sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

...E MARIA TEVE OUTROS FILHOS ALÉM DE JESUS...

Pessoal, a Paz do Senhor a todos!

Pasmem, o título do post é o que dizem a maioria dos mais respeitados historiadores sobre o assunto.

Pois é, nada como um dia atrás do outro, já diz um antigo jargão popular. Postei aqui recentemente sobre a pesquisa atualíssima da ciência na qual grandes medalhões admitem: A fé faz bem a saúde e é uma característica natural (predisposição) de nossa mente crer em Deus. Claro que essa "notícia bombástica" para a comunidade científica, para nós, os que cremos e professamos, racionalmente, nossa fé em Deus, é velha, ultrapassada, não traz nada de novo...

Mas, para a esmagadora maioria da comunidade científica atual, foi uma descoberta que mexeu com muitos dogmas (sim, isso mesmo, a ciência os possui também) que estavam "guardados a sete chaves" dentro dos recônditos labirintos da ciência (??).

Esses fatos nos levam a acreditar, com mais relevância a cada dia, que realmente estamos vivendo um momento ímpar na história da humanidade, da ciência, da religião, da sociedade... conceitos antigos, dogmas ultrapassados e sustentados apenas por minorias detentoras do poder começaram a ruir, num movimento que julgo semelhante ao efeito dominó.

Senão, vejamos:

Assim que assumiu o papado, Bento XVI ordenou uma "revisão" (claro, lenta e gradual...) em alguns pontos considerados "sagrados" pela teologia católica.

Entre esses pontos, ele tocou num ponto nevrálgico de um dogma bastante difundido, o LIMBO, e no dia 4 de outubro de 2006, uma sexta feira, anunciou que o limbo deixaria de existir oficialmente. Seria o fim de uma crença dogmática da Igreja Católica, que identificava o limbo como o lugar para onde iriam aqueles que ..."não teriam recebido o batismo não por recusa da verdade, mas por ignorância, por falta de condições ou por impossibilidade. Nesta chave se incluíam as criancinhas que morriam pouco após o nascimento e outros pagãos, homens e mulheres de boa vontade, que não tinham por que ir para o inferno e ser condenados eternamente, pois não se encontravam em pecado mortal. Mas, como a salvação estava claramente ligada à recepção do Batismo, sacramento da Igreja e eles não o haviam recebido, também não poderiam ir para o céu". O entendimento dos "rabis" católicos era de que o batismo livraria e purificaria as crianças (e todas as pessoas boas, que morressem pagãs) do pecado original, outro entendimento que colide frontalmente com a Palavra de Deus em 1 Jo 1.7, onde está gravado pelo Espírito Santo, usando o apóstolo João: "...e o Sangue de Jesus Cristo, seu filho (de Deus), nos PURIFICA DE TODO O PECADO). Logo, a salvação vem pela fé em Jesus (Rm 10.8-10), e em seguí-lo (Jo 14.6), pois "...debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12). Assim, o lugar intermediário encontrado para eles era chamado limbo, que representava um tipo "de condenação leve" para as pessoas que para ali fossem, pois estariam privadas para sempre da presença de Deus, tendo em vista que o pecado original de cada uma não tinha sido submetido à "...remissão através do batismo".

Evidente que esse dogma era uma afronta à palavra de Deus, haja vista que, dadas as devidas exceções à regra, a Bíblia não corrobora o entendimento de que "crianças" precisam se batizar pois, à luz da assertiva bíblica de que quem "...crer e for batizado, será salvo..." (Mateus 28.16), o batismo é precedido do ato pessoal, consciente e público de CONFISSÃO DE FÉ (Romanos 10.8-10) e que o batismo, estritamente falando na OBRA expiatória de Cristo, não é relevante para a SALVAÇÃO DA ALMA (Lucas 23.40-43). É o entendimento que se depreende do texto de Lucas que citei anteriormente, que trata da questão do arrependimento de um dos ladrões crucificados juntamente com Jesus (que a tradição chama de DIMAS). Observem que ele repreende o outro ladrão (eram dois) e, arrependido sinceramente de todos os seus atos pecaminosos, olha para Jesus e diz: "Senhor (reconhecendo o senhorio de Cristo sobre a morte, que já se aproximava de todos os crucificados), lembra-te de mim quando entrares no teu Reino (reconhecendo Cristo como o Rei que haveria de vir). E a resposta de Jesus foi emblemática: "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Que batismo Dimas experimentou? Certamente, não foi o em águas... E ele foi para o LIMBO, por não se batizar? Não! Jesus o levou ao PARAÍSO. Por que hoje seria diferente??

Mas o limbo foi excluido pelo Papa. E agora? Surgiram vários problemas depois da "canetada" de Bento XVI em relação ao tema. Primeiro, para onde foram as crianças pagãs? Para o céu ou o inferno? É interessante também dizer que, antes de TOMÁS DE AQUINO, o entendimento da Igreja Católica era de que as crianças pagãs iam para o INFERNO, literalmente. O limbo foi a "saida" estratégica que o Dr. Angélico (AQUINO) encontrou e orientou à cúpula da Igreja.

E os adultos "bons, amáveis, que fizeram filantropia, solidários, etc", que morreram sem confessar a Cristo como Salvador e que estavam por lá também? Pois é... muita gente ficou sem saber ao certo o que dizer, inclusive o próprio Vaticano, que deixou o assunto reticente, pois entendia que era um tema de "...de foro íntimo", e que Deus saberia distinguir entre os habitantes do LIMBO (??) que iriam para o céu ou ao inferno. Ou seja, não explicou nada!

Mas e o que a Bíblia diz sobre o assunto? Meu entendimento é simples: O limbo nunca existiu, assim como o purgatório (outro impropério que vitupera o sacrifício de Cristo, pois "cria" outra maneira de purgar pecados divergente do sangue de Cristo) e vários outros dogmas criados sob encomenda, para atender aos arroubos da CONTRA-REFORMA PROTESTANTE e aos desejos do Clero. Assim, as crianças inocentes vão para Paraíso, porque a Bíblia assevera que"...a alma que PECAR (que pecado uma criança inocente comete para não ir ao céu?), essa morrerá", (Ezequiel 18.4, 21-28) e os adultos bons, com boas obras, mas que NÃO ACEITARAM A CRISTO COMO SALVADOR, foram para o lugar de tormentos. É esse o entendimento que se pode depreender das passagens de Atos 10.2, onde lemos sobro o centurião Cornélio, que era um homem "...piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo orava a Deus" mas NÃO ESTAVA SALVO, pois ainda não havia ACEITADO E CONFESSADO A JESUS COMO SEU SALVADOR. Ai a gente conta o desfecho: Ele teve uma visão onde era orientado a mandar chamar a Pedro, "...que diria a Conélio o que ele deveria fazer..." (Atos 10.6) para ser salvo, pois as boas obras não salvam ninguém; são uma extensão da prática de vida dos salvos (Efésios 2.8-10). No entanto, observamos que muitos hoje são relativistas em relação ao assunto, porque não querem opinar sobre um asssunto "controverso" etc. E a Bíblia, como fica?? E a verdade que a Palavra de Deus reitera repetidas vezes? Para mim, é simples assim: "Quem tem o filho de Deus, tem a vida (eterna, quando morrer, se permanecer ligado nele até o fim); quem não tem o filho de Deus, NÃO TEM A VIDA" (1 Jo 5.12). Leia o verso 11 também, para contextualizar melhor.

Mas voltando ao tema da postagem, é o seguinte. Um padre (isso mesmo, um historiador padre), considerado atualmente uma das maiores autoridades históricas sobre Jesus, falando sobre o tema, disse com letras garrafais que a teoria de que quando a Bíblia fala dos irmãos de Jesus (defendida pelos católicos e os ortodoxos orientais) na realidade estava falando de primos, não tem sustentação histórica... (VEJA ABAIXO O TEXTO CONFORME ESTÁ NO LINK http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL1056535-9982,00-MARIA+PROVAVELMENTE+TEVE+OUTROS+FILHOS+ALEM+DE+JESUS+DIZEM+HISTORIADORES.html.

...É claro que, sem nenhum acesso a registros familiares contemporâneos ou evidências arqueológicas diretas, a conclusão só pode envolver probabilidades, e não certezas. "Se a busca do 'Jesus histórico' já é difícil, a pesquisa dos 'parentes históricos de Jesus' é quase impossível", escreve o padre e historiador americano John P. Meier no primeiro volume de "Um Judeu Marginal", série de livros (ainda não terminada) sobre Jesus como figura histórica.

Meier explica que, ao longo da tradição cristã, teólogos e comentaristas do texto bíblico se dividiram basicamente entre duas posições, batizadas com expressões em latim. A primeira é a chamada "virginitas ante partum" (virgindade antes do parto), segundo o qual Maria permaneceu virgem até o nascimento de Jesus, tendo filhos biológicos com seu marido José mais tarde. A segunda, "virginitas post partum" (virgindade após o parto), postula que Maria não teve outros filhos e até que seu estado de virgem teria sido milagrosamente restaurado após o único parto.


A "virginitas post partum" foi, durante muito tempo, a posição defendida por quase todos os cristãos, diz o historiador -- até pelos protestantes, que hoje não se apegam a esse dogma. "Um fato surpreendente, e que muitos católicos e protestantes hoje em dia desconhecem, é que as grandes figuras da Reforma, como Martinho Lutero e Calvino, defendiam a virgindade perpétua de Maria", escreve ele. Já especialistas católicos modernos, como o alemão Rudolf Pesch, defendem que Maria provavelmente teve outros filhos sem que isso tenha levado a reprimendas diretas do Vaticano.

JERÔNIMO

Diante das menções claras aos "irmãos e irmãs de Jesus" nos Evangelhos (que inclusive se mostram contrários à pregação dele, chegando mesmo a considerá-lo louco), como a interpretação da "virginitas post partum" prevaleceu?

"Houve três formas de interpretar esses textos", afirma o americano Thomas Sheehan, estudioso do cristianismo primitivo e professor da Universidade Stanford. "Além de considerar essas pessoas como irmãos biológicos de Jesus, sabemos da posição de Epifânio, bispo do século IV para quem os irmãos eram de um casamento anterior de José. Mas a opinião que prevaleceu foi a de Jerônimo, que era um excelente filólogo [especialista no estudo comparativo de idiomas] e viveu na mesma época. Jerônimo dizia que a palavra grega 'adelphos', que nós traduzimos como 'irmão', era só uma versão de um termo aramaico que pode ter um significado mais amplo e que pode querer dizer, por exemplo, primo."


Jerônimo tinha razão num ponto: quando o Antigo Testamento foi traduzido do hebraico para o grego, a palavra "adelphos" realmente foi usada para representar o termo genérico "irmão" (empregado para parentes mais distantes no original). De fato, o hebraico, bem como o aramaico (língua falada pelos judeus do tempo de Jesus na terra de Israel), não tem uma palavra para "primo". O problema é que há um único caso comprovado de que a palavra hebraica "irmão" tenha tido o significado real de "primo". Essa única ocorrência está no Primeiro Livro das Crônicas -- e mesmo assim o contexto deixa claro que as pessoas em questão não são irmãs, mas primas.

No entanto, o caso do Novo Testamento é diferente, argumenta Meier: não se trata de "grego de tradução", mas de textos originalmente escritos em grego, nos quais não havia motivo para usar um termo que poderia gerar confusão. O próprio Paulo, autor de várias cartas do Novo Testamento, chama Tiago, chefe da comunidade cristã de Jerusalém após a morte de Jesus, de "irmão do Senhor", ao escrever para fiéis de origem não-judaica (ou seja, que não sabiam hebraico ou aramaico). De quebra, a Carta aos Colossenses, atribuída a Paulo, usa até o termo grego "anepsios", que quer dizer "primo" de forma precisa.

Reforçando esse argumento, o escritor judeu Flávio Josefo, ao relatar em grego a morte de Tiago, também o chama de "irmão de Jesus". E o contexto dos Evangelhos reforça a impressão de que se tratam de irmãos de sangue, argumenta Meier. Os irmãos e a mãe de Jesus são sempre citados em conjunto. Quando Maria e os parentes de Jesus tentam interromper uma pregação, ele chega a pronunciar a polêmica frase "Qualquer um que fizer a vontade do meu Pai celestial é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Para Meier, a frase perderia muito de sua força se o significado real dela se referisse a "meu primo, minha prima e minha mãe".

Para Geza Vermes, professor de estudos judaicos da Universidade de Oxford (Reino Unido), as próprias narrativas sobre o nascimento de Jesus dão apoio a tese de que Maria e José tiveram outros filhos mais tarde. No Evangelho de Mateus, afirma-se que José não "conheceu" (eufemismo para ter relações sexuais com alguém) sua mulher até que Jesus nascesse. Ainda de acordo com Vermes, em seu livro "Natividade", é importante notar o uso do verbo grego "synerchesthai", ou "coabitar", para falar da relação entre José e Maria. O verbo, quando empregado pelos autores do Novo Testamento, implica sempre relações sexuais entre homem e mulher, diz ele.


Nos laços do Calvário

Nenhum comentário: