quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Santa Missa da Igreja Católica Romana

A assim chamada "Igreja Católica Romana" insiste em que a "comunhão" não é apenas um sacramento que confere graça ao comungante, mas também sacrifício real a Deus, em que Cristo, como sacerdote, oferece o Seu próprio corpo e sangue.
As palavras de Mateus 26:26 -28 e de I Coríntios 11:23-26, particularmente as palavras:  "Este é o Meu corpo" e  "Este é o Meu Sangue", parecem muito simples e fáceis de se entender. Mas o fato é que elas, provavelmente, já causaram mais divisão dentro da Igreja Cristã do que quaisquer outras.
Por causa dessa doutrina milhares de cristãos foram mortos na Inglaterra, no século XVI, durante o reinado da sanguinolenta "Bloody Mary", sem falar nos milhões que foram assassinados, em todas as épocas, pelos papas do Catolicismo Romano.
De fato, não foi senão em 380 d.C. que a doutrina da "transubstanciação"apareceu, e, até então, as idéias a respeito da mesma eram vagas e contraditórias.
A palavra "transubstanciação"  não era comumente usada, até 830 d.C. e, mesmo depois dessa data, ela ainda permanecia em debate. Foi promulgada pelo Papa Inocêncio III, em 1215 d.C., e foi transformada em artigo de fé, em 1551 d.C. pelo Concílio de Trento, 1545-63 d.C. que anatemizou todos quantos a rejeitassem ou dela duvidassem.
Convém esclarecer que o Papa Inocêncio III, (1198 a 1216 d.C.), um dos mais poderosos da história da Igreja Romana, tendo assassinado milhares de inocentes, que eram visto como "hereges", declarou-se  "Vigário de Cristo, Vigário de Deus, Soberano Supremo da Igreja e do mundo" com o direito de depor reis e príncipes afirmando que  "todas as coisas na terra, no céu e no inferno estão sujeitas ao vigário de Cristo". 
Nunca na história, até a chegada da Reforma Protestante, um homem exerceu maior autoridade do que ele! de decretar a herética transubstanciação, ordenou duas cruzadas, proibiu a leitura da BÍBLIA SAGRADA no vernáculo, ordenou o extermínio de todos os "Hereges", instituiu a  "Santa Inquisição" ou  "Santo Ofício" -- Hoje  "Sagrada Congregação para a Doutrina da fé" -- e mandou massacrar os albigenses, tendo dito que a cruzada contra esses santos  "havia sido a coroação dos seus objetivos como papa".

Mais sangue foi derramado durante o seu pontificado e dos seus imediatos sucessores do que em qualquer outro período da história da Igreja de Roma, exceto no esforço de esmagar a Reforma Protestante, nos séculos XVI e XVII.
Dir-se-ia que NERO, o monstruoso imperador romano, que mandou incendiar Roma para incriminar os cristãos, e decretou a morte do apostolo Paulo, poderia se assemelhar a um cordeiro, diante desse lobo voraz, Papa Inocêncio III.
Vejamos o que diz o Concílio de Trento:
Sessão XIII, outubro de 1515 - capítulo 4.Sobre a Transubstanciação:
Visto que Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele ofereceu sob aparência de pão era realmente seu corpo, sempre foi mantido na Igreja de Deus e este santo sínodo agora declara de novo que, pela consagração do vinho na substância de Seu sangue. E esta conversão é pela santa Igreja Católica convenientemente e com propriedade chamada transubstanciação".
Capítulo 5. Culto e veneração da Santa Eucaristia
E assim não se deixa lugar á dúvida de que todos os fiéis de Cristo devem em sua veneração demonstrar a este santíssimo sacramento o culto completo de adoração (latriae cultum) que é devido ao verdadeiro Deus, em concordância com o costume sempre aceito na Igreja Católica. E não deve ser menos adorado  porque foi instituído por Cristo Senhor para que pudesse ser tomado e comido"
Cânones sobre a Santa Eucaristia
Mansi, XXXIII 84 Cx. Denzinger, 883 ss.
"3. Sobre a Eucaristia. Se alguém negar que no venerável Sacramento da Eucaristia todo o Cristo está contido debaixo de cada parte separada de cada espécie  - seja anátema".
"9. Se alguém negar que cada um e todos os fiéis de Cristo, de ambos os sexos, tendo chegado aos anos de uso da razão, são obrigados a comungar, pelo menos uma vez por ano, no tempo da páscoa, em concordância com o preceito da Santa Madre Igreja -- seja anátema.
A Igreja Romana pretende basear sua doutrina herética nas Sagradas Escrituras, Vejamos João 6: 48-58. Nesta passagem há oito referências à expressão da palavra Comer, e a palavra carne é repetida cinco vezes dos lábios do próprio Senhor Jesus Cristo.
Porém, negamos inteiramente que elas constituam a profecia da eucaristia da Igreja Romana.
Contra a interpretação católica romana desta passagem. lembremo-nos de que as palavras do Senhor, ditas nos primeiros versículos do mesmo capítulo 6 de João, são exatamente as que fazem parte da mesma controvérsia entre Jesus e os judeus, que desejam fazer Jesus repetir o primeiro milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, de modo que pudessem ter outra refeição.
Verifiquemos, especificamente João 6: 29, 35-37, 40,44,45,47. Nestas passagens temos as palavras crer ou vir empregadas nove vezes. O comer a carne e o beber o sangue significa, no pensamento de Jesus, a posse da vida eterna.
A consequência do crer ou vir, nas últimas passagens citadas é também a posse da vida, o comer a carne e o beber o sangue do Filho do Homem. portanto, equivalem a vir a Jesus, e a crer nEle.
Em sua falta de compreensão espiritual, os judeus não entenderam as palavras de Jesus e ficaram cheios de escrúpulos e perguntavam-se: "como pode Este, dar-nos a comer a Sua própria carne"?  (João 6: 52).
Se tomadas literalmente. As palavras de Jesus levaram os judeus a encher-se de escrúpulos com justa razão, pois o comer a carne e o beber o sangue do filho do homem, seria puro canibalismo!
Alguns dos discípulos do Senhor também ficaram escandalizados com essas palavras e disseram: "duro é este discurso! Quem o pode ouvir?" (João 6:60).
Porém o Senhor deu Sua declaração clara explicando àqueles que desejavam recebê-lo, como o fez com as Suas parábolas, em Mateus 13. Jesus disse aos discípulos: "As palavras que eu vos tenho dito são espirituais e são vida" (V. 63).
As palavras de Pedro, ditas em seu nome e no dos demais apóstolos, mostram que eles interpretaram corretamente o SENTIDO das palavras de Jesus, como significando vir ao Senhor e crer nEle, pois o apóstolo Pedro disse: "...Senhor, para quem IREMOS NÓS ? Tu tens a palavra da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus!"( Vs. 68-69).
O que Jesus buscou esclarecer com as palavras ditas em João 6: 57?:  "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá". Como é que Jesus "vive pelo Pai"?  Vive como o Verbo encarnado pela fé, no Pai e na sua palavra.
Examinemos outras passagens bíblicas que a Igreja Romana cita para sustentação da doutrina da comunhão ou eucaristia: Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-24; Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:23-26.
A primeira coisa que precisamos notar, nestas passagens, é que as palavras "abençoar" e "dar graças" é a tradução da palavra grega "eulogein", que significa louvar. O dar graças e o abençoar ou louvar foram dirigidos a Deus!
A Igreja Romana, porém, sustenta que o pão e o vinho são abençoados e que, por meio dessa bênção, são transformados em alguma coisa diferente: CORPO E SANGUE.
Entretanto, a linguagem empregada nos textos citados não conduz a esta conclusão!  Era ação de graças e louvor REDIMIDOS A DEUS, exatamente como o Senhor Jesus Cristo fez, quando alimentou a multidão, dando graças pelos pães e pelos peixes (João 6:11).
A seguir, o que nos chama à atenção são as palavras de Jesus, depois da ação de graças: "isto é o Meu corpo... isto é o Meu sangue, o sangue da aliança".
Raciocinemos: poderia Jesus dizer que em Suas mãos estavam o Seu próprio corpo e sangue, quando ainda estava VIVO NO MEIO DOS DISCÍPULOS, habitando o mesmo corpo com o qual nascera de Maria e com o qual andara e ainda estava andando na companhia dos discípulos?
Tal pensamento propalado pela Igreja Romana para assegurar a  doutrina da transubstanciação fere frontalmente a inteligência das pessoas sensatas! Muitas vezes, nas Sagradas Escrituras encontramos a mesma construção gramatical, onde o verbo ser é usado com o sentido de representar, e nessas passagens não pode ter outro significado, senão vejamos:
As sete belas vacas SÃO (representam) sete anos e as sete belas espigas, igualmente (SERÃO)  sete anos..."(Gênesis 49:9,14).
Porque o SENHOR Deus É sol e escudo..." (Salmo 84:11).
Lâmpada para os meus pés É a Tua palavra e luz, para os meus caminhos" (Salmos 119:105).

"O campo é o mundo; a boa semente SÃO os filhos do reino; o joio SÃO os filhos do maligno; o inimigo que semeou é o diabo; a ceifa É a consumação do século, e os ceifeiros SÃO os anjos" (Mateus 13: 39-39).
"A garganta deles é um sepulcro aberto..." (Romanos 3:13).
"Eu SOU a porta (João 10:9).  "Eu SOU a videira verdadeira..." (João 15:1).
Geralmente empregamos a mesma liguagem em nossos dias. Olhando, por exemplo, a planta de uma casa dizemos: "Isto é a sala de jantar e aquilo é a cozinha".  Ou quando olhamos uma fotografia dizemos: "Esta é fulana e aquele é beltrano".
Quando assim falamos, estamos usando exatamente a linguagem de Jesus, quando tomou o pão e o vinho. Na realidade, Ele não falou do vinho mas do CÁLICE, quando disse:  "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança".
Outra coisa que chama a nossa atenção é o fato de que Jesus, após ter abençoado o vinho, o tenha chamado de  "o fruto da videira". Vejamos as passagens, na Bíblia Sagrada:
"E digo-vos que, desta hora em diante, não bebereis deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber, novo, no reino de meu Pai" (Mateus 26:29).  "Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus" (Mateus 14:25).   "Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).
Isso demonstra claramente que a substância do vinho NÃO HAVIA MUDADO!  Paulo age do mesmo modo, quando chama os elementos da Ceia de pão e vinho: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha".  (I Coríntios 11:26).
As narrativas da instituição da "Ceia do Senhor" nos Evangelhos e na Carta de Paulo aos Coríntios, tornam claro que Jesus falou em sentido figurado, quando disse: "Este é o cálice da nova aliança no Meu sangue..." (Lucas 22:20).
E Paulo cita Jesus dizendo: "Este cálice é a nova aliança no Meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim" (I Coríntios 11:25).
Nestas palavras Ele usou dupla figura de linguagem. O cálice representa o vinho e o vinho é chamado de nova aliança.
O cálice não era literalmente a nova aliança, embora ficasse definitivamente declarado, como o pão foi declarado ser o seu corpo. Eles não beberam o cálice literalmente, como também não beberam literalmente a nova aliança!  Como é ridículo dizer que eles o fizeram!
O Seu corpo também não foi o pão literal, nem o vinho, seu sangue literal. Como já dissemos, depois de dar o vinho aos discípulos Jesus disse:  "Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).
Assim o vinho, mesmo que dele Jesus tenha tomado e depois dado aos Seus discípulos, continuou sendo o fruto da videira!  Nenhuma alteração houve nos elementos. Isso aconteceu depois da oração de consagração, quando a Igreja Romana supõe e ensina que aconteceu a alteração, mesmo tendo Jesus e Paulo declarado que os elementos continuaram sendo pão e vinho.
Na verdade, como poderiam as palavras de Cristo: "Este é o Meu corpo e este é o Meu sangue" ser aceita no sentido literal?  Voltamos a enfatizar que na ocasião em que estas palavras foram ditas, o pão e o vinho estavam sobre a mesa, diante dEle, e Ele estava assentado à mesa em Seu corpo, como qualquer pessoa viva! A crucificação ainda não havia acontecido! Eles comeram a Ceia do Senhor, antes da crucificação.
Além disso, não podemos fazer algo em memória de alguém que está presente, como a Igreja Católica faz, dizendo que Cristo está presente na missa. Mas no futuro, quando estivesse ausente, estas coisas poderiam simbolizar o Seu corpo partido e o Seu sangue derramado.
Seus discípulos poderiam, então, relembrar o Seu sacrifício e o pão e o vinho poderiam ser tomados "em memória" dEle  (I Coríntios 11:25).
As palavras de Jesus "fazei isto...em memória de Mim" mostram que a Ceia do Senhor não foi um tipo de operação mágica, mas exclusivamente um memorial !  E com que finalidade?  Com o objetivo de convocar todos os cristãos, através dos séculos, a que se lembrassem da crucificação do Senhor e de todos os benefícios dela provenientes!
Um memorial não apresenta a realidade, como no caso de serem o pão e o vinho o seu verdadeiro corpo e sangue, mas uma coisa totalmente diferente, que serve apenas como lembrança da coisa real. Esta é a lógica!  É perfeitamente óbvio a qualquer leitor observador inteligente que a Ceia do Senhor foi especialmente estabelecida como uma simples festa memorial. De maneira alguma como uma "reencarnação" de Cristo!
Comer e beber carne e sangue humano é coisa repulsiva e abominável a Deus, e também a qualquer pessoa mentalmente são, especialmente aos judeus. Essa prática é contrária às Escrituras e ao senso comum.  "Qualquer homem da casa de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que comer algum sangue, contra ele me voltarei e o eliminarei do seu povo" (Levítico 17: 10). "Tão somente o sangue não comerás... (Deuteronômio 12:16).
Na lei judaica havia severa penalidade contra quem comesse sangue. Na visão de Pedro (Atos 10), quando ele recebeu ordem de levantar-se, matar e comer, ele protestou imediatamente, dizendo que nunca comera coisa imunda. Um pouco mais tarde, o Concílio de Jerusalém, legislando para a dispensação cristã, ratificou a proibição de se comer sangue: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem de vos guardardes. Saúde" (Atos 15:29).
É impossível crer que, quando os apóstolos estabeleceram a lei de Deus, eles mesmos participassem, não apenas de sangue de animal, mas principalmente de sangue humano -- o que seria o caso se na Ceia do Senhor, eles comessem regularmente a carne e o sangue literais de Cristo!  Que fale mais alto o bom senso! Que os queridos e sinceros católicos sejam despertados do seu sono...(Efésios 5:14).

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