segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tetraneto de Bezerra de Menezes converte-se a Cristo e desmente o Evangelho segundo Allan Kardec


Entrevista com Antonio R. Bezerra de Menezes Filho 
Matéria publicada na Revista Resposta Fiel, em março/2002.
Antonio Roosevelt Bezerra de Menezes Filho (Foto), 43 anos, tetraneto de Adolfo Bezerra de Menezes, um dos fundadores e primeiro presidente da Federação Espírita no Brasil (FEB), nasceu em uma família que sempre seguiu o kardecismo.

Envolvido com a doutrina, ele psicografava, tinha revelações e contato com os mortos.  Na adolescência, ele conheceu outras religiões e seitas. Praticou yoga e artes marciais. Envolveu-se com a ideologia da Nova Era, buscando poder e realizações da mente. Antonio acreditava que Jesus era um ser iluminado e um alvo a ser atingido.

Pensava que se continuasse a crescer espiritualmente seria um dia como Jesus, Gandhi ou Buda. Empresário, dono de uma construtora, Antonio viu sua vida ficar muito ruim e os negócios entrarem em crise. Como resultado, se afundou mais no espiritismo. Pesquisando a vida de Allan Kardec, descobriu que, na França, país em que foi fundada a crença espírita, o espiritismo não subsistiu. O próprio Allan Kardec faliu.

O mesmo aconteceu com seu tetravô, Bezerra de Menezes, que foi prefeito do Rio de Janeiro. Todos da sua família que eram envolvidos com espiritismo perderam seus bens. Antonio era um deles. Ele perdeu tudo o que tinha.  Nesse período, separou-se da família. Sofreu vários acidentes. Em um deles, na Via Dutra, um caminhão passou por cima do seu carro, mas ninguém da família, que estava no carro, morreu. Naquele momento, ele ouviu a voz de Deus: “Você não quer agora deixar que eu cuide da sua vida?” Foi quando Antonio lembrou-se do passado e disse: “Sim, quero entregar a minha vida a ti”.

Hoje, Antonio Bezerra de Menezes, convertido há 12 anos, é pastor na Igreja Batista Shemá Yisrael em Campinas (SP), reitor da Faculdade de Administração Eclesiástica Batista das Américas (Faeban: www.faebam.com.br) e conferencista internacional da Adhonep.

RE O que o levou a sair do espiritismo?
Bezerra -  Desde jovem, sempre tive desejo de conhecer a verdade sobre todas as coisas. Passei por muitas decepções dentro da minha vivência como médium e com a doutrina espírita, não com as pessoas. Quero deixar bem claro que tenho muito carinho pelos amigos espíritas. Mas, três fatos me decepcionaram muito. Um primo meu ficou gravemente doente e, mesmo sendo do maior clã espírita do Brasil, tendo o doutor Bezerra de Menezes como ancestral, o “chefe de corrente de cura científica no espaço” (por ter sido médico), não houve cura para ele. Também fui psicógrafo e, ao receber uma mensagem psicografada por uma pessoa da família que dizia ter recebido a mensagem do meu primo e de meu avô, eu e minha mãe vimos claramente que não era verdade. Como espírita, eu tinha que encontrar o fundamento das coisas e percebi que tudo vem da Bíblia. Aliado a isso, passei por diversos problemas familiares pessoais e perdi uma fortuna em patrimônio, o que quase me levou ao suicídio. Tudo isso foi restaurado quando me tornei um servo de Deus.

RE Como Jesus é compreendido na doutrina espírita?
Bezerra - Ele é compreendido como um ser iluminado, que chamamos de avathar ou mestre ascencionado, que já transcendeu a Roda de Sanaha (como dizem os hindus). Ele é chamado de Espírito de Luz, mas não é aceito como Salvador ou Messias, pois, se for aceito como tal, cai por terra a idéia da reencarnação e da lei do karma, que diz que temos de resgatar o karma através de sucessivas reencarnações até chegar à libertação total.

RE Há uma tendência atual de tentar trazer o espiritismo para o campo científico, tornando-o uma ciência. Essa tentativa tem levantado críticas dos cientistas. O que o senhor acha disso? É possível ver o espiritismo como uma ciência?
Bezerra - A ciência é um conjunto de conhecimentos coordenados relativamente a determinados assuntos, um estudo sistematizado. Se os espíritas querem dizer que é ciência, assim será, mas os cientistas não aceitam isso porque a ciência geralmente torna-se exata em muitas coisas e no espiritismo tudo é relativo ou sem explicação lógica. Um exemplo: uma pessoa é aleijada hoje porque tem karma, erros de outras vidas anteriores. Quem prova? Como? De que forma? Quando foi? Enfim, o espiritismo é relativo. É por isso que, além dos cristãos, existem muitos cientistas competentes que não aceitam essa tese infundada de que o espiritismo é uma ciência.

RE O senhor foi médium. O que está realmente por trás da experiência mediúnica?
Bezerra - O que ocorre é uma situação de possessão demoníaca. A palavra demoníaca vem de demônio e significa “Reino das Trevas”, coisa pesada. Existe um médium no kardecismo ou “cavalo” em outros segmentos, e uma entidade que se apresenta no “transe”. No “transe” você some e “alguém aparece para falar” calmo ou descontrolado. Aí é que a “coisa pega”. Cadê a identidade verdadeira do sujeito? Se aqui entre os vivos já é difícil distinguir, imagine você saber no campo dos espíritos quem é quem com certeza. Além disso, a Bíblia condena tal prática, como em Isaías 8.19-22.

A Bíblia é verdadeira e nos diz em 1 Coríntios 3.16-17 que os crentes são templos do Espírito Santo. Como seres humanos, temos corpo, alma e espírito, que precisam estar plenamente conservados, irrepreensíveis para a Vinda de Cristo, como vemos em 1 Tessalonicenses 5.23.

A manifestação mediúnica, onde vários espíritos usam os corpos dos médiuns, é uma prática abominável a Deus. Apocalipse 21.8 diz que “os feiticeiros não herdarão o Reino dos Céus”. Em resumo, é tudo um grande erro, porque a incorporação impede que o maior de todos os espíritos, que é o Espírito Santo de Deus, possa habitar dentro de nós.

RE O que torna o espiritismo tão popular?
Bezerra - Prega-se no espiritismo o amor ao próximo, as obras sociais e respostas confortantes para problemas ou dificuldades. Isso é correto e muito louvável. Mas a verdade é que além disso temos que entender os propósitos de Deus. Os autores da Bíblia foram homens, mas todos inspirados por Deus (2Tm 3.16-17). A religião verdadeira, imaculada e pura para o nosso Deus e Pai, é visitar os órfãos e as viúvas nas aflições e guardar-se incontaminado do mundo. O problema está nessa última questão. Os espíritas praticam as duas primeiras coisas, mas não conhecem a terceira.

O espiritismo torna-se muito popular por ser mais fácil fazermos as coisas parcialmente do que totalmente, o que é a verdadeira conversão cristã. Os espíritas dizem que as obras de caridade levam ao crescimento espiritual, mas a doutrina de salvação fala de morar no Céu com Cristo, e isso para eles é praticamente inconcebível. A idéia de arrependimento dos pecados também não tem vez, e a Bíblia nos ensina que temos que nos arrepender dos nossos pecados e crer no sacrifício de Jesus, que nos purifica de todo o pecado. Devemos entregar nossa vida ao Senhor (Rm 10.9-10), pois Ele é o único caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).

RE Que erros o senhor destacaria na doutrina espírita?
Bezerra - Eu não preciso citar muitas, só vou discorrer a respeito de algumas delas. Veja bem, não vou falar agora da Bíblia e, sim, do que está escrito no Evangelho Segundo Allan Kardec.

Na página 31, da 52ª edição, de junho de 1998, da Lake (Livraria Allan Kardec Editora). No resumo da doutrina espírita, Sócrates e Platão, no último verso, dizem: “É enfim (a doutrina espírita) o germe da doutrina dos anjos decaídos”. E o que são esses anjos? São os anjos rebeldes  que saíram do céu, da graça de Deus, juntamente com Satanás. É rebelião! E qualquer pessoa sensata não participa de rebelião. Aliás, a Bíblia diz que rebelião é como o pecado de feitiçaria (1Sm 15.23).

Na página 32, no capítulo 5, é dito que, após a nossa morte, um gênio (daimon, demônio) que havia sido designado durante a vida nos leva a um lugar onde se reúnem todos os que devem ser conduzidos ao Hades, para o julgamento. Enfim, a doutrina espírita e os espíritas são assessorados por demônios. Nós, que somos cristãos, graças a Deus, somos assessorados pelos anjos de Deus (Sl 34.7).

No capítulo 6 é dito que os demônios preenchem o espaço que separa o céu da Terra. Estes demônios são os laços que ligam o grande todo consigo mesmo. A divindade não entra jamais em comunicação direta com os homens, mas é por meio dos demônios que os deuses se relacionam e conversam com ele, seja durante o estado de vigília ou do sono. Enfim, demônios atuam e falam com pessoas, mas Deus (a divindade) não. Tudo isso é uma loucura doutrinária. Falta aos espíritas um estudo detalhado sobre as doutrinas bíblicas e sobre a doutrina espírita para ver que nesta há erros e absurdos. Está se roubando a verdade de Deus. Embora Allan Kardec tenha trabalhado com o educador Pestalozzi, que era cristão, faltou a ele fazer um bom seminário teológico para não cometer tantos erros.

A Bíblia diz o contrário do que ensinava Kardec. Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus (1Tm 2.5). Antigamente, o Evangelho Segundo o Espiritismo adotava um outro título como imitação do Evangelho, isso nas versões editadas até 1989. Depois, foi abolido esse uso na impressão. Na verdade, não podemos ter um outro evangelho como pretendido por Allan Kardec, como está em Gálatas 1.8-9, que afirma: “Mas se ainda nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema”. Quem será que está certo, o apóstolo Paulo ou Kardec?

RE A reencarnação é a coluna do espiritismo. Para abalizá-la, os espíritas se reportam a algumas passagens e personagens das Escrituras, como o episódio de Saul e a pitonisa e a relação entre Elias e João Batista. Qual a verdadeira interpretação dessas passagens?
Bezerra - Primeiro, Saul foi a uma seção espírita. Não foi a primeira. Esta se deu no Éden, onde Satanás entrou na serpente e ela enganou a Eva. Olha o que aconteceu: enganou. Desde o princípio há a relação da incorporação com o engano.

Também em 1 Samuel 28.7-14b, vê-se que, entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou. Saul não viu nada, muito menos ao profeta Samuel. Quem viu foi a médium, e a situação o induziu ao erro. Já no caso de Elias e João Batista, os espíritas dizem que João Batista era a reencarnação de Elias. Ora, para João Batista ser a reencarnação de Elias, este teria que ter morrido, mas isso não aconteceu. Elias não morreu. Ele foi arrebatado ou melhor, transladado. Corpo, alma e espírito (2Rs 1.11). Por esses fatos bíblicos, não se pode dar canonicidade ou admitir que Deus permitiu a reencarnação ou seção espírita.

RE O que o cristianismo lhe proporcionou que o senhor não encontrava no espiritismo?
Bezerra - Primeiro, conheci a Verdade.  A salvação, que é Jesus, devolveu-me a paz e a alegria. Recebi a cura de uma enfermidade auditiva irreversível e de outras diversas enfermidades entre meus familiares. Jesus restaurou minha família, pois eu era separado de minha esposa há um ano e, após conhecer a Cristo, na mesma semana voltei a viver com ela.

Hoje, tenho a felicidade plena e sei de onde vim, com quem estou e a certeza da salvação eterna. Meus parentes também foram abençoados com isso e mais ou menos 150 deles já estão com Jesus no coração. Deus mudou totalmente a história da família Bezerra de Menezes. Sou feliz e muito grato ao Senhor.

RE Como o Senhor definiria a diferença entre a fé cristã e a doutrina espírita?
Bezerra - Perdoem-me os amigos espíritas e também os de outras religiões não cristãs, mas se vocês conhecerem a Bíblia, conhecerão o Senhor e, abrindo o coração, entenderão seu propósito e receberão suas bênçãos. Além disso, serão ministrados pelo poder do Espírito Santo de Deus. Isso é maravilhoso! Refiro-me a receber a autoridade do nome e do sangue do Senhor e Salvador Jesus Cristo. O poder que o Senhor tinha quando esteve na Terra está a nossa disposição, concedendo-nos a cura divina, libertação de opressões e autoridade para abençoar outras vidas. Para quem conheceu a verdadeira doutrina bíblica, fica impossível compará-la com outras. Ela não é apenas superior. É a única que representa a vontade de Deus.

RE Como se sente hoje, depois de ter abandonado o espiritismo?
Bezerra - Muito bem. Sou feliz, superando os obstáculos com a ajuda de Deus e sendo usado como servo de Cristo, participando em média de 300 reuniões por ano em conferências em todas as denominações e em jantares da Adhonep, além de cruzadas por todo o Brasil e no exterior, onde milhares de almas se entregaram a Jesus e foram curadas de diversos males. Dou toda a glória a Jesus, que é meu Senhor e Salvador.

Entrevista cedida a Revista RESPOSTA FIEL Ano 1- nº 03 mar-2002.

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