Depois das recentes manifestações contra corrupção no Vaticano, um novo escândalo de corrupção abalou a liderança da Igreja Católica.
O programa “Gli Intoccabili” (Os intocáveis) do canal italiano “La 7” exibiu diversas cartas em que o ex-secretário-geral do Vaticano, o arcebispo Carlo Maria Vigano, denuncia superfaturamento e outras irregularidades na Santa Sé. As cartas teriam sido enviadas pelo arcebispo no ano passado a autoridades superiores, incluindo o papa Bento XVI.
Segundo Gianluigi Nuzzi, apresentador do programa, o arcebispo italiano, de 70 anos, enviou uma carta a Bento XVI em 27 de março de 2011 na qual se lamentava das “corruptelas e privilégios” que tinha visto após assumir o cargo de secretário-geral do Governatorato em julho de 2009.
Vigano teria dito que a situação que viu “causaria desconcerto em todos aqueles que acharam que seria possível sanear tantas situações de corrupção e prevaricação há muito tempo radicadas na gestão das diferentes direções da administração vaticana”. E em uma de suas cartas escreveu: “jamais teria pensado em me encontrar perante uma situação tão desastrosa, que apesar de ser inimaginável era conhecida por toda a Cúria”.