por causa das injustiças impunes?
A semelhança de Jó, devemos enfrentar este problema honestamente.
Habacuque ouviu algo de Deus que pode apaziguar nossos corações:
Hab 2.4
Deus continua sendo soberano e, a sua maneira e no tempo próprio, Ele cuidará do caso dos maus, mas o justo viverá pela fé.

Malaquias

A impressão que dá que todo conteúdo deste livro se resume em dinheiro, porem ele tem muito mais a nos oferecer.
Ele nos dá informações preciosas sobre o período entre o retorno dos exilados à Terra Santa e o trabalho ali desenvolvido por Esdras e Neemias
Um período de reconstrução, interessante que a melhor fonte de informação deste período não é secular e sim a Bíblia, em especial os livros de Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias e Malaquias, segundo historiadores e arqueólogos.
Após Ageu e Zacarias, Malaquias (para não fugir a regra para variar) levantou a sua voz, em protesto contra os sacerdotes e o povo em geral.
Os sacerdotes já não estavam nem ai para a qualidade dos animais oferecidos em sacrifício, e pior ainda, oferecia pão poluído diante do Senhor.
Aquele entusiasmo inicial que marcou a inauguração do segundo Templo, já tinha se acabado, o zelo também.
A negligencia era geral, até nos dízimos e ofertas que eram extremamente importantes para manutenção do Templo, quanto ao seu sacerdócio naquele período.
O seu propósito consistia em restaurar a comunhão dos judaítas com o Senhor, colocar em ordem suas prioridades.
Juntamente com Ezequiel, Malaquias dá considerável importância ao correto proceder no campo da adoração, como meio seguro e único para preservar uma nação santa.
Diz que o primeiro passo é o arrependimento, que a iniqüidade e a mentira jamais ficara sem punição, que o dia do Senhor será insuportável (porque será?) porem prevê vitória para os que O temem.
Anunciou o precursor que anunciaria a vinda do Senhor, vocês sabem quem é né?
Depois de Malaquias, tivemos o ministério de João Batista, que, segundo esclareceu o Senhor Jesus, era “mais do que um profeta”.
Saindo do velho testamento e entrando no novo testamento pergunto:
Houve profeta maior do que o próprio Senhor Jesus?
E é no espírito dessa convicção que devemos entrar no Novo Testamento até hoje, em Apocalipse 19.10 lemos: “... o testemunho de Jesus é o espírito da profecia”.
Note o contraste entre o velho e o novo
O velho termina com uma ameaça
“... para que eu não venha e fira a terra com maldição” Mal.4.6..
O novo termina com uma benção muito ampla:
“A graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos” Ap.22.21
Sim a lei era o ministério da condenação, mas em Cristo há salvação eterna para todos os que crêem.


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