segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal: a maior festa de aniversário do mundo!

"PARABÉNS JESUS!"

Comemoramos com alegria o nascimento de pessoas queridas e nos confraternizamos em seus aniversários. Portanto, entendemos ser válido e de muita gratidão nos regozijarmos também pelo nascimento de Jesus e lembrarmos desse acontecimento ímpar na história da humanidade com alegria. Outros, porém, entendem tratar-se de uma festa oriunda do paganismo, não-cristã. De antemão, queremos deixar bem claro que não iremos apresentar objeções contrárias aos grupos autenticamente cristãos que não participam de comemorações natalinas. Respeitamos essa opção, já que entendemos tratar-se de uma questão secundária. O mais importante para nós é nos mantermos unidos na fé em Jesus Cristo, respeitando a maneira amorosa de cada comunidade cristã prestar gratidão pela vinda do Filho de Deus à terra.

A palavra natal vem do latim natale, relativo ao nascimento. O mundo ocidental cristão define o Natal como a celebração do nascimento de Jesus Cristo, e isso ocorre, todos os anos, no dia 25 de dezembro. Observando a história, podemos analisar que a comemoração do nascimento de Jesus, através de uma data específica, era de pouco interesse dos cristãos primitivos.

A primeira evidência histórica de que dispomos sobre o Natal é da primeira metade do século III d.C. Hipólito, bispo de Roma, escolheu a data de 2 de janeiro para celebrar o nascimento de Jesus. Outros cristãos escolheram datas diferentes, tais como: 6 de janeiro, 25 ou 28 de março, 18 ou 19 de abril e 20 de maio. A comemoração universal de 25 de dezembro se firma entre 325 a 354 d.C., aproximadamente.


A celebração do nascimento de Jesus em 25 de dezembro


Os evangelhos não indicam a data em que o Senhor Jesus nasceu, mas apresentam um quadro grandioso e jubiloso da celebração desse dia: E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Acharás o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens (Lc 2.9-14).

Visto que não há registro bíblico do dia específico desse extraordinário acontecimento: o verbo se fez carne (Jo 1.1;14), os cristãos escolheram por si mesmos uma data para celebrar o Natal. Poderiam escolher outra data qualquer, mas a escolha recaiu sobre o dia 25 de dezembro, que era uma ocasião já consagrada no calendário do Império Romano pela grande festividade do Natal do Sol Invicto. A festividade do Natal do Sol Invicto era celebrada pelos adoradores do Sol (normalmente identificado com Mitra). O mitraísmo era um culto que possuía algumas semelhanças com o cristianismo e, paradoxalmente, intransponíveis diferenças. Era uma religião de mistério, que concorria intensamente com o cristianismo na busca de fiéis. O cristianismo entrou em conflito com essa religião e, finalmente, venceu.
A escolha do dia 25 de dezembro como data do nascimento de Jesus ofuscou as festividades do Natal do Sol Invicto dos pagãos e consagrou o dia do nascimento do verdadeiro Sol da Justiça, que para os cristãos é Cristo:
Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria (Ml 4.2). Dessa maneira, os cristãos daquela época cristianizaram um dia festivo do calendário romano, argumentando que Jesus é a luz verdadeira. Pois o próprio Senhor Jesus disse, em João 8.12, que ele é a luz do mundo. Foi uma maneira que esses cristãos acharam de considerar o feriado romano e trocar o objeto de culto, já que não tinham uma data específica. Com isso, destruíram o culto pagão, condenando-o ao desaparecimento.

Para que possamos compreender bem a questão, apresentamos o seguinte exemplo: O carnaval no Brasil é comemorado em fevereiro. Imagine se os crentes brasileiros conseguissem ganhar as pessoas para a fé em Jesus e, ao invés de festejarem o Carnaval, esse período fosse dedicado ao Senhor Jesus. Neste caso, o feriado carnavalesco seria mantido no calendário oficial do Brasil, mas essa data seria dedicada ao culto e aos louvores ao Filho de Deus. Aliás, nessa data, muitas igrejas evangélicas realizam reuniões, retiros espirituais e cultos. Guardando as devidas proporções, foi algo parecido com esse exemplo que ocorreu com a celebração do Natal. Ou seja, caso isso acontecesse, de o feriado do Carnaval ser dedicado ao senhor Jesus, seria falso dizer que a sua origem era pagã.

Embora a maioria dos cristãos celebre o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, nem todos consideram essa data, mas isso não consiste um problema propriamente dito, já que para muitos o importante não é a data em si, mas o acontecimento: Jesus nasceu. Os ortodoxos comemoram o Natal no dia 06 de janeiro e os armênios, no dia 19 do mesmo mês. Biblicamente, dois fatos importantes demonstram que o nascimento de Cristo não se deu em nenhuma dessas datas. O contexto de Lucas, por exemplo, revela que o nascimento do Messias ocorreu em um verão: o recenseamento Determinado por César Augusto (Lc 2.1-2) e os pastores no campo durante a noite (Lc 2.9). O deslocamento de grandes grupos de pessoas de um local para outro não era algo apropriado no inverno e muito menos era típico dos pastores apascentarem suas ovelhas no relento nessa época do ano.

Grande parte dos cristãos evangélicos comemora o acontecimento, e não o dia em si, pois para eles todos os dias é Natal. Como já falamos, muitas igrejas cristãs não comemoram o Natal, outras defendem a abstinência de qualquer celebração (por exemplo, aniversários, casamentos, apresentação de crianças, Ano Novo etc). E respeitamos a posição adotada pelas diferentes denominações, como também respeitamos a posição das igrejas que adotam as celebrações. O apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos de Colossos, declara:
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados (Cl 2.16). E vai mais além: E quando fizerdes por palavras ou por obras fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3.17).


A Importância do nascimento do Jesus


Independente da data e da comemoração do Natal, acreditamos que todos os cristãos são gratos a Deus pela vinda de Jesus. O Senhor Jesus é a pessoa central da fé cristã. A primeira profecia referente ao Messias está registrada no livro de Gênesis, onde o apresenta como a semente da mulher: E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a Sua semente; Este [Jesus] te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15). O Messias nasceria da descendência de Abraão: . . .e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.3). A respeito dele, lemos o seguinte em Números 24.17: Vê-lo-ei não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel...

O nascimento do Senhor Jesus é motivo de grande alegria a todos o povos. Para os cristãos, o Natal (o nascimento de Jesus) significa a materialização do grande amor de Deus: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.

Independente de qualquer posição em relação à festa de Natal, louvamos a Deus por essa feliz Boa Nova: Jesus nasceu!

Fonte: Defesa da Fé

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