Cristo nasceu "Rei dos Judeus" (Mateus 2.2), foi chamado "Rei de Israel"
e "Rei dos Judeus" (Mateus 27.11; Marcos 15.2, etc.), e admitiu tanto
um como outro título (João 1.49-50; 12.12-15). Não abdicou o direito ao
trono de Davi, embora seu próprio povo (como fora predito pelos
profetas), O "desprezasse e rejeitasse" (Isaías 53.3), e O crucificasse
(Salmos 22.12-18; Isaías 53.5, 8-10; Zacarias 12.10). Os quatro
evangelhos declaram que a epígrafe "O Rei dos Judeus" foi a acusação
colocada na cruz (Mateus 27.37; Marcos 15.26; Lucas 23.38; João 19.19).
Eis como Marcos relata a rejeição de seu Rei pelo povo de Israel e lhe reclama a crucificação: "E
Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos
judeus?... Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes
soltasse, de preferência, Barrabás. Mas Pilatos lhes perguntou: Que
farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? Eles, porém,
clamavam: Crucifica-o!" (Marcos 15.9-13).
Os profetas hebreus profetizaram que Cristo ressurgiria dos mortos e que
viria estabelecer o reino que jamais teria fim (1 Reis 2.45; 9.5;
Isaías 9.7; 53.10; Jeremias 17.25; Daniel 2.34-35; 44-45; 7.14, etc.).
Ao ressurgir dos mortos e ascender à mão direita do Pai, Cristo cumpriu
somente a primeira parte das
profecias, e se o restante delas deve ser cumprido (e isso tem de
acontecer, pois Deus não mente), então haverá uma restauração futura do
Reino de Israel, como os discípulos acreditavam (Atos 1.6), como afirmou
Pedro (Atos 3.19-26) e mesmo Cristo o admitiu (Atos 1.6-7). As
Escrituras predizem com freqüência o arrependimento, a redenção e a
restauração de Israel (Ezequiel 39; Zacarias 12,13,14; Atos 5.31, etc.).
Paulo orou pela salvação de Israel (Romanos 10.1) e declarou que "Todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).