sábado, 8 de maio de 2010

ESPIRITISMO KARDECISTA - SERÁ QUE REENCARNAMOS?

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"Estou na minha vigésima primeira encarnação!", afirmou categoricamente uma senhora para um ministro do evangelho. Talvez você já ouviu pessoas afirmarem algo parecido. Essa doutrina espírita, ensinada por povos pagãos e codificada por Allan Kardec, no século XIX, encanta pessoas sinceras e desesperançosas. Como expressou uma senhora que havia perdido seu filho num acidente, "quer coisa melhor do que eu reaver esse filho numa outra vida, talvez como meu pai, ou irmão ou filho novamente?" Como responder aos espíritas que sinceramente crêem dessa forma?

A Crença Espírita Kardecista

O que ensina o espiritismo com respeito à reencarnação? Embora todos nós saibamos disso, vale conferir a explicação deles nos livros de Allan Kardec. Dois deles assim se expressam sobre o assunto:

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"Pelo espiritismo, [...] o homem sabe que a alma progride, sem cessar, através de uma série de existências, até que pode aproximá-la de Deus." - Allan Kardec, A Gênese, página 26, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.

"Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? Deus a impôs a eles com o objetivo de os fazer chegar à perfeição: para alguns é uma expiação, para outros é uma missão." - Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, página 94, Questão 132, 3a. Edição, Editora Boa Nova.
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Mas quais seriam as provas dessa crença sobre várias existências? Afirmações de pessoas que não conseguem se lembrar de suas supostas vidas passadas? Ou relatos daquelas poucas que se lembram, mas que sempre afirmam já terem vivido numa cidade famosa e ocupado um cargo importante? Ou a convicta explanação dos médiuns, que afirmam ser o espiritismo uma ciência, mas não apresentam provas científicas sobre a reencarnação?

Em contrapartida, os cristãos têm uma opinião baseada num livro que fala apenas verdades, a Bíblia. Ela é bem clara ao dizer:

"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo." - Hebreus 9:27.
Os espíritas não crêem assim, porque para eles a reencarnação lhes aproxima mais de Deus, a cada existência. Então, quem está com a razão - a Bíblia ou Allan Kardec? Os cristãos crêem na Bíblia porque ela ensina de modo simples como surgiu a vida, e que o Criador jamais intencionou que o homem reencarnasse para se aproximar mais de Deus. O homem tem uma única oportunidade de se aproximar ou não de Deus, numa única vida. Por isso, Paulo podia dizer:

"21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. 23 Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. 24 Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne." - Filipenses 1:21-24.
Para Paulo, um judeu convertido a Jesus, morrer era lucro. Por que ele pensava assim? Por que desejava voltar a viver aqui na terra num outro nascimento? Não, mas porque depois de sua única vida, ele tinha a certeza de que estaria com Jesus, o que era incomparavelmente melhor. Ele jamais diria isso se cresse na reencarnação. Não faria sentido ser melhor morrer e estar com Cristo por uns tempos e voltar a nascer aqui.

Os espíritas apreciam muito as palavras ditas pelo próprio Jesus nos evangelhos. Então, segundo Jesus, qual é o modo de nos aproximarmos de Deus? Observe:

"Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." - João 14:23.
De acordo com Jesus, Deus, o Pai, vem com Jesus fazer morada em nosso coração, ou seja, uma relação muito íntima entre o cristão e Deus. Quão próximos de Deus nos tornamos, não é mesmo? Qual o requisito? Se amarmos a Jesus e guardarmos sua palavra. Nada de reencarnar, nada de nascer de novo literalmente. E o que encanta os cristãos é que Deus procura essa aproximação, dando conselhos e leis para que vivamos de um modo digno de pertencermos a Deus. Deus procura esses adoradores, segundo Jesus. (João 4:24) Deus não cria espíritos e os joga para ver como eles se saem, mas cria cada ser humano com um espírito, e convida a todos para essa aproximação. Evidentemente que devemos também invocar o nome do SENHOR, depois de o aceitarmos, porque perto está Ele dos que o invocam. (Salmo 145:18) Se Ele está perto de quem faz isso, não precisamos reencarnar.

Mas o que dizer da perfeição? Precisamos reencarnar para sermos perfeitos? Vejamos o que a Bíblia ensina sobre isso:

"Seja perfeito o vosso coração para com o SENHOR, nosso Deus, para andardes nos seus estatutos e guardardes os seus mandamentos, como hoje o fazeis." - 1 Reis 8:61.

"43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." - Mateus 5:43-48.
Novamente, a perfeição não está atrelada à reencarnação, e não há sequer um único versículo bíblico que sugira isso. Pelo contrário, a perfeição está relacionada a andar nos estatutos e nos mandamentos do Senhor (o que é uma conseqüência de quem tem fé verdadeira), a amar até mesmo nossos inimigos.

Allan Kardec também diz que a reencarnação é para muitos uma expiação, ou seja, uma enitência para progredirmos, conforme eles entendem. Mas a Bíblia também nos ensina sobre quem e com o que ele fez expiação por nossas vidas. Leia:
"Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." - 1 João 1:7.
Os espíritas precisam entender que a morte de Jesus realiza um milagre na vida do que nEle tem fé verdadeira. Somos purificados de nossos pecados e, conseqüentemente, aproximamo-nos de Deus.

Conclusão

O maior interessado em promover a doutrina da reencarnação é o inimigo da vida eterna, Satanás, e suas hostes demoníacas. Eles sabem que se a doutrina da reencarnação se tornar uma verdade para uma pessoa, o sacrifício de Jesus Cristo por ela dará lugar à salvação por méritos próprios, ou seja, a pessoa passará a se salvar através de sucessivas reencarnações, o que biblicamente é impossível. Mas desejamos ganhar espíritas para Jesus. Para ajudar os espíritas a raciocinarem sobre o assunto, sugiro a seguinte abordagem:

"Respeito seu ponto de vista. Mas imagine que você esteja na sua vigésima primeira encarnação (ou vida). Você deve crer que está mais próximo de Deus e mais perto da perfeição do que a vigésima, não é? E na vigésima encarnação você estava mais próximo de Deus e mais perto da perfeição do que a décima nona. Então, cada existência sua anterior você estaria mais longe de Deus e mais distante da perfeição. Então pense em como você foi criado. Consegue imaginar um Deus de amor criando os espíritos bem mais longe de Deus e mais distantes da perfeição? Não seria muito mais amoro da parte de Deus ter criado o homem à sua imagem, segundo a sua semelhança, próximos de Deus? E não foi mais amoroso ainda Deus, segundo a Bíblia, apesar de o homem ter pecado e se distanciado de Deus, ser convidado, através da fé em Cristo Jesus, a ser morada de Deus? (Leia João 3:16, João 14:23) Querido(a), o que Jesus fez na minha vida vale por mil encarnações! Foi uma mudança maravilhosa, e até eu partir e estar com Cristo, quero melhorar ainda mais. Deseja conversar mais sobre esse assunto?"
Que Deus abençõe seus esforços em provar, mediante a palavra de Deus, a Bíblia, que fora da graça de Deus não há salvação, e que por méritos próprio é impossível sermos salvos.

Fernando Galli

ESPIRITISMO KARDECISTA - SEU CONCEITO SOBRE A BÍBLIA

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Todas as seitas, de uma forma ou de outra, rebaixam a Palavra de Deus. Satanás e seus anjos ficam com raiva quando os cristãos crêem que a Bíblia fala a verdade, do início ao fim. Por isso, eles têm usado pessoas não-cristãs para descreditá-la como inspirada por Deus. Vejamos como o Espiritismo Kardecista faz isso.

O Espiritismo explica a Bíblia?

Allan Kardec, segundo os espíritas, o homem que codificou a Doutrina Espírita, expressou-se da seguinte forma sobre a relação Espiritismo e Bíblia:
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"O Espiritismo, bem longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da Natureza que revela, tudo o que Cristo disse e fez; traz a luz sobre os pontos obscuros de seus ensinamentos, de tal sorte que aqueles para quem certas partes do Evangelho eram ininteligíveis, ou pareciam inadimissíveis, as compreendem, sem esforço, com a ajuda do Espiritismo, e as admitem; vêem melhor a sua importância, e podem separar a realidade da alegoria; O Cristo lhes parece maior; não é mais simplesmente um filósofo, é um Messias divino." - Allan Kardec, A Gênese, página 31, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.

Aqui vemos que o Espiritismo não explica melhor os evangelhos coisa nenhuma! Os evangelhos nos ensinam que Jesus é Deus (João 1:1; 20:28), não apenas um Messias divino. Se não conseguem enxergar essa verdade, como entenderão os pontos que acham ser obscuros? Infelizmente, a plena Divindade de Cristo parece ser inadimissível para o Espiritismo Kardecista. E os seguidores de Allan Kardec também negam essa verdade. Então, todos eles negam os evangelhos, mas evidentemente crêem na explicação dada por Kardec e outros sobre os evangelhos, explicação esta toda voltada para provar o ensino antibíblico da reencarnação.
Mas será que é verdade que o espiritismo não nega os evangelhos? Comparando a citação acima com outras, de escritores renomados no meio espírita, chegamos à conclusão de que os espíritas realmente negam os evangelhos, e por um simples fato: Por ensinarem que a Bíblia não prova nada. Veja:

"Nem a Bíblia prova coisa alguma, nem temos a Bíblia como probante. O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas chamadas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. [...] Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo." – À Margem do Espiritismo, página 214, Editora FEB, 4a. Edição.
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A pergunta é: Como pode o Espiritismo ensinar que explica melhor a Bíblia e depois apregoar que a Bíblia não prova nada e que não assenta seus ensinos na Palavra de Deus, mas no ensino dos espíritos?Concordamos com o espiritismo reconhecer suas crenças como baseadas nos ensinos dos espíritos, e sabemos muito bem quem são eles. Tanto que, às vezes, antes de alguns espíritas se tornarem cristãos e aceitarem a Jesus como o seu único e suficiente Salvador, esses espíritos tentam causar dificuldades naqueles que estão para dar esse importante passo. Há muitos relatos de ex-espíritas kardecistas sofrerem ameaças audíveis do mundo espiritual, alertando os para não seguirem a religião cristã.
Mas e quanto a elegação de que a Bíblia não prova coisa alguma? Visto que o espiritismo se denomina ciência, e não religião, perguntamos aos cientistas se eles acham que, por métodos científicos, a crença na reencarnação pode ser provada. Mas um dos ensinos espíritas nos chama atenção, e desafiamos, com todo o respeito nossos queridos amigos espíritas, pessoas de caridade, a provarem pela ciência a seguinte afirmação:

"Vários Espíritos que animaram pessoas conhecidas sobre a Terra, disseram estar encarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e ficaram admirados de ver, nesse globo tão adiantado, homens que, na opinião do nosso mundo, não eram tão elevados." - Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, página 114, nota de rodapé, 3a. Edição, Editora Boa Nova.

Como anda a vida em Júpiter, segundo recentes pesquisas? A sua conhecida mancha vermelha nada mais é do que uma tempestade duas vezes maior do que a Terra com ventos de até 500 quilômentros por hora. Cientistas também admitiram a possibilidade de que Europa, um dos satélites naturais de Júpiter, possa ter um aceano aquecido por vulcões, mas que se houvesse vida ali seriam microorganismos, como bactérias. Será que esse "globo adiantado" realmente possui homens tão elevados? Parece que nem o espiritismo prova coisa alguma, e nem os cristãos o tem como probante.
Mas será que a Bíblia prova algo? Bem, os cientistas dia após dia encontram evidências de que a Bíblia prova o que eles anteriormente não criam. Observe a seguinte citação em favor da veracidade da Bíblia:

"Graças às pesquisas modernas, reconhecemos agora a historicidade essencial dela (A Bíblia). As Narrativas acerca dos Patriarcas, de Moisés, do Êxodo, da conquista de Canaã, dos Juízes, da monarquia, do exílio e da restauração foram todas confirmadas e ilustradas a um ponto que, quarenta anos (ou mais) atrás, seria considerado uma impossibilidade". - The Christian Century. Página.1329.
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A Bíblia, como livro confiável, quando trata de assuntos históricos e geográficos, mostra-se ser correta. Enquanto que o espiritismo kardecista, através de Allan Kardec e seus espíritos guias, no século 19, ensinava (e se crê até hoje) existir vida mais evoluída de espíritos encarnados em Júpiter, o que a NASA e outras pesquisas astronômicas consderam como impossível, a Bíblia, há centenas de anos antes de Cristo, mostrou-se exata sobre como o Planeta Terra se sustenta no universo. Observe:
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"Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada." - Jó 26:7.

A forma como a ciência confirma fatos e histórias bíblicas é infinitamente superior e mais probante do que as crenças espíritas como a reencarnação e a incrível promessa de que um cometa errante levará os espíritos para habitarem em novos mundos.

"Astros errantes, [...] os cometas serão os guias que nos ajudarão a transpor os limites do sistema ao qual pertence a Terra, para nos transportar às regiões longínquas da extensão sideral." - Allan Kardec, A Gênese, página 106, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.
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Como o Espiritismo Kardecista afirma que seus livros são escritos com a ajuda de espíritos desencarnados, podemos nos perguntar, em vista de tamanhas aberrações científicas: Se o Espiritismo ensina que caminho lado a lado com a ciência, e é ciência ao mesmo tempo, onde estão as provas astronômicas sobre essas declarações? Vida superior em Júpiter? Cometa servir de caminho para nos guiar a outros mundos? É bem verdade que Deus usou uma estrela para guiar os astrólogos a Jesus (Mateus 2), mas cometas guiando espíritos desencarnados é demais! Imagine a cena: espíritos seguindo um astro físico, "composto por gelos de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), amônia (NH3) e água (H2O), misturados com poeira e vários agregados mineerais"! (Wikipedia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Cometa) E ainda terão que torcer para o cometa não ter óbita, para não ficarem rodopiando no espaço. Outra pergunta: se foram mesmo espíritos que revelaram essas asneiras aos escritores desses livros, não fica evidente que eles mentiram? A Bíblia diz que o Diabo é mentiroso e o pai da mentira. (João 8:44) Ou será que esses escritores, como Allan Kardec, pronunciaram o que criam apenas?
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Por fim, lamentamos que escritores espíritas, ao afirmarem que a Bíblia não prova nada, usam a própria Bíblia, da maneira como convém, para provar suas doutrinas. Amamos os espíritas como pessoas caridosas, mas repudiamos ensinos que rebaixam o único livro inspirado por Deus - a Bíblia. - Ler Salmo 97:10; Isaías 55:8-11; João 17:17.

Fernando Galli

TENTATIVA FRACASSADA DO ESPIRITISMO DE PROVAR A REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA

Em sua tentativa desesperada de encontrar evidências da reencarnação na Bíblia, os espíritas, kardecistas e suas ramificações diabólicas, raciocinam: “Jesus ensinou que se perdermos pai e mãe nessa vida por causa do seu nome, receberemos muitas vezes mais pais e mães. (Mateus 19:29) Não estaria ele falando dos pais e mães que teremos em vidas futuras? Ou você acha que teremos cem pais e mães só nessa vida?” Posso pensar? Doi-me a aura ver gente inteligente manipulando a Bíblia para defender uma doutrina tão estapafúrdia como esta. Terei o enorme prazer em expôr o ponto de vista bíblico sobre o assunto. Não foi só Mateus quem registrou essas palavras de Jesus, mas Marcos também. Veja os dois relatos comparados: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.” (Mateus 19:29) “Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.” (Marcos 10:29, 30) Bem, percebeu que Marcos relata Jesus dizendo que “já no presente” recebemos pai e mãe, filhos, filhas, mulher? Como é isso possível? Porque para Jesus, sua mãe e seus irmãos são aqueles que fazem a vontade do Pai. Observe: “E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mateus 12:47-50) Os espíritas não fazem parte da família de Jesus Cristo. O fato de serem caridosos não os torna cristãos, pois senão até ateus caridosos seriam filhos de Deus. Obras não salvam. (Efésios 2:8, 9) Por isso, precisamos ajudar os espíritas a compreender o significado de versículos bíblicos mal interpretados propositadamente pelos espíritos maus (Satanás e seus demônios), os quais usam os médiuns escritores com seus livros amaldiçoados por Deus para ensinar a reencarnação na Bíblia - uma das mais terríveis heresias contra Jesus Cristo. No caso de Mateus 19:29 e Marcos 10:29, 30, o erro é tão gritante no conceito espírita que entra em contradição com a própria doutrina kardecista: se soemente aqueles que abandonam tudo pelo reino de Deus receberão cem vezes mais pais ou mães, em reencarnações futuras, então os que não abandonam tudo não reencarnam. Todavia, eles precisam reencarnar, segundo os espíritas, para se refazerem dos seus erros. Então, se tanto os que abandonam tudo pelo reino de Deus como os que não abandonam vão reencarnar, de que proveito teriam sido aquelas palavras de Jesus? Por fim, pergunto: Que espírita poderia mencionar nomes de pais e mães em vidas passadas, com provas científicas? Já sei: Esqueceram!

Fernando Galli, 8 de maio de 2010.

NEM UNA, NEM APOSTÓLICA. - A falácia da unidade católica

Algumas doutrinas em que eles divergiam:

Batismo Infantil
Tertuliano (contra)
Orígenes (a favor)

Imaculada Conceição de Maria
Anselmo, São Bernardo, papa leão I, papa Gregório, Inocêncio III (contra)
Ireneu, Santo Efrém (a favor)

Virgindade Perpétua de Maria
Tertuliano, Hegesipo, Ireneu, Eusébio (contra)
Jerônimo, Orígenes, Epifânio (a favor)

Os irmãos podem ver outras divergências no artigo que está no endereço:
http://www.cacp.org.br/catolicismo-dividido.htm


Elizabeth Figueiredo


NEM UNA, NEM APOSTÓLICA

A falácia da unidade católica

Por Paulo Cristiano da Silva

"Não refutarei apenas as acusações levantadas contra nós; farei com que elas se voltem contra seus próprios autores" (Tertuliano, 220 d.C)

“para que sejam um, como nós somos um...” (João 17.22)

Quando Jesus proferiu estas palavras, ele contava com apenas algumas dezenas de seguidores. Jesus deixou bem claro que uma das características pelas quais seus seguidores seriam conhecidos seria a unidade.
Passados quase dois mil anos empós estas palavras serem ditas, o cristianismo conta com cerca de 2,1 bilhões de adeptos, sendo que destes, 1 bilhão pertencem à comunhão Católica Romana.
Diante desta enorme grei de fiéis, o catolicismo se ufana em ser a única igreja verdadeira e um dos motivos invocados para sustentar tal alegação é sua suposta unidade.
Por vezes as igrejas evangélicas são estereotipadas como instáveis, dividindo-se, constantemente, em novas denominações, cada qual com suas doutrinas, disciplinas e costumes. Eles mostram o contraste com a igreja católica, a qual é retratada como sendo sólida e unificada.
Apontam ainda o credo Niceno que reza “Creio na Igreja, Una...”, para daí tirarem a conclusão de que as igrejas evangélicas não fazem parte da verdadeira Igreja de Cristo. Somente a Igreja Católica é Una!

Entretanto, cabe aqui algumas perguntas oportunas, qual seja: a suposta unidade do catolicismo é sinal de ortodoxia? Existe base lógica para condenar a diversidade nas igrejas evangélicas como sinal de heresia? Até que ponto essa unidade alegada pelo catolicismo é verdadeira? É realmente tão grave esta diversidade no protestantismo a ponto de não nos enquadrarmos na perícope de João 17.22? E a igreja cristã, sempre teve essa unidade que reivindica o catolicismo?
Estas e outras questões serão claramente respondidas no desenrolar deste artigo. Veremos que a falsa imagem das divisões protestante e a descrição da unidade católica apontada pelo romanismo não passam de exageros.

DIVERSIDADE NA UNIDADE

Diversidade Eclesiástica

O padre Alberto Luiz Gambarini (críticando às igrejas protestantes), afirma que Pedro é o sinal visível da unidade da igreja. Conseqüentemente, a garantia para a unidade da igreja repousa na sucessão apostólica chegando ao papa atual. [1] O papa, portanto, é o sinal da unidade no catolicismo. Isso também aparece de forma explícita no Catecismo Romano. [2]

Contudo, convém esclarecer que ao contrário do que afirma a Igreja Católica, o cristianismo primitivo não estava dividido hierarquicamente. Ademais, é um fato incontestável que não houve episcopado monárquico no primeiro século. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros que eram termos usados de modo intercambiável (ver Atos 20.17 e 28; Tito 1.5 e 7). O teólogo católico José Comblin, é concorde em dizer que: “No meio deles, Pedro tem um papel de porta-voz.”, entretanto, alerta: “Mas ele não é como o superior. São todos iguais.(ênfase acrescentada). Afirma ainda que nas primeiras comunidades cristãs não havia hierarquia, pois todos estavam unidos no colegiado apostólico e “cada igreja agia de modo independente” [3]

Um bom exemplo disso podemos ver na carta que Inácio enviou à Igreja de Roma, no começo do segundo século, onde diz : "Inácio... à Igreja que preside na região dos romanos..." (Inácio de Antioquia, 107 d.C, Carta aos Romanos [Prólogo]). (ênfase nossa)

Deste prólogo se depreende que cada igreja tinha a sua jurisdição limitada ao seu território ou região. Possuía autonomia eclesiástica. Definitivamente o Novo Testamento não apóia o arquétipo eclesiástico de uma única igreja, mas de igrejas distintas e independentes. Por outro lado, todas elas, apesar desta diversidade, formavam a única igreja de Cristo.

As igrejas de Corinto, Éfeso, Roma e as demais eram todas igrejas autônomas governadas pelos líderes locais. A unidade das igrejas apostólicas repousava no amor fraternal entre si e na doutrina dos apóstolos; Jesus era o único cabeça da Igreja. Quando Cristo ordena João escrever às 7 igrejas da Ásia, não as colocam sobre a jurisdição eclesiástica de nenhum apóstolo em particular a não ser dEle mesmo.

Diversidade nos Costumes

Podemos através do livro de Atos e de algumas epístolas paulinas formar um perfil, ainda que imperfeito, da igreja apostólica.
Existia não pouca diversidade entre elas sobre questões de disciplina e costumes. A adoração espontânea na igreja de Corinto estava em nítido contraste com a das igrejas palestinas que baseavam sua adoração no modelo da sinagoga judaica. Por exemplo, enquanto na Igreja de Corinto foi aconselhado o uso do véu, este mesmo uso não foi seguido por nenhuma outra. As pesquisas no N.T apontam duas tendências dentro da igreja cristã: uma judaica e outra helenista (grega); por causa dessa diversidade começou haver divergências entre seus membros (Atos 6). O concílio de Jerusalém deixou claro que nenhum costume judaico seria imposto nas igrejas gentias, enquanto os cristãos judaicos poderiam livremente praticar os costumes de sua nação, como se abster de certos alimentos, guardar dias, participar de festas, ir ao templo etc...


Ao entrar o segundo e terceiro séculos essas diversidades não acabaram, pelo contrário, aumentaram. Quem nos faz saber isso são os historiadores eclesiásticos Eusébio de Cesaréia (c.265-340) e posteriormente Sócrates (c.379-450) e Sozomen (c.375-447). Eles apontam grandes diferenças quanto à celebração da páscoa, jejuns, casamento e outros costumes seguidos pelas igrejas do oriente e ocidente. A divergência entre as várias igrejas é sinal de que o cristianismo primitivo era diversificado. O já citado padre comblim afirma que ainda pelo ano 150 “cada Igreja segue o seu desenvolvimento próprio. Daí, uma notável variedade nas fórmulas de fé, na liturgia e na organização.” [4]
De fato, havia unidade mais que uniformidade.


Diversidades de Crenças

Também a diversidade de crenças era um fato constante entre o cristianismo primitivo. Convém salientar que o pilar onde se apóia a unidade doutrinária do catolicismo é a chamada “tradição”; ela é a mãe de todas as doutrinas extrabíblicas desta igreja. Os apologistas católicos afirmam que sua igreja possui unidade doutrinária por se basear na fé comum dos pais da igreja. Dizem que as doutrinas sustentadas hoje por eles sempre foram a mesma da igreja primitiva dada e sustentada pelo consenso dos pais primitivos. Contudo, o ex-padre Aníbal P. Reis, diz que a assertiva da cúria papal de que havia unanimidade e consenso de opinião entre os pais da igreja, tornou-se um tanto utópica, quando se “constatou, porém, que só numa coisa eles concordavam: - é que discordavam em tudo.” [5]

E realmente era assim, muitos pais da igreja sustentavam opiniões divergentes entre si, não havia essa alegada uniformidade doutrinária como quer passar o catolicismo. Observe algumas doutrinas em que eles divergiam:

Batismo Infantil

Tertuliano (contra)

Orígenes (a favor)

Imaculada Conceição de Maria

Anselmo, São Bernardo, papa leão I, papa Gregório, Inocêncio III (contra)

Ireneu, Santo Efrém (a favor)

Virgindade Perpétua de Maria

Tertuliano, Hegesipo, Ireneu, Eusébio (contra)

Jerônimo, Orígenes, Epifânio (a favor)

Pedro é a pedra da Igreja - Mt. 16.18

Dos 77 pais que comentaram este verso apenas 17 opinaram que se refere a Pedro.

Agostinho um dos grandes vultos católicos era contra a interpretação sustentada hoje pelo catolicismo.

Junta-se a isto as questões sobre os livros Apócrifos, o dia da comemoração da páscoa, o celibato, eucaristia e outras doutrinas que eram arduamente defendidas por uns e com o mesmo zelo repudiadas por outros vultos da igreja. O que é sustentado hoje pelo catolicismo como sinal de sua unidade doutrinária eram idéias praticamente esfaceladas nos primeiros séculos da era cristã.

DIVISÕES NA HISTÓRIA DA IGREJA


As divisões na história da igreja foram muitas. Mas apenas três merecem nossa atenção:

No século V houve a separação das igrejas da Síria e do Egito;

No século XI houve o grande cisma entre as Igrejas do Oriente e do ocidente;

No século XVI houve a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero.

Após a Reforma as igrejas protestantes se subdividiram em muitas. David Barret, em sua “Enciclopédia das Religiões”, registra a existência de 30.880 (trinta mil oitocentos e oitenta) denominações cristãs.

Contudo essa cifra é veementemente contestada pelo apologista protestante Dr. Eric Svendsen em seu livro Sobre Esta Rocha Escorregadia” (Calvary Press, 2002), onde numa pesquisa minuciosa reduz para menos de 10.000 esse número.

Por exemplo, algumas são variações das mesmas denominações, a lista de Barret apresentava várias espécies diferentes de igrejas batistas, presbiterianas, luteranas etc...Mas eram apenas igrejas da mesma denominação com a mesma doutrina. Uma comparação similar pode-se ver na natureza: existe uma enorme diversidade entre os felinos, cães e peixes, mas todos sendo cada qual da mesma espécie e não de espécies diferentes. Há por exemplo, dentro da família dos felinos os tigres, as onças, os leões e os gatos. Ainda dentro do grupo dos gatos existem os subgrupos ou raças, os siameses, angorás etc...

Os apologistas católicos agem como se as diferenças entre as igrejas protestantes fossem tão grandes, como as diferenças entre gatos e cavalos, e entre pássaros e cães. Na realidade, elas são como as diferenças entre os diferentes tipos de gatos “siamês" ou de "angorá" (ou seja, pequenas variações em coisas que são essencialmente as mesmas, fato este já notado em toda a história da igreja como mostramos acima).

Razões das divisões dentro do protestantismo

Nossos antagonistas gostam de jogar em rosto a desagregação protestante, apontando que ela é fruto do “livre exame da Bíblia” ensinado por Lutero. Contudo esta acusação leviana desconsidera vários aspectos dentro do contexto histórico protestante. Muitos católicos pensam que o protestantismo foi fundado por Martinho Lutero e daí se fragmentou. Mas o caso é que a reforma iniciou praticamente na mesma época em vários lugares diferentes por líderes diferentes que às vezes nem ao menos se conheciam. Martinho Lutero na Alemanha, Zuinglio na Suíça, Calvino na França e Henrique VIII na Inglaterra é um exemplo disso. Há uma diversidade de fatores que poderíamos citar como explicação para este fenômeno, contudo, creio que a principal se encontra na liberdade de expressão, de culto e consciência defendida pelos reformadores. É sabido que o catolicismo na idade média erigiu uma verdadeira ditadura religiosa. Ninguém podia discordar das doutrinas católicas, caso contrário, sofreria as conseqüências nos tribunais da Inquisição. Assim o medo se espalhou por toda a idade média. Muitos foram mortos devido a esta nefanda política religiosa sustentada por Roma de proibir a liberdade religiosa. A unidade era imposta pelo terror!

Contra a liberdade de Consciência se levantou o papa Gregório XVI em sua Carta encíclica “Mirari Vos” promulgada em 15 de agosto de 1832. Dizia ele sobre a liberdade de consciência :

“Este erro corrupto abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estendo por toda parte, chegando a imprudência de alguém se asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião.” Também na mesma carta ele condena a liberdade de imprensa.

Não podemos descartar que a virtude da liberdade está dentro da própria filosofia protestante, talvez isto explique um pouco essa diversidade dentro do universo protestante. Seja como for, não há de se negar o fato de que é repugnante e inadmissível à qualquer espírito religioso sustentar a unidade às escoras da censura. Os papas deveriam saber que não se pode curar a dor de cabeça cortando fora o pescoço!
Outrossim, o fato de que a verdade não pode coexistir com o erro é outro fator preponderante na questão.

O catolicismo nos acusa de termos separado da igreja romana onde supõe estar o verdadeiro vínculo da unidade, a comunhão com o sucessor de Pedro – o bispo romano. Porém, o que ocorreu, é que Roma, e não nós, que se separou da verdadeira doutrina bíblica e apostólica. Ela tem sido a maior causadora de schisma [divisões] nestes 15 séculos de cristianismo. Por isso o mandamento é apartar daqueles que não andam conforme a doutrina (Romanos 16.17). “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3).

A unidade básica entre os protestantes

Existem algumas crenças que definem o Cristianismo. Estas incluem algumas doutrinas que consideramos essenciais como a hamartiologia (doutrina sobre o pecado), a soteriologia (doutrina da salvação), cristologia (doutrina sobre Cristo) teologia (doutrina sobre Deus), a pneumatologia (a doutrina sobre o Espírito Santo). Dependendo de como a pessoa encara alguns assuntos doutrinários tais como Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a morte vicária de Cristo, a salvação através da fé, a ressurreição de Jesus e a nossa, a autoridade única das Escrituras, a mediação única de Cristo, o Inferno de fogo; fornece o parâmetro para aferirmos se uma pessoa é Cristã ou não. Estes itens não são negociáveis. Qualquer pessoa que não acreditar neles não é cristã.

Por outro lado, algumas coisas são negociáveis. Estas incluem assuntos como o batismo, o tipo de música na adoração, a forma da estrutura e organização da igreja, a definição da relação entre o livre arbítrio e a predestinação, a escatologia. Estes itens são importantes. Contudo, não determinam se uma pessoa é ou não é cristã. São áreas em que os cristãos podem concordar ou não (Romanos 14).

As diferenças entre os protestantes genuínos ocorrem na segunda área, nos itens negociáveis.

Os primeiros Credos cristãos como o credo dos Apóstolos e os Credos Nicenos também fornecem uma base para o protestantismo atual, pois neles está a fórmula de fé professada pelas igrejas primitivas. Muitas crenças abordadas pelo catolicismo atual não encontram guarida nestes credos. Contudo, o credo obedecido hoje pelas igrejas protestantes é concorde com aqueles. Em outras palavras: pode haver união em tudo o que é mais importante, embora haja diferença em alguns pontos secundários.

Unidade ou uniformidade ?

A falta de uniformidade no universo protestante não prejudica sua unidade. É uma unidade no Espírito, pois é a vontade de Deus para seu povo (Efésios 4.3 - João 17. 11,20,21).
Assim, a verdadeira igreja de Cristo é invisível e espiritual composta de todas as demais igrejas visíveis pelo vínculo da paz (Hebreus 12.23).

Contudo essa unidade não implica em uniformidade total. É um fato independente da diversidade exterior. A igreja é comparada a um corpo diversificado (I Coríntios 12.13-26) com diversos ministérios e dons; é a diversidade na unidade.

Um bom testemunho disso tem sido a “Marcha para Jesus”, um evento que é realizado no mundo todo e tem tido um crescimento vertiginoso a cada ano. Essa manifestação que inclui centenas de denominações evangélicas é um fato incontestável do que estamos falando. [6]

Todavia, essa unidade é mediante a fé. Deve haver não só unidade espiritual, mas também unidade bíblico-doutrinária; e isso, com exceção das falsas igrejas (seitas), as igrejas evangélicas possuem de fato.

Por isso o catolicismo labora em grave erro ao definir o termo “unidade” de forma particular.

A DIVERSIDADE DENTRO DO CATOLICISMO

John Ankerberg e John Weldon distinguiram nove categorias de grupos católico romano no mundo inteiro. Dos quais destacamos os principais. Todavia, alertam que “As diferenças entre as mesmas não são claras, porque se sobrepõe ou se fundem entre si”. Ei-las:

Catolicismo nominal ou social: o catolicismo romano da maioria não comprometida, aqueles que talvez nasceram ou se casaram na Igreja, mas têm pouco conhecimento da teologia e que são, na prática, católicos somente de nome.

Catolicismo Sincretista ou eclético: o catolicismo que está misturado ou foi absorvido, em diferentes graus, pela religião pagã da cultura nativa em que ele existe [como, por exemplo, no México, Brasil - Bahia] .

Catolicismo tradicional ou ortodoxo: o ramo poderoso e conservador do catolicismo romano que sustenta as doutrinas históricas da Igreja, tais como as que foram reafirmadas no Concílio de Trento no século XVI.

Catolicismo moderado: o catolicismo romano do Vaticano II, o qual não é completamente tradicional nem inteiramente liberal.

Catolicismo modernista ou liberal: o catolicismo romano “progressista”, posterior ao Vaticano II, que rejeita até certo ponto a doutrina tradicional. [7]

Essa diversidade dentro do catolicismo pode até ser negada, porém não mais escondida. Numa entrevista que o historiador católico John Cornwell, autor do polêmico livro “O papa de Hitler” concedeu à revista “Isto É” ele deixou bem claro essa questão quando falou sobre a árdua tarefa que o próximo papa terá de enfrentar.

Ele terá de se esforçar para amolecer as facções em conflito até que a Igreja possa chegar a um novo concílio, ou pelo menos a uma reunião dos bispos do mundo, que decida as atuais disputas, como afirmo em Quebra da fé.” [8]
Sublinha-se ainda que esta confissão não é caso isolado, mas uma constante cada vez mais presente dentro do novo perfil católico. Veja esse depoimento logo abaixo que colhemos em um site católico de tendência conservadora:

“Recentemente um médico amigo meu contou-me que, no hospital em que trabalha, algumas enfermeiras lhe perguntaram qual era a sua religião. Ele respondeu com ufania: "Sou Católico Apostólico Romano". E elas, então, como se não entendessem, lhe disseram: "Mas católico... de que tipo?".

E a pergunta deixava clara a tragédia causada pelo Vaticano II: depois desse Concílio surgiram tantas divisões entre os católicos, nasceram tantos tipos diferentes e tantos modos diversos de ser católico, que a definição normal já não diz nada para as pessoas comuns. Ficou necessário acrescentar um outro adjetivo à expressão da única religião e da única fé verdadeiras. E o acréscimo necessário para se definir qual a religião católica que se tem, demonstra que se perdeu a unidade da Fé.” [9]

A aparência de unidade entre os católicos é mal conduzida. Na realidade, existem diferenças importantes em sua teologia e prática. Vou discutir apenas algumas delas, como exemplo. O livro mais recente de Malachi Martin (padre católico, teólogo e professor, residente no Vaticano e confessor do papa João XXIII), "Windswept House" (A Casa Em Desordem) trata de algumas outras diferenças. Embora seja uma novela, ele trata de assuntos da vida real.

Os protestantes que têm diferenças nas crenças e nas práticas identificam-se por nomes diferentes. Reconhecem publicamente suas diferenças. Contudo, os católicos que têm diferenças nas práticas e nas crenças, continuam se chamando pelo mesmo nome (católicos romanos), afirmando que o papa é o seu líder. Isso dá uma falsa impressão de unidade.

Apesar de afirmarem verbalmente que o papa é o seu líder, existem padres e teólogos católicos que desafiam, publicamente, a autoridade do papa. Malachi Martin fala de alguns destes em seu livro "The Jesuits:The Society of Jesus and the Betrayal of the Roman Catholic Church" (Os Jesuítas: A Sociedade de Jesus e a Traição à Igreja Católica Romana). Também existem as freiras feministas que desafiam publicamente o papa.

Um grupo ultraconservador conhecido como "True Cahtolic" (Católicos Verdadeiros) acredita que João Paulo II não é um papa legítimo, porque ele tem promovido a "heresia" (o que contraria a doutrina católica, a qual foi declarada "infalivelmente" pelos papas que o antecederam). Eles crêem que, em razão disso, a cadeira papal ficou vaga. E para sanar esta situação, elegeram um outro papa.

Como veremos, alguns padres e freiras católicos ensinam coisas totalmente contrárias à doutrina católica. Contudo ainda lhes permitem ensinar em nome da ICR, mantendo posições de influência e autoridade. [10]

Como se já não bastasse por volta de 1945 o catolicismo se dividiu mais uma vez. Estamos falando da criação da Igreja Católica Apostólica Brasileira fundada pelo ex-bispo católico romano Dom Carlos Duarte Costa. Fora esta existe ainda a Igreja Católica Liberal e outras.

Diversidade de ritos, regras e fórmulas

Muitos desconhecem que a diversidade de igrejas que comporta hoje o catolicismo romano é cada vez maior. Trata-se de igrejas cismáticas ou até mesmo consideradas heréticas que voltaram ao seio da igreja romana, mas que ainda permaneceram com seus ritos e fórmulas de fé variados. [11] Ao se submeteram à autoridade do papa, a qual é considerada a pedra de toque da verdadeira unidade passam a ser consideradas parte da igreja católica romana. A título de ilustração, temos as mais diferentes igrejas com uma enorme e complexa diversidade de ritos dentro da Igreja Católica que se proclama “Una”.

Por exemplo, alguns da Igreja Nestoriana voltaram para o seio da igreja romana, mas conservando o rito caldeu e malabar. [12]

Parte dos Jacobitas, ou monofisitas sírios, voltaram ao catolicismo, mas voltaram com seu rito próprio, formando o chamado rito siríaco puro.

Já os melquitas se separaram do catolicismo em 1054, seguindo as demais igrejas de rito bizantino. No entanto, em 1724 o novo Patriarca Melquita de Antioquia decidiu voltar ao Catolicismo. E voltou, formando o rito Melquita.

Fora estes ainda existe os de ritos maronitas, o Ambrosiano, existente só na cidade de Milão, o Ítalo-Greco, que é rezado em latim ou italiano, mas seu ritual é bizantino. Nasceu da parte sul da Itália, que sempre teve forte influência bizantina e finalmente o moçárabe, existente na Espanha, e rezado em árabe.

Todas elas realizam de modos diferentes, com cerimônias diferentes e em línguas diferentes seu culto. A eucaristia é celebrada numa diversidade assombrosa. Uma diversidade que nunca se viu entre as igrejas evangélicas.

Além destas diferentes igrejas, que comporta o catolicismo debaixo de seu lábaro papal, ainda temos as mais variadas ordens dentro do catolicismo romano tais como os Jesuítas, dominicanos, carmelitas, franciscanos, agostinianos, marianos e outras mais, com uma rica diversidade de regras de vida, ritos, fórmulas, festas, deveres religiosos, dias santos, práticas e pontos de vistas diferentes. É notória a diferença destas ordens entre si, muitas vezes com uma rivalidade vituperiosa, a ponto de chegarem a se digladiar por pontos periféricos de disciplina. Um exemplo prático disso foram as constantes disputas entre jesuítas e dominicanos e entre estes e os franciscanos.

Diferença aparente ou real ?

Os católicos levantam a acusação de que existem muitas igrejas protestantes diferentes umas das outras, na liturgia e disciplina, por isso não há unidade, conseqüentemente não poderia ser a igreja verdadeira que Cristo deixou. Apesar de os católicos alardearem de que conservam a mais perfeita união, contudo, não há assunto divergente dentro das igrejas evangélicas que não o seja também entre os romanistas.

Muitos ficaram surpresos quando Mel Gibson revelou que estava construindo uma igreja para ele mesmo, apelidada pela mídia de San Mel. Mas não se trata de uma nova seita, e sim de um outro tipo de catolicismo que a maioria dos católicos desconhecem. Gibson segue a linha conservadora do catolicismo oposta ao Vaticano II, por isso as missas na igreja de Gibson serão rezadas em latim, fiel ao rito tridentino. [13]

Este é apenas um exemplo da divisão dentro do catolicismo que os teólogos católicos não querem admitir, mas que é fato notório. As igrejas que voltaram à comunhão católica, mencionadas acima, tem a total liberdade de praticar liturgias diferentes, e ter idéias diferentes em relação a pontos periféricos de doutrinas contanto que se submetam à sede papal.

Indubitavelmente, nem a diversidade e muito menos a unidade católica é substancialmente diferente da nossa. Pondere por um instante sobre a diferença que há entre o protestantismo tradicional e o pentecostal, porventura não seria a mesma que há entre o catolicismo tradicional e o carismático?

Ainda dentro da Renovação Carismática podemos distinguir dois grupos, os de tendência pentecostal e os notadamente de raízes católicas [14]

Uma diferença que poderíamos mencionar aqui também é quanto à conservação de alguns artefatos religiosos como o crucifixo que perduraram nas igrejas luteranas e anglicanas, mas que estão ausentes nas demais igrejas evangélicas.

Não consta o mesmo entre as igrejas católicas dos países latinos que geralmente são repletas de imagens, mas que estão praticamente ausentes entre os católicos norte-americanos?

É digno de nota que enquanto os católicos brasileiros se dobram perante pedaços de ossos e panos antigos qualificados como relíquias, os católicos ingleses repudiam tal prática. Pergunto: onde está a tão famigerada unidade apregoada pelo catolicismo? Na prática, simplesmente, ela não existe!

Todavia, alguém poderia objetar dizendo que as diferenças se concentram apenas no campo das disciplinas, mas nunca no da fé ou doutrina.

Mais uma vez esta objeção falha por não corresponder aos fatos. E para surpresa e decepção de nossos antagonistas, divergências doutrinárias sempre estiveram presentes dentro do catolicismo romano, ainda que de modo camuflado.

Diz certa obra católica que “O longo pontificado de Pio VI foi marcado por profundas divergências no campo doutrinal”. Ainda essa mesma obra afirma que o papa João Paulo II foi atacado por um padre de uma ordem rival ligado a uma corrente contrária a reforma do Concílio Vaticano II em uma de suas viagens à Fátima. [15]

Os “Flagelantes” foi duramente combatido pelo papa Alexandre IV que os considerou heréticos. Eles faziam parte do grande movimento do “pauperismo”, que foi uma reação contra a vida de enriquecimento do clero na idade média. Francisco de Assis sairá deste movimento para fundar sua ordem que depois também iria se subdividir. Outra questão de divisão foi quanto ao “conciliarismo”, teoria que prevaleceu por algum tempo, a qual pretendia a superioridade do Concílio sobre o papa. O papa Martinho V chegou a se submeter a esta doutrina.[16]

Considere mais alguns exemplos:

Na época em que foi proposto o dogma da infalibilidade papal houve não pouca divergência entre os líderes católicos de diversos países. Sinal que não havia nenhum consenso doutrinário ainda entre eles. Assim também foi em relação aos livros apócrifos dogmatizados no concílio de Trento e com o dogma da “Imaculada Conceição” de Maria. Sempre havia disputas teológicas em cima destes pontos considerados essenciais para a fé católica atual. É sabido que quanto a este último houve uma acerada disputa entre os franciscanos e dominicanos se vilipendiando mutuamente.

Ora, a mesma controvérsia doutrinária que houve entre Jesuítas e Jansenitas não foi a mesma que houve entre Calvinistas e armenianos a respeito da predestinação?

Hoje em dia existem os teólogos católicos que pregam a teologia da libertação cujo evangelho difundido por eles é contextualizado com ideais socialistas. Um dos representantes mais proeminentes desta corrente aqui no Brasil é o frei Leonardo Boff que não poupa críticas quanto a postura da igreja católica frente ao evangelho socialista apregoado por esta corrente doutrinária.

Sem falar nos polêmicos padres parapsicólogos que além de ir contra muitas doutrinas da igreja católica, chegam até mesmo a desmentir a própria Bíblia Sagrada. O mais popular deles aqui no Brasil, o jesuíta Oscar G. Quevedo, foi até proibido pelo Vaticano de pregar suas teorias, pois colidia com os ensinos da igreja. [17]

Outra: enquanto, algumas paróquias católicas realizam a festa de “santo reis” perpetuando a crença nessa religião popular, ela é repudiada por tantos outros dessa mesma igreja. Aliás, nunca foi oficializada pelo papa.

Enquanto a igreja católica do México sanciona tradições religiões bárbaras como as auto-flagelações e auto-crucificações com o fito de apagar os pecados dos fiéis, isto é altamente repudiado pela igreja católica brasileira.

Poderíamos aumentar essa lista com mais exemplos, como o do teólogo católico alemão Eugen Drewermann, crítico ferrenho do Vaticano, mas por enquanto ficamos somente com estes. Contudo, já deu para perceber que a suposta unidade católica rui por terra ante a verdade dos fatos. Ela não funciona na prática...

Qual a verdade dos fatos?

Depois de tudo que foi exposto acima concluímos que a igreja romana não tem envergadura moral e menos razão do que qualquer outra da cristandade para acusar às outras igrejas de suas diferenças e divisões. [18] É hipocrisia apelar para a diversidade das outras, acusando-as de falta de unidade enquanto tolera estas mesmas diferenças em seu próprio seio debaixo de eufemismos terminológicos.

A verdade é esta: os católicos têm suas divergências e diferenças, mas não admitem, pois concordam em submete-las todas à decisão da sede papal, que é para eles o centro da unidade.; os evangélicos têm também as suas, mas submetem-nas todas ao único líder – Jesus – cuja autoridade das Escrituras, compõe o centro dessa unidade.

Quanto às diferenças entre as igrejas evangélicas, não passam de meras diferenças na forma de seu culto. São coisas que não afetam os principais artigos de fé de nossas igrejas. Estas e outras são os únicos ou principais pontos de divergências que existem entre os evangélicos. Importante ressaltar que quando falamos em artigos de fé estamos nos reportando aos nossos credos. Assim as igrejas evangélicas ou protestantes seguem na mesma linha reta em relação ao que crêem. É claro que pode haver diferença a respeito da aplicação de algumas palavras, mas todas estão de acordo no principal. É só comparar os credos das várias denominações protestantes entre si.
Quanto aos pontos de disciplina é difícil determinar em qual das igrejas há maior divergência! [19]





Notas bibliográficas

[1] Ganbarine, Alberto Luiz, Quem Fundou a sua Igreja? Itapecirica da Serra: Ágape pp. 21-25.
[2] “O Novo Catecismo”, São Paulo: Ed. Herder, 1969, pp.424-26. Obs: Curiosamente o “Catecismo da Igreja Católica” - edição revisada de acordo com o texto oficial em latim. São Paulo: Ed. Loyola, 1999, pp.233-36, quando toca na questão da unidade da Igreja, não enfatiza tanto a figura do papa. Influências do ecumenismo?!
[3] Comblin, José, A Hierarquia – curso popular de história da igreja. São Paulo: Ed. Paulus 1993 2ª ed. pp. 18,19.
[4] Ibid., p. 20.
[5] Reis, Aníbal Pereira dos, O Vaticano e a Bíblia, São Paulo: Ed. Caminho de Damasco, 1969 p.58.
[6]
Segundo o site oficial, a “Marcha para Jesus” reuniu em 2004 só na cidade de São Paulo, mais de dois mil evangélicos de centenas de denominações. Site: http://www.marchaparajesus.com.br/
[7] Ankerberg, John e Weldon, John, Os Fatos sobre o Catolicismo Romano, Porto Alegre Obra Missionária Chamada da Meia-Noite 1997 pp. 19-20.
[8] Op. Cit., edição de 09/08/2002, sob o título “É Preciso Unir a Igreja”.
[9] http://www.montfort.org.br/index.html
[10] Citado no livro
“O Espírito do Catolicismo”, da ex-freira Mary Ann Collins, traduzido por Mary Schultze, versão on-line. Este livro está disponível no site www.cacp.org.br.
[11] Os católicos costumam distinguir entre heréticos e cismáticos. Herético é aquele que ensina doutrinas errôneas, seria o apóstata. Já o cismático é aquele que apesar de estar no cisma com o catolicismo, não ensina, todavia, erros doutrinários. Obs: Enquanto o Concílio de Trento considerou os protestantes heréticos, o Vaticano II revogou esse termo para um menos ofensivo de “irmãos separados”.
[12] O site desta igreja:
http://www.chaldeansonline.net/.
[13] http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0%2C%2COI273197-EI312%2C00.html.
[14] Miranda, D.Antonio Afonso de, O que é preciso saber sobre a Renovação Carismática. Aparecida–SP, Ed. Santuário, p. 58.
[15] Pintonello, Aquiles,
Os Papas. São Paulo: Ed. Paulinas 1986 2ª edição, pp. 140-98.
[16] Ibid pp.55-85
[17] Aquino, Felipe Rinaldo Queiros de, Falsas Doutrinas – Seitas & Religiões. Lorena: Ed. Cléofas 2002, p.47.
[18] Entre os anos de 50 e 60 houve grandes disputas entre as facções católicas aqui no Brasil, especialmente em Belo Horizonte como mostra a “Revista de História Regional” sob um enfoque sociológico. O trabalho na íntegra pode ser visto no site http://www.rhr.uepg.br/v3n1/matta.htm#34. Outra opção para quem queira se aprofundar no assunto é ler o livro de Arnaldo Lemos Filho, “Os Catolicismos Brasileiros” da editora Alínea, onde mostra os diferentes tipos de catolicismos existentes no Brasil.
[19] Seymour, M.H, Noite com os Romanistas – Coleção Vaticano II. Ourinhos: Edições Cristãs 1998.





Paulo Cristiano, é presbítero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus e há mais de dez anos pesquisador de seitas;palestrante co-fundador e vice-presidente do CACP (Centro Apologético Cristão de Pesquisas). É membro da comissão revisora do curso teológico do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus em São José do Rio Preto(IBADERP). Já desenvolveu pesquisas e escreveu artigos sobre temas relacionados à fé cristã em diversos periódicos evangélicos e seculares. Dentre os muitos publicados na revista Defesa da Fé. Leciona Heresiologia, Angelologia e Novo Testamento na Faculdade de Teologia da Assembléia de Deus do Calvário (FATAC). É autor do livro “Desmascarando a Idolatria”, ainda sem data prevista para lançamento.

A Sentinela de 15/09/98

Como nós já sabemos, a Sociedade Torre de Vigia se contradiz muito em suas publicações. Por quê? É devido ao fato das doutrinas não estarem de acordo com a Bíblia.

Eu sou assinante da revista A Sentinela, pois, se faço comentários sobre algo, eu primeiro tenho de conhecer, para então poder dizer o que é e o que não é. Não faço como as Testemunhas de Jeová, que negam a doutrina da Trindade, sem conhecê-la (conhecem somente o que o Corpo Governante diz). Toda a vez que eu recebo A Sentinela, me deparo com afirmações absurdas e contraditórias, e por este motivo, resolvi tecer comentários, que provavelmente serão periódicos.

Vamos ao que interessa.

Comentário: A Sentinela de 15/09/98

Na capa da Revista, nós lemos: "ESTÁ ATENTO AOS NOSSOS TEMPOS?". A revista fala sobre os sinais dos tempos, e como estes sinais (guerras, catástrofer, terremotos) nos mostram que o dia se aproxima. Até aí, tudo bem (apesar de ser uma característica de seita a ênfase escatológica). O problema começa com as contradições entre as doutrinas da STV, e os versículos citados na própria revista.

Umas das doutrinas anti-bíblicas das Testemunhas de Jeová, e que Jesus voltou em 1914, e está presente, mas invisível.

A Sentinela de 1 de junho de 1998, página 4, quarto parágrafo:

"...Conforme esta revista tem explicado reqüentemente, a "presença" de Cristo Jesus começou em 1914. ..."

Despertai! de 22 de maio de 1990, página 10, quarto parágrafo:

"...Mas esta nuvem negra que paira sobre a humanidade apresenta horizonte esperançoso. Jesus predisse que em sua presença, haveria na terra angústia de nações, não sabendo o que fazer por causa do rugido do mar e da sua agitação, os homens ficando desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada. Mas ele também disse que seria o tempo de erguer a cabeça, porque o seu livramento se estaria aproximando. - Lucas 21.25-28. ..."



Borchura "Eis que Faço Novas Todas as Coisas", de 1987, página 23 e 24:

"Durante 35 anos antes de 1914, A Sentinela (agora revista de maior divulgação na terra) tinha trazido à atenção o ano de 1914 como marcado na profecia bíblica. Estas profecias começaram a ter um cumprimento notável em 1914. Uma delas é a profecia do próprio Jesus, proferida há 1900 anos, a respeito do "sinal" que apareceria no final do sistema de coisas, e que provaria que ele estava invisivelmente presente com poder régio. ..."

A Sentinela de 15 de setembro de 1998, página 16, quinto parágrafo:

"... Embora Jesus Cristo esteja presente como Rei desde 1914, ele ainda tem de julgar sistemas e pessoas antes de executar o julgamento nos que achar serem iníquos. ..."

Bem, segundo esta doutrina, Cristo já voltou, mas observe o seguinte:

" Embora os cientistas talvez saibam quando uma erupção vulcânica é iminente, eles não podem dizer com precisão quando ocorrerá. Do mesmo modo, Jesus disse a respeito do fim deste sistema de coisas: 'Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.' (Mateus 24.36) Visto que não sabemos exatamente quando o atual sistema de coisas acabará, Jesus nos deu o seguinte aviso: 'Sabei isto, que, se o dono de casa tivesse sabido em que vigília viria o ladrão, teria ficado acordado e não teria permitido que a sua casa fosse arrombada. Por esta razão, vós também mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem [Jesus] vem numa hora em que não pensais.' - Mateus 24.43, 44. As palavras de Jesus mostram que o fim cataclísmico deste sistema pegará este mundo de surpresa "


A Sentinela de 15 de setembro de 1998, página 6

Vamos agora observar o seguinte: A STV está querendo dizer que a citação de Mateus 24.26, se refere ao fim dos tempos. Isto é verdade, mas os fins tos tempos ocorrerá com a vinda de Cristo! Se nós lermos toda a passagem (não tirando-a de contexto como faz a STV), nós veremos que Jesus está dizendo que "aquele dia" diz respeito a sua vinda:

"Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem." Mt 24.37

Assim sendo, como o Texto refere-se a vinda de Cristo, e não nos cabe saber tempos e épocas(Mt 24.36), ou seja, não podemos calcular quando será este dia, eu pergunto: Como a STV fez cálculos (que contradizem a Bíblia e a arqueologia) para afirmar que Jesus voltou em 1914??? Somente com este dado, nós já podemos ver as contradições entre a Bíblia e as doutrinas da STV, e entre as próprias publicações da seita.

Mas vamos mais adiante: Na citação, a própria STV cita Mateus 24.43, 44, a que afirma que "o Filho do homem vem numa hora em que não pensais". Mas eu pergunto às Testemunhas de Jeová: Segundo a doutrina da STV, Jesus não veio 1914? Crer nisto é falta de crítica. Mas não se pode criticar a STV e o Corpo Governante, pois a Testemunha que o faz pode corre o risco de ser "excluida" da "Organização de Deus". Pode parecer que estou sendo agressivo com as Testemunhas de Jeová, mas não é meu objetivo agredí-las, mas o meu objetivo é mostrar a verdade tanto para as Testemunhas, como para os cristãos que têm algumas dúvidas. Ataco sim as doutrinas, pois são anti-bíblicas e contraditórias. Não tenho autoridade para julgar pessoas, mas devo, como cristão compartilhar o que Deus me ensina. Se você é Testemunha de Jeová, leia mais a Bíblia, e analise as citações dentro de seu contexto.

As doutrinas da STV são tão contrárias à Bíblia, que chegam a um ponto em que nem versículos fora de contexto as sustenta. Segundo a Bíblia, Jesus não voltou, invisivelmente em 1914, mas sim virá buscar a sua Igreja, e este momento não será aparente, mas sim visto por todos (Mt 24.27; Lc 17.24; At 1.10, 11; ICo 15.52).