sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?

O Que a Bíblia Diz?

No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).

Efésios 2:14-15
"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.

Romanos 7:4-7
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).

2 Coríntios 3:6-11
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.

Gálatas 3:15-5:4
Gálatas 3:19­ "Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25­ "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5­ "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31­ "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . . E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4­ "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.

Hebreus 7-10
Hebreus 7:12­
"Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19­ "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13­ "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer." Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4­ "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.

Colossenses 2:16-17
"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).

Nota 1:
O sábado era só para os judeus.

Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18­ "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12­ "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12­ "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­ desde o tempo de Moisés até Cristo.

Nota 2:
Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?

O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14­ "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6­ "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18­ "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . . Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . . Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . . Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29­ "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.

Nota 3:
O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.


Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31­ "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4­ "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13­ "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3­ "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33­ "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17­ "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11­ "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?

Nota 4:
O significado espiritual do sábado


O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).

Nota 5:
Os primeiros cristãos adoravam no domingo


Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2­ "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?

Nota 6:
Respondendo a objeções


· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo). O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.

-por Gary Fisher
3ª Edição Brasileira Publicada em 1996
Traduzida por Arthur Nogueira Campos
Direitos Reservados

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Criação ou Acaso

A Bíblia diz que Jesus Cristo é "a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem", que Ele "estava no mundo" e "o mundo foi feito por intermédio dele" (João 1.9-10).

Como homens modernos, quando nos perguntamos se somos criaturas de Deus ou produtos do acaso, resultados da evolução do Universo, temos uma clara resposta nos versículos acima: Jesus Cristo é a Luz de Deus e tudo foi feito através dEle!

Todo homem que vive na terra tem uma noção de que Deus, o Criador de todas as coisas, existe. Muitos cientistas, simplesmente observando o microcosmo e o macrocosmo, tiveram que admitir: não se trata de acaso, mas da criação de Deus! Por isso, a Bíblia nos diz que, se quiserem, os homens podem reconhecer a Deus por meio das Suas obras na natureza: "porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas" (Romanos 1.19-20). Naturalmente pode-se rejeitar esse reconhecimento, prejudicando a si mesmo.

Quantas vezes admiramos o verde na natureza, produzido pela seiva das plantas. Essa força é a vida procedente de Deus. O homem não tem condições de dar vida a uma árvore sintética, mesmo conhecendo sua composição química. A vida para o crescimento das plantas, dos animais e do homem não pode ser produzida, pois é uma dádiva, uma criação de Deus.

Um avô estava passeando com seu neto por um parque. Eles pararam diante de uma gigantesca árvore. O avô explicou à criança que essa árvore tinha sido plantada pelo pai dele. A criança ficou muito admirada, achando que o bisavô tinha sido muito mais forte que o avô, para poder carregar e plantar uma árvore tão grande. O avô sorriu e explicou ao neto como isso tinha acontecido: "Veja, as pessoas não podem fazer árvores." Apanhando uma semente do chão, ele continuou: "Aqui está contido o segredo da árvore. Dentro dessa pequena semente existe maravilhosa vida, criada por Deus. Tudo que a árvore será e terá, está dentro desta semente. Assim, há 60 anos, meu pai enterrou uma semente dessas e dela nasceu essa grande árvore." A criança ficou admirada com as palavras do avô e compreendeu algo importante: nada foi produzido pelo homem, não houve acaso, mas realizou-se um programa estabelecido por mãos superiores, a criação de Deus!

Assim é também com o homem. Com você e comigo. Somos criaturas de Deus, destinadas a viver pela força de Deus e para Ele; a experimentar a maravilhosa vida de responsabilidade, em liberdade e paz divinas. Pois, após ter criado os homens, Deus disse: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gênesis 1.28). Mas o homem somente pode suportar essa grande e maravilhosa responsabilidade quando está em estreito contato com seu Criador. Quando não é assim, acontece o caos, como vemos atualmente no meio ambiente, na economia, na política, no convívio entre os homens. Pois entre Deus, nosso Criador, e o homem, infiltrou-se o pecado, a vontade própria do homem. O homem não atende mais à orientação e à voz de Deus, passando a fazer o que lhe traz a destruição no presente e na eternidade.

Entretanto, como nosso Criador nos ama, Ele não assistiu inativo à destruição do homem. Pelo contrário, Ele providenciou a salvação, que nos oferece a vida para a qual Ele nos criou: a vida de liberdade, paz e alegria nEle. Deus enviou Jesus Cristo, Seu Filho unigênito, para quitar por nós o preço da reconciliação, que tinha de ser pago pelos nossos pecados, porque transgredimos os Mandamentos de Deus. Por isso a Bíblia, a Palavra de Deus, diz em Romanos 6.23: "o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor."

Jesus morreu na cruz do Calvário em Jerusalém e ressuscitou dos mortos para que, se você crer nEle e Lhe confessar seus pecados, Ele lhe possa dar uma nova vida da parte de Deus. Faça isso falando com Ele em oração! (Herbert Nötzold)

Achar o Caminho Certo

Rastros não indicam necessariamente a direção correta. Pelo contrário: eles podem representar uma emboscada. Por exemplo, quando levam diretamente a um muro ou conduzem a um abismo. Marcas dessa forma enganadora foram deixadas no asfalto por uma colisão entre Lyn St. James e Scott Harrington na primeira volta das 500 Milhas de Indianápolis (EUA). Para que os pilotos não seguissem as marcas erradas, um fiscal de pista indicava o caminho seguro. (Facts nº 22/96)

Aqui temos uma maravilhosa ilustração de uma verdade espiritual. Pegadas e rastros podem indicar uma trilha enganosa, que leva ao nada. Elas podem levar a uma barreira, onde não há passagem, ou até terminar em um terrível acidente. Nesses casos, as pegadas que indicam um caminho estão lá, mas elas são falsas.

Quantas religiões, filosofias e ideologias deixaram marcas atrás de si e continuam indicando-as como o caminho a seguir! Mas onde elas levam? Talvez ao nada, como o nirvana dos budistas? Ou a uma catástrofe, como já aconteceu repetidamente com diversas seitas suicidas? Ou ao extremismo do islã, que parece conhecer somente ódio e destruição? E o que pensar do darwinismo, que deixa tudo por conta do acaso e não transmite esperança? Ou o que dizer dos caminhos de igrejas e seitas que exigem boas obras para se alcançar a salvação? Não são todas elas pegadas enganadoras, que levam à destruição?

A Bíblia diz: "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Provérbios 14.12). "...mas o caminho dos perversos os faz errar" (Provérbios 12.26b).

Também a nós Deus deu vários "fiscais de pista" para que não sigamos por um caminho errado, mas escolhamos a trilha certa. Os profetas e apóstolos da Bíblia foram colocados como "fiscais de pista" para nós, e todos eles chamam a atenção para o único caminho certo: Jesus Cristo. A Bíblia diz, por exemplo, no Salmo 16.11: "Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente".

O caminho seguro, sem perigos, o caminho que leva ao alvo com segurança, chama-se Jesus Cristo. Ele mesmo nos abriu o caminho para Deus na cruz do Calvário, morrendo nela pelos nossos pecados, que nos faziam merecer a morte eterna. E o próprio Senhor Jesus confirma: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim" (João 14.6).

Li recentemente em um anúncio: "Chegar bem é o que importa." Isso também é verdade na vida espiritual, em relação à eternidade. Por isso: escolha o caminho do Senhor Jesus, e você chegará seguro!

Esse caminho, o único que leva à vida eterna, foi encontrado por uma jovem chamada Cláudia, de 24 anos, que escreveu:

No passado, quando ouvia Seu nome,
eu só O desprezava e zombava dEle.
Muito tempo passou.
Procurei pela verdade, por luz, alegria e felicidade.
Busquei o sentido da vida – mas voltei vazia, suja e desesperada.
Então eu O encontrei!
Suavemente, Ele me chamou: "Venha a mim. Eu lhe darei segurança e paz".
Sim, Ele nunca nos decepciona.
Ele me deu tudo que eu desejava e muito mais.
Se este é também o anseio do seu coração,
saiba que o nome dEle é Jesus Cristo.

Você procura pelo caminho que leva realmente ao alvo? Você anseia pela verdade e pelo sentido da vida, como Cláudia? Então leia a Bíblia! Ela lhe mostra Jesus, que é tudo: o caminho, a verdade e a vida. Clame a Ele e peça-Lhe que tome sua mão e conduza sua vida ao objetivo eterno. (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)

As Semelhanças entre Catolicismo e Budismo

Enquanto construía um teatro para o Dalai Lama, um dos trabalhadores de Heinrich Harrer matou acidentalmente uma minhoca no filme "Sete Anos no Tibet". A construção praticamente parou. "Não fira mais minhocas", disse um dos trabalhadores a Harrer, representado por Brad Pitt. "Numa vida passada, esta pobre minhoca poderia ter sido a sua mãe."

Essa crença na reencarnação é uma das características do budismo, embora não seja de modo nenhum a mais importante. Notável no budismo é também sua crescente popularidade nos Estados Unidos. Três filmes com temáticas budistas foram "Sete Anos no Tibet"; "Red Corner", estrelado por Richard Gere; e "Kundun".

Várias celebridades são bem conhecidas por suas crenças e práticas budistas, entre elas Gere, o ator Steve Seagal, a cantora Tina Turner e o técnico do Chicago Bulls, Phil Jackson.

Preocupações com a libertação do Tibet da China, como também matérias de capa de revistas como Time, têm colocado o budismo em destaque. "Há algumas coisas no budismo que são muito atraentes", disse Shanta Premawardhana, pastor da igreja batista de Cornell em Chicago. O objetivo final do budismo é alcançar o nirvana. "Nós ouvimos freqüentemente que se alguém seguir a ‘senda óctupla' alcançará o nirvana; mas a verdade é que ao viver nela, sua vida é o nirvana", escreve Gyomay Kubose em seu livrete "American Buddhism". "Nirvana é a condição de vida onde há paz, harmonia e alegria produtiva. A vida real é a vida no nirvana".

De acordo com Premawardhana, a meditação é algo de que os cristãos também podem se beneficiar. "Eu penso que a meditação pode complementar muito as nossas orações", disse ele. "De fato, acho que os exercícios de meditação cristã são muito importantes nesta época e nestes dias tão corridos. Eles nos ajudam a aquietar nossas mentes agitadas, a focalizar em Cristo e a prestar atenção na ‘mansa e humilde voz'. Nossa oração pode ser tremendamente enriquecida se aprendermos a ouvir a voz de Deus".

Mas, enquanto a meditação cristã é focalizada em Deus e na Sua Palavra, a meditação budista é baseada em si mesmo e em encontrar a paz interior. Os budistas não acreditam em Deus, a não ser que "Deus signifique a verdade, a realidade final de todas as coisas, sendo o próprio universo", de acordo com Kubose.

Se bem que muitas pessoas imaginam que os budistas adoram Buda, Kubose observa que isso é uma concepção errada, provavelmente baseada "nas estátuas e imagens de Buda, que são símbolos, não ídolos. Uma estátua é um símbolo do mesmo modo que uma bandeira é o símbolo de um país". (Word & Way, 20/11/97)

A diferença básica entre o cristianismo e o budismo, e todas as outras religiões, está no fato delas tentarem alcançar a Deus, enquanto no cristianismo Deus alcança o homem.

Já nas primeiras páginas da Bíblia, vemos o homem tentando alcançar a Deus por meio de uma torre "...cujo tope chegue até aos céus..." Isso acabou numa grande confusão, porque o único caminho para chegar até Deus é através de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).

O budismo tornou-se popular nos últimos anos devido à revelação de que um grande número de artistas famosos é budista. Contudo, o seu ensino é contrário às Escrituras. A Bíblia ensina que o homem caiu em pecado, e desde então: "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hb 9.27).

Existe somente um caminho de volta a Deus, que é através da fé: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). Esta salvação, contudo, não se aplica a animais, mas somente aos homens, que foram criados segundo a imagem de Deus. Devemos acrescentar, também, que a salvação não inclui o nosso corpo, porque a nossa carne e sangue permanecem sujeitos à lei do pecado e estão determinados a se deteriorar até que o texto acima seja cumprido; isto é, até o encontro com a morte.

A única outra forma de escapar é pelo arrebatamento, que ocorrerá no momento da vinda do Senhor. Então será cumprido o que está escrito em 1 Coríntios 15.54: "E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória."

Entretanto, com base em Romanos 8.21-22, toda a criação de Deus será libertada: "A própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora." (Arno Froese - http://www.ajesus.com.br)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Avivamento

Na carta à igreja de Éfeso, o Senhor Jesus diz: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência... Trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste... Tenho porém contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste e arrepende-te." (Apocalipse 2.2-5). Aqueles irmãos tiveram um início glorioso em sua experiência com Deus. A epístola de Paulo aos Efésios nos dá a entender que aquela igreja não era problemática, como a de Corinto por exemplo. Os efésios eram espirituais, entusiasmados e abençoados no princípio.

Contudo, o tempo passou e algo mudou. Aparentemente, tudo estava como antes: as obras continuavam a todo vapor. A igreja de Éfeso era muito ativa e trabalhadora. Entretanto, a essência estava comprometida. Havia muito trabalho e pouco amor; muita atividade humana e pouca unção do Espírito.

Veio então a palavra do Senhor com o objetivo de avivar a sua igreja. E o que é avivamento? É renovação. É reanimar. É dar vida. Avivamento não é sinônimo de barulho, música agitada, palmas e gritos. Tudo isso pode, eventualmente, ocorrer em nossos cultos, mas o avivamento legítimo é o resgate de valores espirituais outrora abandonados.

Seu fundamento está firmado em três fatores indispensáveis: estudo da Bíblia, oração e arrependimento. Esses elementos "movem a mão de Deus" a favor do seu povo. Esta afirmação é fiel e digna de crédito porque o Senhor está comprometido com a sua Palavra, prometeu ouvir nossas orações e não rejeita um coração contrito e arrependido (Salmo 51). Não podemos, porém, separar esses três pontos. Palavra sem oração pode resultar em intelectualismo e heresia. Oração sem arrependimento do pecado não produz nenhum efeito. E arrependimento, sem um confronto com a Palavra de Deus, é impossível, pois é a Bíblia que nos mostra nossas falhas, enquanto o Espírito Santo nos convence.

É bom lembrar o que diz em II Crônicas 7.14: "E se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."

No contexto em que esse versículo foi escrito, sarar a terra significava fazer cessar as pragas na lavoura, enviar a chuva, que estava tão escassa, e fazer com que houvesse grande produção no campo e no rebanho. Assim, a vida do povo seria beneficiada em todos os aspectos.

Isto é avivamento. Deus tira as pragas e maldições e derrama a sua bênção. Tudo começa com estudo da Bíblia, oração e arrependimento, e culmina com bênçãos sem medida. Seus principais efeitos na igreja são: renovação do nosso entusiasmo pela obra de Deus, grande número de conversões, manifestações de dons espirituais, despertamento de novos ministérios, além de bênçãos pessoais diversas.

Tudo isso é resultado do mover do Espírito Santo, que muitas vezes fica bloqueado pelos nossos pecados e pela nossa negligência.

Louvamos ao Senhor porque estamos notando a operação do Espírito de Deus em nossa igreja. O resultado está aí. A obra está acontecendo. Vidas estão se convertendo e a igreja está crescendo. Meu irmão, não fique de fora dessas águas do Espírito. O Senhor está operando. Não pensemos, porém, que o que temos visto é tudo. De modo nenhum! Isto é apenas uma pequena amostra do que Deus quer fazer no nosso meio. Vamos buscar ao Senhor. Vamos participar. Assim, veremos a glória de Deus se manifestanto. Aleluia! Avivamento já!

Creia e Seja Salvo

"Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." [Isaías 45:22]

As luzes piscaram enquanto eu digitava o texto acima e, para evitar perdê-lo por falta de energia (algo que ocorre com bastante freqüência onde moro), imediatamente cliquei no botão "Salvar". Isso gravou as informações na memória não-volátil do computador (o disco rígido), onde elas ficam relativamente protegidas da falta de energia. Toda sorte de coisas pode acontecer com discos rígidos que os tornam inoperantes, e é por isso que digo "relativamente protegidas". Mas mesmo se o disco rígido quebrar ou se as informações forem apagadas por acidente ou intencionalmente, os especialistas em informática normalmente conseguem recuperá-las. O motivo é que os bits de dados são gravados magneticamente na unidade de disco rígido e somente se algo for gravado por cima é que as informações se perdem.

Não seria maravilhoso se tivéssemos um botão "Salvar", no que diz respeito às nossas almas? Um recente comercial da TV está divulgando um botão "Fácil" pelo qual os problemas do mundo dos negócios podem ser resolvidos instantaneamente, mas todos sabemos que essas soluções não existem no mundo real - muito embora muitos pastores da atualidade estejam tentando convencer as pessoas de que uma combinação dos dois botões está disponível! "Apenas aceite Jesus e Ele o salvará" é a mensagem excessivamente simplista que eles usam para seduzir as pessoas para os seguirem e os enriquecerem:

"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências." [2 Timóteo 4:3]

Esse tempo sobre o qual o apóstolo Paulo falou está sobre nós. A mensagem do Evangelho - a mensagem da salvação - é bem simples. Mas a razão da simplicidade é para demonstrar que as reações genuínas são sobrenaturais e não se devem à eloqüência ou aos poderes de persuasão daqueles que a transmitem. Você não estranharia se soubesse que algum amigo, tido como uma pessoa ponderada, colocasse todas as suas economias em algum produto simplesmente por causa de uma propaganda? A reação inicial da maioria das pessoas provavelmente seria pensar que o tal amigo perdeu a cabeça. Mas se essa ação aparentemente impulsiva resultasse em sucesso e independência financeira, aquelas opiniões reverter-se-iam muito rapidamente!

Algo similar acontece quando alguém passa a professar a fé em Cristo. Os membros não-regenerados da família, os amigos e conhecidos da pessoa imediatamente olham com certa desconfiança essa "nova religião". Então a inspeção silenciosa começa, enquanto eles esperam que as ações da pessoa confirmem a opinião de que tudo aquilo era "fogo de palha". Vale dizer que, infelizmente, na maior parte dos casos, eles não precisarão esperar muito tempo antes de que a vida da pessoa volte ao "normal". É claro que o indivíduo pode continuar a freqüentar a igreja todas as vezes que as portas estiverem abertas e aparentar um bom comportamento, mas aqueles que o conhecem bem, reconhecem que nada realmente mudou. Mas, louvado seja o Senhor, existem exceções notáveis! Freqüentemente, alguma pessoa irá responder ao Evangelho e "enriquecer", por assim dizer. Suas vidas serão tão dramaticamente modificadas que ninguém perto delas poderá negar. O impacto de sua transformação radical será acentuado nas mentes daqueles que testemunharam a conversão, quando eles considerarem a simplicidade da mensagem que a gerou.

O Evangelho, ou as "boas novas", como ensinado pelo apóstolo Paulo, está delineado em negrito, abaixo:

"Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas [Pedro], e depois pelos doze". [1 Coríntios 15:1-5, ênfase adicionada]

Todos os que ouvem a mensagem sobrenatural deveriam ser exortados pelo mensageiro (pregador, folheto, etc.) para se arrependerem de seus pecados e "crer" - para que eles possam receber Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Não há sermão evangelístico algum registrado no Novo Testamento, do Pentecostes em diante, que não pudesse ter sido apresentado em quinze minutos, ou menos! Veja, por exemplo, o primeiro sermão pregado pelo apóstolo Pedro em Pentecostes:

"Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 'E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo'. Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela; porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja comovido; por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; e ainda a minha carne há de repousar em esperança; pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção; fizeste-me conhecidos os caminhos da vida; com a tua face me encherás de júbilo. Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo." [Atos 2:14-36]

E quando Pedro terminou de transmitir essa breve mensagem para os muitos milhares reunidos em Jerusalém para Pentecostes, os versos seguintes nos dizem como eles reagiram à mensagem:

"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo." [Atos 2:37-38]

O verso 41 então nos diz que "quase três mil almas" foram salvas!

"De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas." [Atos 2:41]

Uau!! Essa tremenda resposta nos chama a um exame adicional. Primeiro de tudo, precisamos entender que a audiência era formada unicamente de judeus - alguns dos quais estavam entre os que gritaram "Crucifica-o!" apenas 50 dias antes, quando Pôncio Pilatos pensou em libertar Jesus Cristo. Mas a vasta maioria eram visitantes de muitos países diferentes (versos 9, 10 e 11 de Atos 2) que haviam ido a Jerusalém em obediência ao mandamento de Deus quanto à observância da festa de Pentecostes. O pouco que esse último grupo sabia sobre o Senhor e Sua crucificação era somente o que eles haviam ouvido falar. Por qualquer padrão de avaliação, eles eram uma "multidão difícil" - uma audiência hostil e pouco amigável. Todos estavam influenciados por 1500 anos de tradição religiosa e, no tocante àquela mensagem em particular, seria impossível encontrar um grupo mais duro, tendencioso e com tantas opiniões formadas. Não obstante, cerca de três mil deles "compungiram-se em seu coração" e creram!

Mas quando consideramos as circunstâncias - particularmente a brevidade de Pedro e tudo o que ele não falou ou fez - como aquilo foi possível? Não houve nenhuma ameaça de condenação eterna se eles não cressem, nenhum teatro emocional ou ardil psicológico cuidadosamente planejado foi usado para pressioná-los! A mensagem do Evangelho foi simplesmente apresentada e atingiu seus objetivos sem a necessidade de nenhum artifício humano! O Espírito Santo tomou a Palavra de Deus e abalou quase três mil homens no fundo de seus corações - assim como Ele fez comigo mais de cinqüenta anos atrás. A luz sobrenatural da VERDADE transpôs a mais alta escuridão da morte espiritual e a crença foi o resultado. Somente após Pedro ser questionado por aqueles que "compungiram-se em seu coração" sobre qual deveria ser a resposta deles é que ele continuou com muitas outras palavras e exortações para eles serem salvos daquela geração má e perversa (verso 40).

Então, em Atos 10, encontramos outro breve sermão pregado por Pedro. Foi quando Deus concedeu a ele o abençoado privilégio de abrir a porta da salvação aos gentios (a casa de Cornélio). Do mesmo jeito que foi no Dia de Pentecostes, a resposta daqueles ouvintes da mensagem foi imediata:

"E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o SENHOR de todos); esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos. E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos." [Atos 10:34-42]

O verso 44 então diz que, enquanto Pedro ainda falava, o Espírito Santo "caiu" sobre todos os que estavam ouvindo! Uma vez mais, vemos que a verdade do Evangelho trouxe fruto espiritual imediatamente. Devemos ter em mente que esse grupo de gentios não estava, de forma alguma, em superioridade de conhecimento sobre as coisas de Deus em relação aos judeus em Pentecostes. Então a minha pergunta é: Parece minimamente plausível para você que aquelas pessoas foram persuadidas pela mensagem, ou não é óbvio que a crença delas foi inspirada de forma sobrenatural?

Em contraste, consideremos um sermão em Atos 26 em que houve um resultado muito diferente. Lá, encontramos o apóstolo Paulo defendendo-se diante do rei Agripa e em sua defesa ele usou a mensagem do Evangelho como uma parte central de seu argumento. Daquela narrativa, aprendemos que Festo, o procurador da Judéia, estava presente - juntamente com uma multidão aparentemente hostil de espectadores (Atos 25:24). E, enquanto Paulo ainda estava falando, Festo gritou em alta voz acusando-o de insanidade! Então, na conclusão, o rei Agripa fez a seguinte declaração:

"E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!" [Atos 26:28]

Tudo indica que a mesma brevidade de apresentação que produziu tanto fruto anteriormente não ocorreu aqui! Por que você supõe que houve uma diferença? Permita-me sugerir que o Senhor nos dá a resposta na seguinte declaração:

"Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia." [João 6:44]

"Do SENHOR vem a salvação" (Jonas 2:9), e nenhuma quantidade de argumentos persuasivos bem intencionados podem produzir uma crença genuína se o Espírito Santo não estiver cooperando. Mas o uso de técnicas psicológicas para habilmente manipular as emoções humanas com certeza promoverá falsas profissões de fé! Hoje, técnicas de vendas de alta pressão vindas do púlpito estão transformando igrejas em cemitérios espirituais, em que os pregadores se esforçam para superar uns aos outros no número de ouvintes. Em quantidades cada vez maiores, o trigo no meio do joio nessas igrejas está começando "a acordar e a sentir o cheiro do café" - notar que algo está errado. O coração dessas pessoas fica partido com a perspectiva de deixar para trás amigos e familiares, mas elas estão fazendo isso porque o Espírito Santo as impele a se separarem da descrença:

"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso." [2 Coríntios 6:14-18; ênfase adicionada]

Você se encontra nessa situação no que concerne à sua igreja? Em caso afirmativo, caia fora e procure outros crentes que estejam desejosos de se reunir com você para o estudo da Bíblia, oração e adoração. Apenas dois ou três indivíduos reunidos para esse propósito já atendem à definição neo-testamentária de uma igreja e o Senhor prometeu estar "no meio deles". (Mateus 18:20) Muitos continuam a cometer o erro de continuar nessas igrejas, pensando que conseguirão provocar uma mudança para melhor. Mas não conheço um único exemplo em que isso já tenha acontecido. Todos devemos nos dar conta de que o Senhor está edificando a Sua igreja (Mateus 16:18) - e não um grupo de pregadores zelosos que competem uns com os outros para ver quem consegue construir o maior e mais próspero ministério.

Debate Catolicos x Protestante

APRESENTAÇÃO DO DEBATE

Convidamos você a ler abaixo o debate on-line entre o Prof. Paulo Cristiano e o senhor Marcone Bittencourt, adepto da Igreja Católica Romana. Esse debate teve como tema principal o seguinte assunto: Maria pecou?
O senhor Bittencourt, defende que Maria permaneceu imaculada desde sua concepção, eu, por outro lado, sustentarei que a Bíblia não apóia tal doutrina. As respostas do adversário estão em cor vermelha com minhas citações em azul e as minhas tréplicas estarão em preto.

Esperamos que as respostas dadas a estes e outros questionamentos levantados pelas seitas sirvam para o enriquecimento do conhecimento e a edificação de todos aqueles que procuram em nosso site argumentos para a defesa da fé cristã.


Debatedores: Paulo Cristiano (protestante) X Marcone Bittencourt (católico)

Tema Geral: Imaculada Conceição de Maria




-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Bittencourt:

Resposta:

Senhores

Dentre tantos textos ofensivos à Igreja Católica o texto "E Maria Pecou?" afirma que Maria ao pronunciar o Magnificat teria se declarado pecadora, pois proclamou Jesus seu Salvador. Para Deus não existe um tempo cronológico como para nós. Ele é onipresente, onipotente e onisciente. Assim a redenção da humanidade por Jesus foi aplicada à Maria mesmo antes de sua concepção. Obviamente a Igreja Católica defende que Jesus não foi vítima do pecado original, sendo assim, da mesma maneira que o trecho de São Paulo em Romanos 3.23 "Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus", como o senhores acusam tirar de Maria a possibilidade de ser imaculada também tiraria de Jesus esta possibilidade.




Prof. Paulo Cristiano

Prezado amigo católico!

Réplica:
É interessante relembrar que este dogma (levando-se em conta que dogma é um ponto fundamental e indiscutível duma doutrina religiosa) só foi proclamado como revelação de Deus pelo Papa Pio IX em 8/12/1854.
Perguntamos: se está era uma doutrina crida por toda a cristandade por que não foi revelada antes? Por que ao introduzir essa festa em 1140, São Bernardo se opôs a ela como sendo uma novidade? Sem falar que isto foi rejeitado por muitos outros "padres" da igreja.
Em 1545, Trento, promulgou muitas outros dogmas extra-bíblicos, mas nem faz menção do dogma da Imaculada Conceição de Maria.
É claro que a principal asseveração católica a favor desta estranha doutrina repousa em argumentos lógicos piedosos.
Creio que Deus poderia ter preservado Maria da mancha do pecado, mas isso não quer dizer que de fato foi assim!
A filosofia sem base bíblica não passa de muletas psicológicas.
Para que Maria fosse preservada do pecado deveria haver uma conceição imaculada em cadeia em seus pais. Somente Jesus foi preservado, pois foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria sem a participação de homem algum. Já Maria foi gerada por pais naturais, numa concepção natural manchada pelo pecado. Também a santidade de Jesus não depende de sua relação com sua mãe.
O texto citado por você de Romanos 3.23, não exclui Maria antes a confirma como pecadora como ela mesma deu entender em seu magnificat. Somente Jesus foi sem pecado e está fora desta lista paulina, isto devido aos motivos já mencionados acima.

Abraços,
Paulo



Bittencourt:


Aqui vamos nós, de novo! Acompanhe a resposta Paulo, e, por favor, responda mais rapidamente desta vez.

Segue o texto abaixo...

Prezado Paulo



Perguntamos: se está era uma doutrina crida por toda a cristandade por que não foi revelada antes?


Desculpe-me, mas o que tem isto a ver com o discutido ou que relevância tem esta pergunta? Não coloquemos a cronologia do homem contra o tempo de Deus.


Prof. Paulo Cristiano,


Tréplica:


Caro Bittencourt!

Mesmo não precisando dar nenhuma explicação sobre minha "demora" em responder, é bom saber que não estou dialogando somente com você. São dezenas de católicos que se aventuram a refutar nossos artigos. Então é preciso lançar mão do conselho que Paulo deu ao jovem Tito na carta de Tito 1.9. Isto demanda tempo!
Mas vamos deixar os poréns e vamos aos finalmentes.

Ao contrário do que você pensa, esta pergunta tem muita relevância sim. Todas as doutrinas verdadeiramente cristãs foram dadas com o encerramento do cânon sagrado. Se esta fosse uma doutrina cristã crida pela igreja apostólica, porque só veio ser promulgada muito tempo depois? Nenhum pai da igreja antes de Nicéia a ensinou e não há um só vestígio na Bíblia sobre ela.


Bittencourt:


Resposta:


Jesus freqüentou o Templo e as Sinagogas? E os apóstolos, também? Todos? Alguns? Quando e porque o costume foi mudado? Se Jesus freqüentou, porque seus seguidores deixaram de fazê-lo? Porque alguns não foram claros com relação a esta polêmica?
Acredito que você tenha conhecimento suficiente para saber das respostas. Uma delas é, queira você ou não, que o corpo de Cristo, ou seja, sua Igreja, amadurece espiritualmente antes de tomar atitudes mais sérias, como aquelas que envolve os dogmas. Assim é o tempo de Deus: presente, passado ou futuro, é o mesmo tempo. O tempo do homem e de sua natureza terrena é cronológico, assim como a história da Igreja. Mas, é o tempo de Deus que é importante.
Só pra constar, vou fazer uma crítica às Igrejas evangélicas no Brasil: a Igreja é dogmaticamente contra o aborto, o uso indiscriminado de preservativos na promoção
barata do amor livre, e de outras barbaridades maiores defendidas por setores cheios de razão da sociedade que fazem questão de retratar e rejeitar os preceitos da Igreja de Cristo. Por quê os evangélicos não tem esta coragem? Espantaria os clientes, digo os devotos?



Prof. Paulo Cristiano


Tréplica:

Novamente, outra resposta evasiva. Onde pretende chegar com isso? Você está usando argumento circular; ainda não percebeu?
Não vou negar que existem tempos determinados na Bíblia [Eclesiastes 3]: existe o tempo de Deus [kairós] e o tempo do homem [Kronos].
Mas daí querer justificar um dogma que nunca foi regra de fé para a igreja é ir longe demais...
Judas 3 nos diz que a fé [doutrina cristã] foi entregue uma vez por todas aos santos.

A palavra grega hapax usada neste verso denota que a revelação doutrinária de Deus não está sujeita à alterações e muito menos adições. Foi entregue uma vez por todas. A Bíblia Ecumênica (TEB) tem uma tradução muito interessante: "...a fim de vos animar a batalhar pela fé que foi definitivamente (grifo nosso) entregue aos santos." Mas esta doutrina mariana nem de longe encontra ecos na Bíblia ou na história da igreja.
Outra questão em que você deve ser corrigido é quanto ao "amadurecimento" teológico da igreja.
Os debates teológicos havidos durante os primeiros séculos da Igreja principiando com o de Jerusalém, não teve por finalidade criar ou revelar nenhum dogma novo. Antes serviram para confirmar aquilo que já era a fé dos cristãos há muito tempo. Não vamos confundir as coisas, por favor! Sendo assim, Nicéia não inventou a doutrina da divindade de Cristo, antes a preservou das heresias de Ário. Semelhantemente, Constantinopla (381), tampouco colocou o Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade. Veja que não houve um amadurecimento no sentido que você interpreta, mas um refinamento da doutrina que já era matéria de fé de toda a igreja. Uma coisa é refinar o entendimento de uma doutrina que já era dogma entre os cristãos e outra completamente diferente é criar uma doutrina que não se baseia na Bíblia e nem na história da igreja.

Vamos agora à sua pergunta:


"Jesus freqüentou o Templo e as Sinagogas? E os apóstolos, também? Todos? Alguns? Quando e porque o costume foi mudado? Se Jesus freqüentou, porque seus seguidores deixaram de fazê-lo? Porque alguns não foram claros com relação a esta polêmica?"


Ora, amigo, isso é fácil!

O fim da lei e do templo já havia sido profetizado na Bíblia [Jer. 31.31] e o próprio Jesus já havia estabelecido a nulidade do templo [João. 4.24]. A igreja cristã primitiva já havia compreendido esta mensagem, pois Estevão foi apedrejado justamente por falar contra a lei e o templo [Atos 6.11-14].
Os cristãos continuaram freqüentando o templo, por ser um ótimo lugar de evangelização. Depois que os judeus descobriram isso resolveram expulsa-los das sinagogas e do templo. Para maiores informações sobre isso leia meu artigo no link "Adventismo" com o título: "Do sábado para o dia do Senhor", onde analiso paulatinamente a transição do AT para o NT.
Diante do exposto acima se torna irrelevante seu exemplo.
Sobre sua crítica às igrejas evangélicas em questões morais como aborto e preservativo, também nessas questões, infelizmente, você fala sem conhecimento de causa. Quem disse que os evangélicos liberam o aborto, o amor livre e outras barbáries de nossa sociedade?
Talvez você não acompanhe o que está acontecendo entre as bancadas evangélicas no Congresso Federal. Se você quiser ficar por dentro de nossa ética posso lhe enviar os e-mails do irmão Júlio Severo que trabalho com estas informações. Aliás, ele me enviou uma reportagem interessantíssima que vem a calhar com o que foi levantado por você. Eis abaixo parte da matéria:

"A organização Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) lançará no Fórum Social Mundial, que acontece de 26 a 31 de janeiro, a Campanha pela Legalização do Aborto no Brasil. A campanha visa sensibilizar o público presente para uma discussão ampla e um enfrentamento honesto dessa problemática nacional. A iniciativa também prevê uma coleta de assinaturas, com a finalidade de alcançar pessoas conscientes da necessidade de discutir o assunto. A organização explica que elas serão colhidas de forma qualitativa, e não quantitativa. Constarão apenas nomes de pessoas esclarecidas sobre a necessidade da legalização do aborto, tanto do ponto de vista da saúde pública como social."

Bom, creio que isto basta.....

Bittencourt:

É claro que a principal asseveração católica a favor desta estranha doutrina repousa em argumentos lógicos piedosos. Creio que Deus poderia ter preservado Maria da mancha do pecado, mas isso não quer dizer que de fato foi assim! A filosofia sem base bíblica não passa de muletas psicológicas.


Resposta:

O anjo Gabriel proclamou: "pois a Deus nada é impossível". Você mesmo afirma que seria possível porque no fundo sabe que é lógico. Mas é uma lógica difícil de ser aceita pelos homens que veêm com os olhos do mundo. Pois ouça então a voz do anjo e conclua que o seu: Creio que Deus poderia ter preservado Maria da mancha do pecado é bíblico a partir das palavras de Gabriel. Recomendo que diante do dogma da )Imaculada Conceição proclamado ]por uma autoridade religiosa que tem direta ligação com Jesus, você faça alguns dias de jejum, e peça a Deus luz para que ele possa te esclarecer sobre o assunto. Mas cuidado! O próprio Jesus, após 40 dias de jejum no deserto, foi tentado pelo inimigo que conhecia muito das escrituras. Ele usou das escrituras sagradas para tentar confundir a Jesus que para se defender também uso das palavras da Bíblia.


Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Você percebeu? Até o Diabo sabe que a tradição não tem nenhum valor, por isso foi direto nas Escrituras. Pois se houvesse citado a tradição para Jesus iria perder seu tempo. Mas não adianta argumentar, o fato permanece: A Bíblia não ensina este dogma, nem mesmo a Igreja Ortodoxa, uma das mais antigas que também se baseia na Tradição não aceita este dogma. Muitos vultos dentro da igreja católica também o combateram. Ademais, mera possibilidade não quer dizer nada. Ora, da mesma maneira eu também creio que Deus em sua onipotência poderia ter criado o mundo em 1 dia apenas, mas ele o fez em sete. Veja que nem tudo que é aparentemente lógico do ponto de vista humano quer dizer que é real. Lembra o que Deus disse pelo profeta Isaias? "Meus pensamentos não são os vossos pensamentos".
Este dogma é um dos mais absurdos que o catolicismo criou até agora para a pessoa de Maria. Além de não se sustentar diante da lógica, se esbarra nos claros ensinos das Escrituras. Em suma: ele é insustentavel seja do ponto de vista bíblico, Histórico ou lógico.

Bittencourt:

Resposta:


Paulo, pare e pense nas palavras que você escreveu acima e compare com estas outras suas palavras: "Creio que Deus poderia ter preservado Maria da mancha do pecado".
Eu pergunto para você: se alguém que diz que crê que algo seria possível, o faz por lógica ou por fé? Deixo a conclusão para você.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Novamente eu pergunto: o que pretende provar com isso? Não há nenhuma contradição em minhas duas sentenças acima. Para Deus tudo é possível. Todavia, temos de tomar cuidado para não levarmos ao extremo esta expressão. Há também um verso que diz "que tudo que perdirdes com fé o recebereis" [Mco.11.24]. Então devemos pedir tudo? Vou pedir uma nova mulher, um novo carro; quem sabe vou pedir para ser dono do mundo. Ora, o verso não diz que TUDO que pedirmos receberemos? Mas é claro que você sabe que este raciocínio baseado no literalismo não é correto, pois não leva em conta o contexto geral das Escrituras.
Assim também tudo é possível a Deus dentro da vontade revelada de Deus. O que Deus revelou está autorizado, não devemos ultrapassar o que está escrito [I Co.4.6]. Este dogma mariano inventado pelo catolicismo ultrapassa em grande velocidade o que está revelado na Bíblia. Não merece crédito por não ser autorizado por Deus.
É fácil ver, no entanto, que esta asseveração, bem intencionada, certamente, não deixa de ser um simples desejo ou uma conjectura piedosa. O fato de uma coisa parecer-nos mui conveniente ou desejável não prova desde logo que o seja. Seria conveniente que ninguém adoecesse, mas a realidade é outra. Se deduz também que como Deus é Onipotente, foi fácil para ele realizar o milagre da imaculada conceição de Maria. Talvez tenham em mente o famoso silogismo Potuit Decuit Cesit (Pôde e quis, logo, o fez). Não se nega, está claro, que para Deus não há nada impossível, mas tampouco isto prova que o dogma da Imaculada Conceição descanse sobre uma base real. Como já lhe expliquei em linhas acima Deus poderia ter criado todas as coisas em um só tempo, mas isto não é uma evidência de que assim foi. Resulta, por conseguinte, extremamente perigoso o definir uma doutrina sobre o inseguro argumento da conveniência. A fé sem a verdade das escrituras não passa de fé cega, não é base para justificar este dogma.


Bittencourt:


Resposta:

Quanto à tradição: você se lembra da passagem em que os fariseus perguntaram a Jesus sobre a rejeição da mulher pelo marido, ou seja, o divórcio defendido até por Moisés? E da resposta totalmente nova de Jesus? Baseada no quê? Nas Escrituras? Eu diria que na tradição que serve para amparar a escritura e justificar o amor de Deus antes das leis, sejam elas físicas, sociais ou de qualquer natureza.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Vamos ver se entendi seu raciocínio aqui. Você diz que Jesus citou uma sentença baseada na Tradição. Qual tradição especificamente? Pode me citar? Ora, amigo Jesus é Deus, criador de todas as coisas; a autoridade de sua palavra de per si já é lei. Ele não precisaria de lançar mão de supostas tradições para legitimar seus julgamentos. Não. Jesus é nossa lei. Tanto é que suas palavras são a norma para a vida cristã. Isto que você fez é um claro exemplo de forçar as Escrituras a dizer o que ela não diz. E Moisés não defendia o divórcio ele fazia isso por causa da dureza dos corações dos Filhos de Israel [Mt. 19.7,8].

Bittencourt:

Resposta:
Portanto, antes de falar o que bem entende, ou se julga sábio, percorra o Evangelho. Preencha sua retórica vazia com a luz de Jesus, e te aconselho a deixar sua vaidade de lado. Eu insisto que você faça jejum e orações para refletir nas coisas de Deus.

Lembro a você que os conflitos existiam ao mesmo tempo em que os concílios. A tradição vem dos povos diversos que compõem a Igreja. Ela permite divulgar a fé nos meios mais diferentes, alcançando a compreensão de pessoas simples ou d outas. Ela, é bem verdade, é menos precisa que as Escrituras Sagradas, pois veio sendo formada muitas vezes pela tradição oral, e só então, passou a ser registrada. A tradição faz parte de nossa realidade social, e agrega seus valores a nossa fé. A Igreja como Jesus, usa a tradição para amparar as escrituras.




Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Obrigado pelo conselho de vasculhar os Evangelhos, mas é por fazer justamente isso que eu sou contra o dogma mariano provindo da tradição. A única vez que Jesus fala em tradição nos evangelhos é para condena-las. As tradições religiosas dos fariseus estavam anulando a autoridade da Palavra de Deus [Mt. 15.3-6]. Não é justamente isso que faz a tradição católica? Chega apassar por cima de doutrinas claras das Escrituras a fim de sustentar dogmas extra-bíblicos.
Mas há algo interessante que você disse que reflete a necessidade das Escrituras. Você disse que a té mesmo a tradição precisou ser registrada na forma escrita. Ora, se a tradição é tão confiável assim, porque registra-la? Isso não implica que a tradição oral não é confiável dessa forma? O problema em si não é a tradição, mas se ela está em conformidade com a Bíblia. E as tradições católicas não estão.


Bittencourt:

Resposta:

Pergunto a você ainda: Se você é de Igreja evangélica, ou ainda historicamente, igreja protestante, porque usa o exemplo da Igreja Ortodoxa Grega? Quer um exemplo meio que ligado à Igreja católica? Use o de Lutero, ele era um bispo consagrado pela Igreja.


Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Usei o exemplo da Igreja Ortodoxa simplesmente porque ambas: católica e orotdoxa lançam mão da mesmíssima tradição para apoiar sua fé rejeitando o princípio da sola scriptura. Se a tradição fosse tão segura, é claro que não haveria divergências entre essas duas igrejas e tantas outras que se proclamam herdeiras das tradições. Os católicos gostam de lançar em rosto a diversidade nas igrejas evangélicas para tentar refutar o princípio do sola scriptura, mas o caso é que a tradição invocada por eles não é base firme para a unidade. Meu argumento girou em torno desse raciocínio. Por isso que não usei Lutero entendeu?


Bittencourt:

Resposta:

Guarde para você o seguinte: em termos de hierarquia apoiada na fé, não temos dúvidas de que os chefes religiosos do leste europeu não quiseram servir a um só representante de Deus na terra e preferiram se separar. São mais conservadores em termos de doutrinas, mas particularmente acredito que seja por terem um número de teólogos menor, ou ainda de rejeitarem o principio de autoridade. Devem desconfiar do próprio Patriarca. Do ponto de vista humano, sabemos que a maioria dos católicos do leste não teria dificuldade para aceitar este dogma, que tem base no amor de Deus, como você pode ver o raciocínio abaixo:



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

O interessante é que os ortodoxos falam o mesmo de vocês. E ambos se baseiam na tradição oral!
Por um lado os ortodoxos dizem que os novos dogmas do catolicismo não se sustenta nem pelas escrituras e nem pela tradição oral, e por outro dizem que vocês se apartaram da verdadeira fé ortodoxa por inventaram novas doutrinas que não foram conhecidas dos pais da igreja. E agora José?!


Bittencourt:

Resposta:

Um anjo acorda a José para que ele tome a mãe e o menino e fujam da morte para o Egito. Se Maria não tinha importância, por quê o anjo se preocuparia em citar a mãe. José era protetor de Jesus ou de Maria? Ou seria dos dois?
José iria rejeitar Maria. Um anjo não deixou. Por quê? Por quê Deus teria tanto cuidado com aquela criatura que louvou a Deus dizendo que as gerações a haveriam de chamar Bem-Aventurada. Quem na história bíblica havia tido tal atrevimento, e se isso era absurdo, por quê foi registrado sem ressalvas pelo evangelista?



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Novamente você anda trocando alhos por bugalhos!
Há uma historinha interessante envolvendo aquilo burrinho que carregou Jesus. Diz a lenda que ele era um animal inexpressivo, ninguém dava importância aquele asno. Mas certo dia chamaram-no para carregar certo profeta e quando ele passava pelas ruas as pessoas se abaixavam em reverência, gritavam e louvavam a Deus. Todos começaram a olhar para aquele burrinho... e de repente ficou famoso! Mas após o episódio sua vida voltou ao normal. Por quê? Simplesmente porque sua fama estava ligada à pessoa que estava em cima dele e não a ele mesmo.
Isto ilustra muito bem o que você disse a respeito dos cuidados do anjo por Maria. A importancia estava em quem ela estava carregando dentro de si e não a ela mesma. Percebeu? A glória é sempre do Senhor e nunca do servo.
Não que Maria não tinha importancia para deus como voce erroneamente afirma, todos somos importantes para Deus, mas o episódio em lide diz respeito ao filho e não à mãe.


Bittencourt:

Resposta:

Quando o anjo aproximou-se de Maria, a saldou dizendo: EU TE SAÚDO, CHEIA DA GRAÇA DE DEUS, ELE ESTÁ COM VOCÊ. Perceba bem estas palavras, medite em sua profundidade. O anjo portou um recado de Deus para Maria. Ao se aproximar, ele proclamou que ela foi escolhida por não ser uma qualquer, e que ela tinha importância por ter VIDA ESPIRITUAL CHEIA DE DEUS, e por viver cheia do Espirito Santo de Deus, por ser inocente e ter vida plena na força de Deus.
Isabel disse a Maria: Bendita entre as mulheres. Por quê ela diria isso se não houvesse importância? Bendita no quê? Se ter em seu ventre AQUELE QUE É não a fizesse especial, por quê Isabel diria aquilo?
João Batista no ventre de Isabel ao ouvir a voz de Maria ficou cheio do Espirito Santo. Estremeceu de devoção filial, da Mãe da Humanidade. Ela portava em si não só a Jesus, mas sempre o Espírito Santo, mesmo antes do anjo haver se aproximado.




Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

A análise lingüística superficial demonstra, por conseguinte, que não se trata da concessão de alguma virtude especial para não pecar, senão simplesmente de um favor, de uma graça imerecida, qual é a de ser a mãe do Salvador.
Em Efésios 1:6 aparece este mesmo verbo no sentido que aponta¬mos. E em Atos 6:8 se emprega a frase cheia de graça, pois diz:
"Ora, Estevão, cheio de graça e poder, fazia grandes prodígios e sinais entre o povo.De modo que, se da frase (ainda que exagerada) de Gratia plena quer-se deduzir tantos privilégios, deve-se fazer de Estêvão e todos os fiéis participes iguais dos mesmos (Atos 4:33; II Cor. 9:8).
Também, ao anunciar o anjo Gabriel a Zacarias a concepção de João, o Batista, o precursor de Jesus, empregou palavras de que, seguindo o método de interpretação romanista, teríamos que deduzir que João, o Batista, foi sem pecado mesmo desde sua concepção, sendo que o anjo disse: "Não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe" (Luc. 1:15, Torres Amat). Assim sendo, sabemos que não é tal o caso aqui, tampouco o é, e com menos base escritural ainda, na saudação do anjo a Maria.
Nada disso prova o dogma da Imaculada Conceição.


Bittencourt:

Resposta:

Jesus no alto da Cruz, no momento de salvar a humanidade, disse a João: "Filho eis aí tua mãe". Se isso era um recado tão particular, por quê foi registrado pelo evangelista para que todos ouvissem? Dentre as sete palavras de Jesus na cruz, uma foi dada ao cuidado de sua Mãe.


Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Pergunto: isto prova alguma coisa? Prova que Maria nunca pecou? Não, amigo. Temo que você esteja procurando pêlo em ovo!
João disse aquilo porque foi o único apsotolo a permanecer perante a cruz, todos se afastaram, inclusive seus discípulos. João também era o mais jovem do grupo e por isso na sua presciencia Jesus já sabia que seria o último a morrer e portanto poderia cuidar bem de sua mãe.
Mas pondere nas palavras de Jesus, ele não disse "Eis aí nossa mãe" ou "Eis aí minha mãe", mas disse a João "Eis aí tua mãe". Voltando a Maria não disse "Mãe, eis aí teu filho", mas "Mulher, eis aí teu filho". Se a mistica inventada em torno de Maria e Jesus pela igreja católica Jesus nunca iria se referir a ela, com tantos predicativos que lhe atribue o catolicismo, um simples "mulher". Não é estranho que Jesus nunca chamou Maria de Mãe, mas só de mulher? Por que afinal?
mas uma vez um texto citado por você que não possui nenhuma relevancia!

Bittencourt:

Resposta:

Quando os apóstolos receberam o Espírito Santo no Templo, Maria estava lá. Poderia não estar. Mas estava porque também era parte da nossa Igreja. Sempre meditando em Deus foi portadora de sua palavra.
Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

120 pessoas estavam lá também e daí, o que isso prova? No máximo prova que Maria era uma serva fiel de seu filho; uma mulher obediente a Deus como todos os outros 120 cristãos lá reunidos.

Bittencourt:

Resposta:

Um Deus que se fez carne dentro de sua carne. Criador que usou dos genes de sua criatura para passar para seu Filho. Na sua constituição genética não poderia haver marca da imperfeição dos nossos primeiros pais. Mas os genes de Jesus, foram herdados só de Maria pois a parte humana de sua concepção coube só a Ela, sendo o Espirito Santo (que não tem corpo como nós) responsável por sua divindade.


Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Pelo teor de suas palavras parece que você consegue fazer uma clara distinção entre a parte humana de Jesus e sua parte divina. Realmente é clara essa distinção e justamente por isso é que Maria nunca pode ser chamada de mãe de Deus, mas sempre mãe de Jesus como homem assim como diz a Bíblia. Mas esta é outra questão que não cabe agora.
Como todo o processo de um nascimento normal, Jesus pôde ter se alimentado de sua mãe, mas deste processo criar a idéia de uma imaculada conceição é absurdo. Como eu já disse em meu primeiro e-mail, a santidade do filho não depende de sua mãe.
Jesus foi santo, mesmo não o tendo sido sua mãe, pois ele não recebeu sua santidade por herança ou associação. Ele foi sem mácula alguma, em primeiro lugar, porque ele não foi concebido de varão, senão por obra do Espírito Santo; e, em terceiro lugar, porque era Deus encarnado, apesar de nunca ter usado de sua deidade para ganhar a vitória, vencendo apenas como homem. Não se trata de uma santidade a ele concedida em forma mecânica e milagrosa; a santida¬de do Senhor foi o ambiente natural de uma vida que, além de sua origem divina, se submeteu totalmente à influência e direção do Espírito de Deus.



Bittencourt:

Resposta:

Quanto cuidado recebeu Maria: do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Quem antes havia tido tantos cuidados de Deus.

Lembra de Caná. Que pedido doce Maria fez, com tanto amor e com quanta confiança. Aparentemente Jesus negou, mas diante do amor de Maria em interceder pelos pequeninos, Jesus não rejeitou seu pedido.

Meu caro Paulo. Os dogmas da Igreja são feitos para aqueles que têm ouvidos para ouvir, e sobretudo, coração para amar, pois os DOGMAS SÃO BASEADOS NO AMOR. Não, não somos "qualquer um". Você não é qualquer um. Muito menos, a mãe do verdadeiro homem, do verdadeiro Deus. Sua idéia de dogma é próxima da sua posição: preconceituosa, castradora e cheia de dificuldades e espinhos.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Não perca a paciência amigo! Maria realmente fez um pedido a Jesus que a repreendeu severamente. Mesmo assim ele cumpriu o pedido, mas novamente a exemplo dos casos citados por você não pode se inferir daí uma suposta superioridade em Maria, nem sua imaculada conceição ou qualquer outro dogma anti-bíblico erigido em torno dessa personagem.
Certa vez, uma mulher [quem sabe daria uma boa católica] quis exaltar a pessoa de Maria, mas Jesus logo a corrigiu [Lc.11.27,28].

Bittencourt:

Para que Maria fosse preservada do pecado deveria haver uma conceição imaculada em cadeia em seus pais.

Resposta:

Quem disse isso? Esta é uma afirmação bíblica ou lógica? Esta lógica usada por você, vou repetir: retiraria de Jesus a possibilidade dele nascer sem pecado. Para entender tanto um caso como a outro só há uma lógica: a ditada por Gabriel "pois a Deus nada é impossível".


Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Sim, esta lógica pode de fato se encaixar no caso de Jesus, mas não no de Maria. Temo que você esteja confundindo os papeis em questão. Não misture a criatura com o criador. Jesus precisava ser preservado do pecado, pois antes de sua encarnação nunca foi homem, mas Maria não. Era pecadora como qualquer um de nós. Muitos vultos da igreja católica atestam isso...Torno a repetir para Maria ter sido imaculada teria que haver uma cadeia em série o que é biblicamente impossível. Pense bem amigo: sua igreja passou séculos sem crer nisso, agora vem um papa que se diz infalível e cria um dogma que vai contra as Escrituras. Ora, se Maria fosse sem pecado isso não seria oculto para nenhum dos apóstolos, seria um caso sui generis em toda a história. Dificilmente passaria em branco.

Bittencourt:

Resposta:


Quanto preconceito! Logicamente você não sabe como um dogma é construido. Não vem simplesmente um Papa e muda tudo. Há teólogos que o atestam, pessoas do povo que o aprovam com suas devoções. O Papa usa da autoridade que o próprio Jesus proclamou: "o que ligares na terra será ligado no céu". Ele representa toda a Igreja e junto com ela decide e obedece a um preceito de Jesus. O dogma é de todos nós. O Papa só o torna oficialmente nosso quanto Igreja militante.
Com relação a sua teoria da cadeia bíblica: lembra-se de um salmo que diz que Deus é capaz de abrir mares por ti? Os físicos tentam uma explicação para isso, se fisicamente seria possível ou não. Seria Deus capaz de quebrar a força das águas, a corrente invisivel que as une?
Se você não acredita, paciência. Você tem esse direito. Mas, não venha me dizer que o dogma é absurdo. Ele é lógico porque é baseado na Onipotência do nosso Deus que é tremendo. Que fez de uma humilde criatura sua aquela que seria portadora de toda uma geração que esmagaria a cabeça de Satanás.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Os dogmas católicos, quase todos, são construídos em cima das devoções populares. Este é o grave erro de não deixar o povo estudar a Bíblia. Quando não se estuda a Bíblia o povo começa inventar suas próprias crendices que é claro não possui base bíblica. O povo pressiona a igreja e esta cede, oficializando a heresia popular. Um exemplo recente disso é um gigantesco abaixo assinado que muitos bispos estão colhendo nos EUA e em todo o mundo para tornar Maria parte da Trindade, ou, como dizem, co-salvadora. Isto é um absurdo sem medidas! Mas mesmo contrariando as Escrituras o papa poderá aceitar porque é parte da "devoção popular". E não querem nem saber se vai contra a Bíblia ou não, o que importa é atender a fé do povo. Que lástima!
Deus não deu autoridade a ninguém para contrariar suas doutrinas, muito menos a um papa. Isto é fruto de tradição popular que em termos de doutrina não possui nenhum valor.
Quanto às coisas serem possíveis ou não para Deus já foi explicado em tópicos anteriores.


Bittencourt:

Também a santidade de Jesus não depende de sua relação com sua mãe.

Resposta:

Onde guardaria você o vinho bom? Pergunta Nosso Salvador. O sangue de Maria durante nove meses alimentou e fez parte de Jesus e formou seu corpo e seu sangue. Aquele mesmo sangue que Ele derramou e com o qual nos salvou.

Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Novamente você está confundindo as bolas. Estamos falando de santidade, não de questões biológicas. O simples fato de Maria ter alimentado Jesus, não significa nada. Se ele depois de nove meses fosse alimentado por Isabel, porventura isso Faria de Isabel imaculada também? Ou deixaria Jesus menos divino? Claro que não!
O leite materno ou a constituição do corpo de Jesus por Maria, não implica em que sua mãe teria que estar em santidade.
Confesso novamente que há a possibilidade disto ter acontecido, mas este fato não confere nenhuma santidade a Maria como você, com muita dificuldade, quer fazer-nos acreditar.
ora, porque Maria teve que se purificar como qualquer outra mulher após o parto? A lei exigia isso, pois a mulher era considerada impura. Dificilmente alguém imaculada poderia ter aceitado este ritual se realmente acreditasse que havia sido imaculada.

Bittencourt:

Resposta:

Por quê Jesus se batizou, se Ele era puro? Afinal de contas, para você, Ele era ou não imaculado? Deixe de retórica vazia. Outra coisa, confundindo as bolas. Que termo mais chulo você teve coragem de usar. Homem de Deus, cuidado até com as palavras quando se trata em assuntos de fé reflete prudência. Não aja pela emoção.
Vou ser bem didatico agora: o bebê quando vem à luz, sente falta do ventre da mãe. Nele há tudo: além da moradia, comida, bebida, diversão, monólogo, diálogo (por quê não), calor, e toda a cadeia genética da mãe. Esta cadeia biológica explica muito de características diversas que se projetam na vida do bebê. Obvio, que a participação do pai é fundamental, mas, você sabe, se a gestação for mal dirigida pela mãe, independente da perfeição do pai, a criança sofrerá as conseqüências. Se a mãe for uma qualquer, que faz de tudo por aí, bebe, se droga, se prostitue etc., ou seja, aqui para nós que somos cristãos, não vive cheia do Espirito Santo, em comunhão com Deus, não tem pai que vá dar jeito na constituição do seu filho, por mais amor que lhe tenha.
Queremos neste mundo exatamente aquilo que tinhamos no ventre de nossas mães, pois nossa felicidade, humanamente falando, está ai.
Deus Pai por meio do Espirito Santo gerou o Filho no ventre de Maria. Seu ventre foi especialmente preparado por Deus para ser sua referência humana e formar na parte humana e verdadeira de Jesus todo um caráter que remontasse à realeza pregada pelos profetas das escrituras sagradas. Jesus como embrião, feto e bebê, travou diálogos com Maria, percebeu seus hormônios, partilhou suas emoções frutos de seus puros pensamentos. Aprendeu de Maria a auréola da santidade que Deus pôs nela, e tenha a certeza de que Deus a capacitou para isso, para esta missão, missão que não era para qualquer um.




Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Meu Deus! Quanto esforço para sustentar um dogma que por si mesmo já está fadado ao fracasso!!! Depois eu é que usou de retórica vazia! Tenha dó amigo...
Você há de concordar comigo que tudo isso não passa de especulação piegas. Lembro-me das aulas de teologia sobre o que os escolásticos discutiam na idade média: quantos anjos cabiam na ponta de um alfinete, a natureza dos anjos, se a espada de Pedro tinha um ou dois gumes etc... Enquanto isso os inimigos invadiam o império. São teóricos que não servem para nada. A sua teoria segue o mesmo molde, talvez um pouco mais piedosa, mas totalmente vazia de significado.
Você inventa uma dependência que é utópica. Simplesmente ela nunca existiu. Tanto é que o relacionamento de Jesus com Maria desde pequeno [12 anos] era de seriedade. Um fato que vem corroborar é que Jesus nunca chamou Maria de mãe. Isto seria estranho se sua teoria da dependência emocional fosse verdadeira.
Na verdade ao crescer, não era Jesus que aprendia com Maria, mas esta é que aprendia com Jesus e guardava tudo em seu coração como uma fiel serva do seu salvador.


Bittencourt:

Resposta:


Que fique claro Paulo que deve haver respeito entre as religiões. Cada uma teve e tem sua razão de existir (falo sobretudo das cristãs). Elas devem se preocupar em anunciar o Evangelho sobretudo. O diálogo deve existir sempre, mas num clima de compreensão e respeito. Lembro a você que há vários episódios de igrejas que discutiram muito no início da era cristã, a respeito do que acabara de acontecer, fazendo os apóstolos de mediadores para manter entre elas o diálogo e a paz do Cristo.


Um abraço fraterno
Marcone Bittencourt.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Também acredito no diálogo, Marcone! Todavia nosso árbitro deve ser sempre a bendita Palavra de Deus e não supostas revelações que vai contra Ela.

Bittencourt:

Resposta:


Paulo, o PAI AMOU TANTO O MUNDO QUE DEU SEU PRÓPRIO FILHO PARA SALVÁ-LO. E se você contrapor a passagem: "qual pai o filho pede pão e dá pedra? Muito menos Deus que está no céu" Você vê lógica nisso?
Sei que você vê, pois quando olha sem preconceitos para esta frase bíblica e tão profunda, o faz com lentes de AMOR. Faça o mesmo para o dogma da Imaculada Conceição que tem base no amor de Deus por suas criaturas. Não inveje Maria, não queira ser maior que seu irmão ou irmã, ou mãe, no reino dos céus. Ela é maior que nós porque assim proclamou o anjo, assim proclamou Isabel, ela mesma profetizou, e João Batista, o anunciador da chegada do Messias, também o atestou.
O diálogo? Pratique-o sempre pondo Deus em sua frente e não o contrário.
Um abraço fraterno
Marcone Bittencourt.



Prof. Paulo Cristiano

Tréplica:

Senhor Bittencourt, não depende de meus sentimentos. Não importa, se eu acho ou deixo de achar alguma coisa, mas no que diz a Palavra de Deus. Há muitas coisas que seu fosse basear-me apenas no âmbito do "amor", eu não obedeceria a Palavra de Deus. Por exemplo, a Bíblia diz que Deus é amor, mas ela também fala que as pessoas vão para um inferno de fogo sofrer eternamente as conseqüências de seus pecados. Ora, que amor é esse? Se eu fosse basear somente em meus sentimentos renegaria a doutrina da maldição eterna, assim como fazem muitas seitas por aí.
Então veja que nós devemos pisar em terreno mais firme. Devemos analisar nossa fé pela luz das Escrituras e não pelo que a nossa "devoção", sentimentos, intelecto pode me levar a crer.
Maria foi um exemplo de mulher, mãe e serva, não podemos lhe tirar estes méritos e por causa deles ela será sempre lembrada. Mas por outro lado, não vamos tampouco mistifica-la como fazem os católicos romanos, dando a ela uma honraria que ela não possui e nem se estivesse viva gostaria de receber. Maria foi levada ao status de deusa dentro do catolicismo. Isso é uma vergonha para o verdadeiro cristianismo. A teologia mariana ou a mariologia simplesmente, desumaniza Maria. A bem da verdade, o catolicismo se transformou mais em religião de Maria que em religião de Cristo. Não é mais cristocêntrica, mas mariocêntrica. E tudo isso por desprezar o princípio do sola scriptura.
Não, esta não é a mesma Maria que a Bíblia apresenta, mas uma Maria inventada, criada para bajular a devoção popular destituída de base bíblica.
Amigo, sugiro a você que leia mais as Escrituras, não confie em tradições humanas quando estas chocam-se frontalmente com a Palavra de Deus.

Abraços,
Paulo